Capítulo 48

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Pov Rafaella

Dessa vez eu peguei um biquíni com estampas de oncinha, me olhei de relance pelo espelho e sair. Assim que sair ouvi mais uma vez o senhor José cochichar algo, só que dessa vez eu ouvir.

– Olha essas pernas Rogério.

Passei reto e respirei fundo. - talvez seja só coisa da minha cabeça, se concentre Rafaella - Assim como a roupa o senário também mudou o fundo estava com um rosa chiclete. Logo me posicionei em frente a câmera e comecei a fazer algumas poses.

Alguns momentos eu olhava para Gizelly que somente pelo olhar me fazia sorrir igual criança quando ganha doce. Entre fotos e mais fotos ouvi uma coisa que me animou:

– A última - Alex parou e se concentrou, após eu vendo um flash vindo em minha direção logo depois escutei ele falar - Pronto Rafa, você estar liberada pode ir se trocar - ele sorriu e eu me despedir com um abraço não muito apertado.

– Gi? - chamei a atenção dela que estava focada no celular - Você pode me ajudar a me arrumar? - fiz um biquinho e vi ela dando um sorriso malicioso - mas é só para me ajudar, Gizelly Bicalho! - agora quem fez um bico foi ela.

Segurei a mão dela e comecei a puxar ela para a sala que eu estava me trocando.

– Essa sala só pode ter mel para atrair tanta mulheres bonitas, olha isso Rogério, imagina uma delas em cima de você - passou a mão por minha perna e falou não muito alto. Pelo jeito Gizelly não conseguiu ouvir mas eu sim.

Assim que fechei a porta olhei amargurada para Gizelly que me olhava com uma cara confusa.

– Você não ouviu o que o senhor José falou quando a gente passou por ele? - encarei ela segurando as lágrimas.

– Não, o que ele falou que te deixou assim? Ele tá fazendo aquilo de novo? - ela começou a fazer carinho na minha bochecha.

– Fez Gi - não contive as lágrimas - Mas dessa vez não foi só para mim. Eles estavam falando da gente Gi... dos nossos corpos - não demorou muito para Gizelly me abraçar.

– Calma Rafa, respira. O que exatamente ele falou da gente? - ela passava a mão no meu cabelo tentando me acalmar.

– Ele falou para o Rogério imaginar uma de nós duas em cima dele, como se pudesse comprar eu ou você para fazer isso Gi. Além disso tudo tem os olhares que ele me dar - Respirei um pouco tentando segurar minhas lágrimas - E eu sentir... eu sentir ele me tocar Gi. Quando a gente passou por ele eu sentir aquela mão dele passando sobre minha pena, foi rápido mas para mim não foi.

Eu estava desabando de choro nos braços da Gizelly. Me afastei um pouco para ver qual reação ela teria mas por incrível que pareça ela estava paralisada, seu rosto não demostrava nenhum sentimentos mas seus olhos mostrava mais do que o necessário. Mostrava ódio, Raiva!

– Você tem certeza no que você está falando Rafa? - concordei com a cabeça ainda chorando - Veste sua roupa, vou espera aqui perto da porta. - Ela foi até a porta e ficou me esperando me vestir.

Limpei as minhas lágrimas e comecei a me vestir, quando eu terminei fui até a Gizelly que estava digitando algo no celular que mas assim que me viu colocou o celular na bolsa e abriu a porta dando passagem para eu passar e logo em seguida ela vindo atrás de mim.

Gizelly passou por mim e parou de frente para o Senhor José, amarrou o cabelo e respirou fundo, buscando a calma, ela se inclinou para ele e começou a falar baixinho.

– Então quer dizer que o senhor imagina eu ou a Rafa em cima de você? - ela falava devagar parecia até está seduzindo ele - Que tal você imaginar eu em cima de você em? Rebolando, fazendo tudo que eu sei fazer e aí estar imaginando? - ele estava com os olhos fechado e balançava a cabeça positivamente - E você Rogério, também estar querendo imaginar alguma coisa comigo ou com a Rafinha ali? - Gizelly apontou para mim com a cabeça.

– Não senhora Gizelly, eu sou muito bem casado.

– Podemos ter uma reunião só eu e você senhor José? - ela piscou de um olho e ele concordou com a cabeça.

– Na minha sala?

– Na sua sala!

– Rogério, você está dispensado por hoje, pode ir para casa.

Ele se levantou da cadeira e foi em direção ao elevador, Gizelly veio até mim e me abraçou.

– Me espera para a gente ir pra casa, vou demorar só o necessário.

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Aqui para nós esse véi nem merece ser chamado de "senhor."

Capítulo sem revisão.

@comenthys

Espero que tenha gostado desse capítulo.
Não esqueça de votar e comentar, isso me deixa muito animada. Até amanhã.

Maldito Passado - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora