• Capítulo 10 •

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RIVKA

Meses se passaram e muita coisa mudou na minha cabeça, durante todo o processo de treinamento para as últimas organizações rebeldes que precisamos alcançar.

Joshua garantiu que seu informante revelou que ainda havia duas organizações na américa do sul, fora do domínio do Rei do sul, e passamos dois meses nos preparando para invadi-la e conquista-la.

Enquanto isso, meu elo com Joshua começou a ficar mais distante. Nossa amizade se manteve intacta como sempre foi, no entanto ele não estava mais tão disponível nas noites como era antes. Confesso que eu estava ficando mal acostumada a sarar dores da minha alma com sexo, mas ultimamente ele tem sumido e retornado no meio da madrugada, sem me dizer muita coisa.

Me parece que é um ensaio para o afastamento definitivo e eu me sinto indiferente a tudo isso. Não é como se eu tivesse desenvolvido sentimentos românticos por ele, isso não aconteceu. Mas me surpreendo quando paro e penso que tudo está chegando ao fim. Finalmente poderei em breve ser feliz com meu filho e viver uma nova vida.

O grande dia enfim chegou e nosso avião particular já foi preparado para a longa viagem. Seguimos nós quatro: Joshua, Zion, eu e Zeta, para o Uruguai: Um dos países destino da nossa viagem final.

Conseguimos nos hospedar em uma casa alugada bem reservada, como sempre fazemos, e de lá, ficamos uma semana firmando e solidificando o plano, analisando por fora o local onde invadiríamos. Uma fábrica abandonada de papéis higiênicos. A organização está instalada no subsolo, como diversas que já nos deparamos durante essa missão.

(...)

Era tudo ou nada.

Não havia saída, ambos estávamos encurralados sem saber como agir. Tudo tinha saído do controle e do plano. Fingir ser quem não é para criar alianças dentre organizações rebeldes estava custando caro para nós.

Os homens mascarados daquela sala, estavam com os braços cruzados em fileira, apenas observando Josh com os braços presos à corrente suspensa no teto, enquanto faziam questionários. Eu era mantida cativa por um dos homens daquele grupo, com os braços para trás e boca tapada.

- Não vou perguntar muitas vezes mais. De onde vêm e o que estavam querendo ao invadir minha base?

O chefe daquele grupo se assemelhava a um militar rebelde. Andava em passos calculados, como numa marcha. Sua roupa completamente preta unindo-se à máscara facial denotava a escuridão que havia em seu interior.

- Eu já expliquei, senhor. Sou apenas um pesquisador local. Estava de visita ao país e por acidente acabei me aventurando por suas terras.

Josh afirmara com o domínio da mentira.

Era perito em disfarces.

Após a afirmação, o olhar dele percorreu a sala obscura até dar de encontro com meus olhos, que aguardava apenas um sinal para o ataque. Josh utilizou a linguagem combinada previamente, olhando para o teto e pressionando os olhos lentamente.

Era um sinal para que eu desse o último argumento para que pudéssemos ser livres.

- Eu coordeno essa equipe há anos. Estou aqui nessa base há tempo demais para saber que ninguém chega aqui por acaso. – O chefe, estando no meio da sala, entre eu e Joshua, apontou para os dois simultaneamente. – Podem executá-los.

Imediatamente abri a boca e mordi a mão do homem que me calava, o fazendo liberar meus lábios.

- Por favor, temos um filho! – e comecei a parte mais dramática de toda a encenação, debulhando-me em lágrimas. – Como ele viverá sem os pais? Não sabe nem tomar banho sozinho, é apenas uma criança. Perdoe-nos, não temos a intenção de nada, nos enganamos, senhor!

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⏰ Última atualização: Sep 14, 2020 ⏰

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RIVKA e o elo perpétuo (2) (AMOSTRA)Onde histórias criam vida. Descubra agora