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25, dezembro, 2018

Eu te amei para uma vida, Bright.
esta carta é para você, este é o meu Adeus.

Acredite,
eu poderia ditar cada vez em que seus olhos brilharam, se apaixonaram e minimamente se curvaram, Bright.
Estive ao seu lado como um ato vívido, amado e acolhido por cada parte que constituía você. cada pequena ruptura que dividia em meu olhar, o céu e a terra se equilibraria na direção de seus olhos castanhos opacos.
se aprimorava ao seu sorriso, cada palavra que poderia se referir a bondade em nosso mundo. era tudo algo tão belo, até algo tão genuíno que, desejei para o universo que seus traços fossem feitos para serem vistos apenas pelos meus olhos, e por eles mesmos apenas.
cada toque; como um só poderia me levar aos céus em menos de segundos, ainda, queimando como o inferno.
lembro até de quando pude sentir seu corpo sobre o meu pela primeira vez, em também, nossa primeira vez — a sublime onda de paz me atingiu de uma forma mais do que apenas brilhante e calma, você teve cuidado comigo.
lembro por último, de seus lábios carnudos convertendo-se sobre os meus num sorriso gentil e bagunçado, quando deixei-o ir adiante de cada mínima imensidão de meus lábios, também, pela primeira vez.

mas como mágica, o nosso céu havia se deslizado ao inferno. nosso laço havia sido amaldiçoado por aquilo que amávamos.

você simplesmente se afogou e eu apenas tentei te puxar à superfície com uma força que não sabia que possuía; força a qual você mesmo um dia havia me dado sem desejar nada em troca.
até que você olhou em meus olhos mesmo que sob o mar e gritou que desejaria alcançar a perfeição, e logo, o mar que ainda estava azul turquesa se retornou ao mais tenso e escuro dos mares;

você soltou minha mão.

você desejou a perfeição de seu trabalho como modelo na grandiosa revista Taisick models, mesmo sendo um dos maiores de toda a Tailândia, seu ego pareceu se esvair e, ainda sim, você desejou mais que apenas tudo aquilo, não?
você queria tanto que o mundo te reconhecesse, me contou sobre isso e até um momento, este sonho — ou deveria dizer, pesadelo — parecia saudável.

você se entregou ao ápice que não pensou que talvez não fosse a moda que te levaria para casa no final de um dia quando você parecia adormecer como uma criança cansada.
não pensou que não seria a mesma a te abraçar com amor e acariciar seus fios.

agora, eu não posso mais. eu tentei te segurar, tentei te amar — e ainda irei, eu sempre irei — mas não irei esquecer de mim mesmo, Bright, eu estou indo embora, irei para outra agência, irei recomeçar, irei te esquecer.

— win.

Eram exatas 23:45 PM quando Bright havia lido uma das mais detalhadas e dolorosas cartas de toda a história de sua vida, onde encontrara na mesa de seu apartamento. ele soube àquele segundo que não suportaria mais o peso que seus ombros e mãos gélidas carregavam, ele quis apenas esquecer por um segundo que suas pernas não ameaçavam cair a todo custo, por uma causa dele mesmo — Bright apenas desejou chorar e gritar o mais alto que poderia em toda a vida mas seu corpo e emoções estavam estáticas como gelo; apagadas; prontas para desbotarem em silêncio.

ele soube exatamente o quê havia perdido na noite de 25 de dezembro de 2018.
ele simplesmente jamais poderia ser o mesmo novamente.


Win Metawin; aquele tão grandioso nome que um dia fora para a vida de Bright Vachirawit pregado em seus pensamentos como aquele que possuía o mais gentil e adorável coração, vagava agora em sua mente, mesmo após 2 anos, mesmo que apenas como uma memória.

Bright poderia se odiar, poderia semear o mais real ódio por si mesmo, mas ele ainda tinha uma certeza.

Bright Vachirawit amaria Win Metawin até os fins de seus dias.

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