Paris nas cartas.

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 Você não tem nada que tomar esses remédios Lídia, você já toma para tirar o apetite, bebe, agora você quer um calmante, é isso? Alec pergunta sem paciência, eles estão na lanchonete do hospital.

- Amanhã eu vou fazer um teste Alec, para um filme, tô botando fé, poh amor, um remedinho, eu preciso dormir bem, acordar com a cara boa, descansar, ela diz e Alec começa a rir de nervoso.

- Sabe o que você faz? Antes de dormir, toma um copo de suco de maracujá, Alec diz sério.

- Um suco, calorias, tá querendo me ver gorda? Se eu não passar no teste a culpa vai ser sua, escuta o que estou te falando, ela diz com uma voz manhosa, amorzinho, por favor, please.

- Eu não posso Lídia, não posso, já estou te ajudando sem te dar remédio. Lídia, você tem que parar de andar de muleta, você precisa andar com as suas próprias pernas, eu confio em você meu amor, você vai conseguir, vão dar um show.

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A segunda feira amanhece, Magnus vai para uma entrevista com os modelos selecionados para a viagem a Paris, quando ele chega no lugar, Sebastian já está lá, esbanjando simpatia, Magnus respira fundo, tentando manter a calma.

- Filho, que saudades, Asmodeus diz assim que ele entra, ele está sentado em um sofá preto de couro.

- Pai, que bom te ver, que saudades, Magnus diz e abraça Asmodeus.

- Parabéns meu menino, soube que você vai nessa turnê, estou muito orgulhoso, de coração, você vai longe meu amor.

Magnus conversa mais um pouco com o pai, depois ele dá a entrevista que passa na emissora e todos na casa dele estão em frente a TV, no hospital, estão Alec, Jace, Clary e Simon, assistindo também.

- Esse seu cunhado é uma pintura né? Clary diz olhando para Alec que nem pisca, vendo Magnus na TV, ele está vestindo uma calça verde florescente, com um cinto vermelho, uma camiseta gola V marrom, suas mãos estão adornadas com vários anéis, seu cabelo está arrumado em um topete totalmente desconstruído.

- Sim, ele é perfeito, Alec diz quase em um sussurro, uma confidência, os amigos percebem, mas não comentam nada.

A entrevista termina e Alec lembra da Lídia, ele pega o celular e se apressa a ligar.

- Mas tem que tira ela da cama, ela tem um teste agora cedo, para um filme, Alec diz para a mãe da Lidia, o horário do teste já estava quase chegando e ela ainda dorme.

- Eu vou tentar meu filho, não sei se vou conseguir, dona Silvia diz entrando no quarto dela, ela está visivelmente bêbada, com uma garrafa vazia de vodca em cima da cama.

- Lidia, acorda, Alec está no telefone, você tem um teste hoje, a mãe dela diz sacudindo ela.

- Não enche o saco poh, Lidia diz e não acorda.

- A Lidia tinha um teste para fazer de um filme, acredita que ela estava tão chapada que não foi, a mãe dela me ligou ainda pouco, não conseguiu tirar ela da cama.

- Eu já falei com a psiquiatra, é só você ligar e marcar, Clary diz e Alec faz uma carinha de tristeza.

- Eu acho que é o que mais vai ajudar, depois a psiquiatria vai abrir caminho para ela melhorar Alec, desanima não, Simon diz vendo o amigo visivelmente abatido.

- Ou um trabalho né Simon, um trabalho, uma ocupação qualquer, ela não faz nada, leva aquela as trancos e barrancos, acorda tarde, bebe, não come, sem nenhuma ocupação, como ela pode ser feliz? Me diz, como ela pode viver? Alec diz derrotado.

Sempre foi Você (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora