3-primeiro dia de aula

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Voltan_

Me levantei e fui para a escola, coloquei uma roupa normal de ir a escola de manhã em SP.

Calça e blusa, ambos de moletom.

Mando mensagem para o Arthur e para a Bárbara, avisando que já estou pronta.

Pego minha mochila, faço um rabo de cavalo, coloco argolas e passo manteiga de cacau em meus lábios.

- bom dia Carol. - Angelinha fala e vem me abraçar.

- bom dia Angelinha, onde está o papai? - pergunto e nos afastamos.

Caminhamos juntas até a cozinha e confesso que estava vindo um cheiro maravilhoso e familiar de lá.

- ele saiu, mas deixou seu café da manhã preferido feito, wafles com mel. - Angelinha diz e eu olho na mesa e caraca, os wafles estavam maravilhosos, como uma cara boa pelo menos.

Amo wafles por causa da minha mãe, era o café da manhã favorito dela e todas as vezes que eu como eu me lembro dela sorrindo a mesa e comendo.

Assim que cheguei lá dei de cara com Bárbara e Arthur que já me esperavam
- finalmente tampinha. - Arthur diz e eu dou um tapa nele, nos três estávamos sorrindo e então eu o abraço.

- cala boca Arthur, você não é nem tão alto assim tá? - digo e me afasto dele.

- mas sou mais alto do que... - ele para de falar e olha para mim e para Bárbara. - vocês duas. - ele completa com um enorme sorriso em seu rosto. Eu e Bárbara fechamos a cara.

- vamos entrar logo. - Bárbara diz e sai andando na frente, olho para Arthur damos risadas e caminhamos.

Todos foram para o pátio.

- bom alunos, mais um ano se inicia e a líder do grêmio do ano passado Luize vai falar as regras. Lembrando que tudo esta muito diferente. - uma mulher fala e logo uma garota moreno com cachos bem definidos aparece.

- bom dia pessoal, irei ditar as regras desse ano.
Primeira regra, não pode andar pelos corredores depois que tocar o segundo sinal.
Segunda regra, não pode ter brigas, discussão ou qualquer coisa que chame muita atenção e seja ruim para a escola e para vocês.
Terceira regra, nada de atrapalhar as aulas com conversas ou algo do tipo, só pode conversar se você falar baixo e não estiver mais fazendo atividade, com a autorização do professor.
Quarta regra, no campo somente pessoas que fazem algum esporte da escola, nada de ninguém olhando.
Quinta regra, Nada de matar aula.
Sexta regra nada de ficar com ninguém no quarto de limpeza.
Caso alguma dessas regras sejam desobedecidas haverá uma detenção.
Você só pode levar três detenções, na quarta já é expulsão.

Olho para Babi assim que a menina termina de falar.

- eis a questão, é uma escola ou uma prisão. - falo para Bárbara e Arthur que me olham concordando com a cabeça.

Caminhamos até o mural que tinha todos os alunos falando as suas salas e os corredores.

- sala 22 corredor 2, não tá muito longe eu acho. - Arthur diz .

- sala 26 corredor 3, e você Carolina?

- sala 11 corredor 1.. - eu e Bárbara nos olhamos.

Cara, como assim dois corredores nos separando?

Eu e Bárbara nunca, nunca mesmo havíamos estudado tão longe.

- eu já vou para a minha sala, Nestante toca os sinais. - Arthur fala e me dá um beijo na testa, faz o mesmo com a Bárbara e sai.

- ok, vamos? - pergunto e caminhamos.

Essa escola tem cinco corredores, e muitos alunos. Misericórdia parece um formigueiro.. dou risada pela minha comparação.
....

as aulas não passaram rápido confesso que demoraram um pouco.

Fui para o intervalo e me sentei com meus melhores amigos.

- como foi seu dia de aula? - Arthur me perguntou, sentado em minha frente.

- foi sussa. - respondo calmamente enquanto como um pouco do meu lanche. - e o seu?

- de boa.

- ninguém perguntou.. - Babi fala.- mas o meu dia de aula foi legal. - eu e Arthur damos risadas pelo drama dela.

Assim que toca o sinal para ir para as salas, me despeço de Arthur

- vamos matar aula? - Babi propõe.

Olho para ela sem acreditar, logo a Babi falando de matar aula?

- na onde? - pergunto e Babi sai me puxando e paramos em frente ao banheiro masculino.

- banheiro masculino. - ela me empurra para dentro.

- claro que ninguém vai procurar duas meninas no banheiro masculino, genial.

Damos risada e Babi se senta na pia.

- então Carulina... - ela diz sorrindo e eu já imagino que vem merda ai.

Até que alguém mecher na maçaneta da porta e corremos para dentro de uma das cabines.

Eu fico em cima da privada e Babi no chão.

- velho, vai dar ruim. - ouço uma voz masculina e quando vejo pela brechinha da porta o seu rosto parecia familiar, ele era moreno.

- vai não. - um garoto branquinho fala.

Até que eu escorrego um pé da privada e solto um aí.

-quem está aí? - o garoto branquinho pergunta e eu olho para a Babi que me olhava fazendo sinal de silêncio.

Você me salvou |baktan ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora