04. Quase Beijo

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N/A: Gente, o capítulo tá MUUUUITO grande, então dividi em duas partes para não ficar muito pesado para vocês, mas assim que terminar a leitura desse, vocês já podem passar pra  o próximo haha vamos de atualização dupla!

04 | O quase beijo

"Tudo bem com você?" Perguntei quando Mint apareceu na janela meio desequilibrado contorcendo o corpo de uma forma estranha, enquanto a toalha de banho estava sob a cabeça, até ele se virar na minha direção.

"Hã..." Ele disse, tirando a toalha da cabeça e jogando sob a cama "Eu já estive melhor."

"Eu juro que não queria acertar você com o frigobar..." Me senti mal por ele, de verdade.

"Tudo certo. Tranqui..." Ele parou bem no meio da frase, me dando um olhar esperto "Eu acho que você poderia me dar uma ajudinha aqui." 

"Que tipo de ajuda?" 

"O tipo que envolve suas mãos no meu corpo!" Mint falou erguendo as sobrancelhas num tom brincalhão, eu estava pronta para reclamar, então ele se virou de costas, erguendo a camisa e mostrando uma série de hematomas nas costas. "Estou tentando alcançar pra passar uma pomada pra dor, mas não estou tendo muito sucesso..." Ele explicou abaixando a camisa e se virando de frente.

"Onde você conseguiu isso tudo?"

"Primeiro quando a gente pulou a janela, depois quando você caiu em cima de mim... E eu nem vou contar a parte do frigobar." Ele disse levantando o cabelo e mostrando a testa.

"Por que você não falou nada?"

"Não queria incomodar. Só estou dizendo porque preciso mesmo de ajuda." E ele pareceu mesmo sincero. "Se não quiser vir, posso pular a janela e ir aí. Eu juro, só quero mesmo passar essa pomada. Tá doendo pra caramba." 

"Eu vou aí." Falei. Me sentia mesmo culpada, me estiquei, colocando o pé sob a árvore grossa, que era a única coisa que separava nossas janelas, e logo em seguida, eu já estava no quarto dele, que se sentou na cama, me entregando uma embalagem de pomada pra dor e levantando a camisa mais uma vez, enquanto apontava para as costas:

"Aqui. Aqui! Por favor..." Ele falava quase como uma criança manhosa, mas era nítido que ele realmente sentia dor.

Fiquei encarando as costas descobertas dele, sem saber o que fazer. Seria estranho tocar na pele de um local tão íntimo, considerando ainda mais que eu estava fugindo dele  a pouco tempo.

"Sky... Eu vou agradecer se você se apressar..." Ele disse resmungando.

"O-ok." Coloquei a pomada na mão, e estava prestes a colocar nas costas dele, quando ele se virou pra mim fazendo um bico:

"Nada de segundas intenções, ouviu?" Fechei o punho e ergui. Se ele não estivesse machucado, talvez eu mesma fizesse hematomas nele.

"Você é a última pessoa com quem eu teria segundas intenções!"

"Não tenha primeiras intenções também. Estou de olho em você!" Mint resmungou, e eu o empurrei de leve, ao invés de reclamar novamente, ele apenas ergueu a camisa, e deixou que eu passasse a pomada enquanto soltava pequenos grunhidos de dor. A pele dele, pra minha surpresa era extremamente macia e quentinha para quem acabou de sair do banho.

"Pronto." Avisei.

"Você tem mãos pesadas. Espero que a gente nunca saia no soco."

"Quer experimentar?" Falei erguendo a mão novamente e ele se encolheu.

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