Lembre do pequeno pássaro (Bamon)

Capítulo 11 - Teria de servir

Oi pessoal.... Estão bravos pelo meu sumiço? Foi mal gente, eu sei como é ruim esperar mas precisei de um tempo se me seguem sabem que acabei desenvolvendo outras histórias.

A razão?  espairecer limpar  a cabeça, não quis que minhas emoções interferissem na história.

Fora que tenho passado um tempo fazendo correções no livro.

Sinceramente essa fanfic está sendo maior do que planejei e se leva tempo para que se evolua com coerência sem parecer que caimos de paraquedas na cena.

Essa fic segue um ritmo mais lento que pessoalmente estou ainda me adaptando.

Dito isso, obrigado pelo carinho e sim leio sempre que posso os comentários e de obrigado pelos votos ❤.

Se cuidem.

Eu não possuo direitos sobre The Vampires Diaries.

♥♥♥

Ela poderia ter esperado pela chegada outro dia...

Não! a parte irracional calou qualquer referência a essa alternativa. Seria uma traição, esse Damon teria se arriscado por ela, o Damon humano ao menos.

Mas e se....? passou pela mente.

Novamente ignorou.

Por toda vida seguiu o coração e todas às vezes que evitou se sentiu como um nada, de novo todas.

Certo que teve pesares e felicidades agindo seguindo as emoções que a influenciavam, entretanto, o mas a pergunta do e se...? quando seguia o coração nunca a aterrorizou.

Nunca.

Devia ser errado considerar que mas, e se Damon morrer por que deixou de interferir o ciclo natural da vida como humano?

Seguiu portanto o caminho oposto, a emoção.

Nesse momento a dor por ver alguém que se importava (amava) lhe machucava.

Machucava muito.

Ficou frente a porta do quarto que   pertencia a Damon. Recuou antes de bater olhando para os lados.

Era arriscado.

E daí o que não seria? Todas as atitudes tomadas ali eram arriscadas se fosse sincera a si mesma, e se por ser precavida (ou terrivelmente covarde) deixasse  de escuta-lo tocar piano, discutir sobre Shakespeare.

Pense Bonnie.A mente alertou para que evitasse um final trágico por ações impensáveis. Covardia esteve longe de ser a primeira opção assim como o desejo pelo final dramático.

A conclusão de ir para o quarto de um homem sem desculpa decente seria o fim caso fosse pega colocou as mãos no rosto as abaixando devagar. Qualquer e se...? envolvendo o possibilidade de ser potencialmente seria o início de uma bola de neve. As pessoas exigiriam a verdade e ela diria mentiras.

Outra opção seria loucura ou burrice ou ingenuidade, Bonnie dificilmente se acharia numa dessas categorias.

A loucura, talvez, caso mergulhasse em refletir e analisar friamente sobre as consequências do que fez, do que não fez, do que veio fazer, do que devia fazer. De novo, ficaria no raso e pararia por ali mantendo parte da sanidade que o corvo e pesadelos deixaram.

Uma luz lhe ocorreu.

Respirou profundamente a caminho da cozinha.

Na pior das hipoteses o chefe Harold estaria lá o que dificultaria o desenvolvimento do plano esse pensamento trouxe certo desagrado, esperava que o chefe estivesse longe da sua área de trabalho portanto.

Passou devagar nos corredores lidando com o desejo de correr. Empurrou a grande porta de madeira da cozinha.

O cômodo da cozinha esteve vazio felizmente, julgou a razão por essa estar relativamente tarde para o almoço e qualquer outra refeição.
Bonnie então se apressoou em colocar o que pretendia em ação esse ato teria causado certo alívio, todavia, a ciência de que qualquer paz e silêncio eram temporários impedia a existência de satisfação prévia.

A parte rebelde em outro momento tardaria pelo desafio de contrariar e dizer dane-se.

Mas não era momento, por enquanto. Havia muito que poderia perder considerando.

Encontrou pão amanhecido numa das vasilhas que estavam postas na prateleira logo acima do armário, bom pensou, optando por passa-lo no azeite selando o mesmo e cortando em fatias.

Amarrou a fita do avental atrás das costas completando com o laço. A receita básica de uma sopa  simples de fubá com couve foi a única que ficou em sua cabeça, caso Damon odiasse não preparará outra opção.

Teria que servir.

Verteu o resultado na tigela  separando as fatias no prato ao lado. Observou o resultado final decidindo por um copo de água com sal e açúcar.

Teria de servir. Repetiu o mantra mesmo parada frente a porta do quarto. Considerando que teve certo tempo para fazer uma sopa então não deveria parecer desesperada, certo?

"Entre" foi dito. E o coração bateu acelerado em resposta.

Obedeceu sem querrer refletir sobre o quão cansada a voz do dono do quarto pareceu estar. Os passos eram quase robóticos pelo cômodo fechou a  porta atrás de si. As cortinas fechadas escondiam a luz do quarto, os móveis em madeira escura tinham entalhes como o resto da mansão tinha cores neutras.

Os olhos instantaneamente vagaram para a figura na cama enrolada nas cobertas, Damon permaneceu com os olhos fechados inconsciente de sua presença. Depositou na estante a bandeija com cuidado ao lado  havia ficado outra bandeija com uma refeição intocada. Não deveria estar comendo.

Se aproximou observando sinais de mudança observou palidez também esteve mais magro. Cólera era cruel, poucos dias foram suficientes para que conseguisse o debilitar.

Ele parecia frágil.

A conotação talvez o ofendesse.

O suor escorria da face alva, os cabelos negros encharcados, os labios ressecados. Internamente se perguntou a quando tempo não deixava móvel?

Stefan esteve certo na revolta. Suspirou o ambiente ficava mais opressivo pela falta de ventilação e luz.

Caminhou até a janela permitindo o ar e luz adentrar.

Voltou para recolher a louça com a comida intocada das refeições anteriores, sem querer incomodar ainda Damon dormindo.

Essa foi a intenção mas quando se vitou ele a olhava fixamente. Apenas deixe que Damon destrua os planos novamente. Moveu a boca mas fechou sem ter o que dizer  "Acordei com a luz" forneceu.

Deixou a louça de lado, ele lhe deu uma saída fácil caso quisesse sair.

"Eu não pretendia atrapalhar o seu descanso.." disse por fim, cansada de fugir..

Damon sentou com dificuldade fazendo careta de dor se moveu para ajuda-lo arrumar as almofadas confortavelmente.

"Você me fez ver a luz em dias, Bonnie,  tire a bobagem de atrapalhar da cabeça " respondeu.

Concordou preferindo se calar discutir com ele mesmo debilitado parecia ser inútil "Diga algo..."

"Evito rebater moribundos" rebateu ele sorriu um pouco.