6- trancados no enorme vestiário.

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Voltan_

Acordei com minha cabeça doendo um pouco e me levanto indo tomar um remédio próprio para dor de cabeça.

E pensar que ainda tem a questão da detenção e de ter que encarar o meu pai..

Eu não o vi ontem, mas ele com certeza vai falar em algum momento que quer conversar comigo e estou torcendo para que isso demore.
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Depois da aula Arthur me chamou para ir até a casa dele e de Bárbara assistir um filme e eu aceitei é óbvio.

Hoje Angelinha tinha Balé e eu não queria ficar lá em casa sozinha por que não me faz bem.

Chegamos após ter vindo o caminho todo conversando assuntos aleatórios.

- o que vocês querem assistir? - Arthur pergunta assim que eu e Bárbara nos sentamos no extenso sofá de cor vermelho da casa deles.

- comédia. - eu digo.

- terror. - Bárbara diz.

Escolhemos um filme de comédia e colocamos

- Arthur faz pipoca pra gente. - falo fazendo biquinho.

- tá bom, tá bom. - Arthur fala se levantando.

Eu fiquei me lembrando de que temos detenção.

Depois que o alarme tocou, deu a hora de ir pra casa. Angelinha iria chegar e eu tinha que tomar meu remédio, remédio o qual nem Arthur, nem Bárbara sabiam da existência.

Me levanto e Bárbara me olhou.

- já vai? - ela pergunta.

- sim. - digo pegando meu celular e olhando o visor.

- eu te levo. - Bárbara diz. - aliás, eu fico lá com você até a hora de ir pra detenção.

Apenas dou um sorriso de lado.

- tchau Arthurzinho. - abraço Arthur e dou um beijo em sua bochecha.

- tchau Carulina. - ele me dá um beijo na bochecha e eu saio da casa deles e seguimos para a minha casa.
//
Abro a porta da minha casa Angelinha estava dormindo no sofá, como de costume de quando ela está cansada depois do Balé.

- eu chamo ela, vai tomar banho. - Bárbara fala e eu caminho até a escada para ir pro meu quarto.

Tomo um banho e logo pego meu remédio, coloco na boca e tomo um pouco de água.

- Carolina... - Bárbara fala já dentro de meu quarto e eu me assusto um pouco.

Percebo que estou com uma blusa sem manga e que ela pode perceber que os cortes em meu braço são recentes.

Pego uma blusa de frio rapidamente e a visto.

- porque está tomando remédio? - ela pergunta olhando a cartela de remédio na minha penteadeira.

- hã... por nada. - digo e saio em direção a porta, mas Bárbara vem até mim e para em minha frente.

- me explica. - ela diz segurando a cartela e mostrando.

- crises de ansiedade. - falei e olho e para o chão.

- elas voltaram? - sua pergunta sai meio falha.

- com tudo. - falei também com a voz falha.

Ela me abraça.

- tudo bem, vou te ajudar a passar por isso também. - ela diz enquanto ainda estávamos abraçados.

Olho para a foto da minha mãe que estava ao lado da minha cama e fecho meus olhos.
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Nos arrumamos para ir pra detenção.

Dei um beijo na bochecha de Angelinha e sai de minha casa.

- ninguém merece detenção. - Bárbara murmura.

Olho para ela e dou risada.

- você só reclama. - digo e ela continua embirrada.

Chegamos e entramos na escola, partimos para as nossas sala.

Acho que Gabriel vai se atrasar.

- onde está Gabriel? - a menina que parece ser a líder do grêmio ou sei lá o que me pergunta.

- hã... Gabriel foi.. ao banheiro. - digo após ter falhado um pouco, ela ergue sua sombrancelha e sai.

Gabriel está me devendo uma.

Não demora muito e ele chega.

- estou meio atrasado. - ele diz sorrindo.

- eu salvei a sua pele.

- como?

- te explico depois, pegue a vassoura e vai trabalhar. - eu falei e ele pegou dando risada.
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Chegou a hora de ir embora eu estava mais aliviada.

- hey, vocês dois. - ouvimos alguém nos chamar e viramos encontrando a garota morena, ela cruza os braços. - eu vi as câmeras, você terão que ficar mais um pouco. Você. - aponta para o Gabriel.- chegou atrasado. E você. - aponta para mim. - mentiu pra mim. Terão que limpar os vestiários feminino e masculino.

Eu e Gabriel nos olhamos e saimos andando.

Aí meu Deus, eu deveria ter previsto isso. Como fui tão burra assim cara?

Chegamos e começamos a limpar.

- você mentiu? Logo você dona responsável? - Gabriel me pergunta sorrindo e eu olho para ele.

Eu estou p da vida comigo mesma.

- foi pra livrar a sua pele. - digo e volto a limpar a pia.

Escuto um barulho de algo sendo trancado.

Olhei para Gabriel que estava limpando as portas.

Ah não, não pode ser.

Corro até a porta e tento abrir mas a mesma está trancada.

- Gabriel, estamos trancados. - digo e ele me olha sem acreditar.

- estamos lascados também, minha mãe me colocou de castigo. Ela não vai acreditar se eu disser que fiquei trancado nesse enorme vestiário. - ele fala e coloca a mão na cabeça.







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⏰ Última atualização: Jul 19, 2021 ⏰

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