Visita - 29

235 12 22
                                    

Santuário, 1746.

Após Teneo e Dohko levarem Aldebaran até a enfermaria onde tratou de seus ferimentos, o taurino foi até o décimo terceiro templo para fazer um relatório do que tinha acontecido mais cedo. Têmis, Atena e o Grande Mestre estavam – respectivamente – em suas cadeiras ouvindo tudo que o dourado havia lhes contado. Helena ficou aliviada pelo taurino estar bem pois ficou preocupada com o "sumiço" da cosmo-energia do mesmo e, só por causa do pedido de Manigold se conteve em ajudar o maior. O Patriarca então ao ouvir o relatório do Cavaleiro, o dispensou e deu um dia para que Aldebaran se recuperasse e pudesse descansar depois da batalha que tivera.

- Recebi um aviso hoje cedo minhas deusas. - Sage iniciou para as irmãs que se entreolharam confusas e pediram para o Grande Mestre prosseguir. - Hermes, o Mensageiro dos Deuses solicitou uma visita ao Santuário. - Sasha pôs a mão nos lábios em sinal de surpresa e Helena arregalou os olhos incrédula diante da informação que Sage lhes dera.

- Ele disse o porquê dessa visita repentina? - Atena indagou e recebeu do mais velho um "Quer apenas conversar com a irmã."

- Aquele cretino... - Helena se pronunciou e recebeu olhares repreendedores da irmã e do Patriarca. - O quê?! Vocês dois sabem que eu não simpatizo com aquele sujeito. - cruzou os braços. - Hermes está tramando algo, senão por que viria para cá quando estamos no meio de uma Guerra Santa? - jogou e o Grande Mestre junto de Sasha trocaram olhares cúmplices. Não podiam negar que aquela atitude do deus era um pouco suspeita, mas não viam Hermes como um possível inimigo. - Sem contar que além de Mensageiro dos Deuses, Hermes também é o deus dos ladrões.

- De fato minha irmã, não devemos afrouxar as rédeas de meu irmão. Por isso desejo que ele venha até o Santuário para podermos avaliar o comportamento e as intenções dele. De acordo Têmis? - sabia que quando a mais nova lhe chamava por seu nome divino, as coisas estavam sérias. Helena sentia muito orgulho da maturidade que Sasha havia adquirido naqueles três anos em que suas vidas viraram de cabeça para baixo, as vezes achava que a menor era a irmã mais velha da relação. Riu com o pensamento.

- Está bem, Atena. Só teremos que nos cuidar para não dizer que sou Têmis como fizemos da última vez que o desgraçado veio aqui. - viu os dois assentirem.

- Que assim seja. Avisarei ao secretário de Hermes que ele poderá vir hoje mesmo.  - disse Sage e foi se retirando.

- Senhor Sage!! - Helena chamou antes que o Patriarca fosse para seus aposentos. Iria tratar de resolver o problema que Manigold lhe disse. - O Cavaleiro de Câncer me relatou que o senhor tem colocado um mensageiro para expiá-lo. Por mais que eu não discorde totalmente dessa ação, acho que Manigold já sabe se cuidar. - viu o maior franzir o cenho.

- Eu não solicitei que nenhum mensageiro observasse meu antigo pupilo. Tem algum mal-entendido acontecendo Helena, e temos que descobrir o real motivo disso. Peça para que Manigold faça uma descrição desse tal mensageiro e traga até mim.

- Já tem alguém em mente que possa ser o mandante disso? - o Grande Mestre assentiu. - Está bem, irei comunicá-lo. Agora por favor Sage, me deixe a par de tudo o que descobrir. - dito isso, a canceriana foi descer até a quarta casa zodiacal pedir que Manigold contasse tudo o que sabia sobre o mensageiro. Estava pensativa e, relação a Hermes, sabia que coisa boa não viria da parte dele. Até mesmo no Olimpo não gostava da companhia do Mensageiro, tinha que ficar com um pé atrás ao se tratar do deus dos ladrões.

...............

"Santuário, 1744.

O décimo terceiro templo estava completamente tumultuado: mesas para cá, cadeiras para lá, servas andando de um lado para o outro. O motivo de tamanha tensão e agitação no Santuário de Atena, era a visita do deus Hermes que queira rever sua irmã.

A União das DeusasOnde histórias criam vida. Descubra agora