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Emma Watson
- O que? - exclamo indignada. - Machine Gun Kelly é a melhor coisa do mundo, ele tem talento. - cruzo os braços e faço um biquinho.
- Ah sim...ele tem talento para fazer as pessoas dormirem. - dou um tapa em seu ombro e ele finge uma careta de dor e logo dá risada.
- Bom, eu amo ele. - digo com um sorriso. Queria que esse clima se mantivesse, assim poderia ser até divertido ser amiga dele. Olho pela janela pela primeira vez, mas não reconheço o lugar. - Pra onde está me levando?
- Pra um dos meus lugares favoritos.
- Onde é? - me viro para o ruivo com um sorriso.
- Você sempre precisa saber de tudo né? - ele aperta meu nariz e eu faço uma careta.
- É...eu gosto de... - ele me corta
- Controlar? - arregalo os olhos.
- Que?! Claro que não, é que da última vez você me levou para o topo de um prédio.
Talvez ele tenha razão. É assim mesmo que eu sou, mas ele não precisa saber.
- Só vou contar quando chegarmos lá. - olha para mim de relance e depois volta seu olhar para a pista. - Aliás a gente já está chegando.
Eu me recosto no assento de couro do carro e arrisco uma olhada para o banco traseiro. Uma pilha toda bagunçada de livros de romance e papéis avulsos ocupa um dos lados, e uma blusa de moletom grossa está jogada no outro.
- Está vendo algo interessante ai atrás? - Payton questiona, me deixando sem graça.
- Que carro é este? - pergunto, preciso de uma distração, já que não sei onde estou indo e também não estou afim de levar bronca por ser curiosa.
- Ford Capri... um clássico. - Payton anuncia, claramente orgulhoso e conta mais um monte de coisa sobre o carro, apesar de eu não fazer ideia do que está falando. Mesmo assim, gosto de ver sua boca mexendo enquanto fala, a maneira como seus lábios se movem sem pressa, pronunciando cada palavra lentamente. - E você? - me tira do transe.
- Eu o que? - direciono meu olhar para a rua.
- Vocês estava me encarando né? - ele sorri.
- Claro que não, só estava escutando suas habilidades sobre carros atenciosamente. - claro que eu estava encarando ele.
[•••]
Entramos em uma estrada de cascalho e Payton desliga o rádio. O único som que ouvimos é os das pedrinhas sendo amassadas pelos pneus. De repente me dou conta de que estamos no meio do nada. Começo a ficar nervosa. Estamos a sós, realmente sozinhos. Não há carros e nem construções e nem nada por perto.
