A União das Deusas

Rosas - 22

Santuário, 1746.

Helena seguia os espectros sorrateiramente e os viu próximo a Muralha de Cristal que Shion havia feito. Quando um deles tentou atacar a barreira, o golpe voltou para ele e fez com que o espectro caísse alguns metros para trás.

- Vocês não conseguirão invadir a vila. – Helena disse saindo das sombras e ficando à vista do pequeno grupo de espectros.

- E quem é você mulher? Eu sou Byako de Necromante, Estrela Celeste do Espírito. – indagou o líder daquele grupo.

- Meu nome é Helena e não deixarei que deem mais nenhum passo sequer. – disse cruzando os braços.

- Acha que temos medo de você? Você não tem chance contra nós cinco! – o loiro apontou para o restante dos espectros.

- Vai ficar aí de papo furado ou virá me enfrentar? – a canceriana indagou e fechou os olhos. Byako correu em direção a Helena para dar um soco, mas ao ficar cerca de dois passos da deusa, ela abriu os olhos castanhos e uma rajada de cosmo o atingiu e o lançou longe. Os outros quatro ficaram chocados com tamanho poder que a garota tinha e em como a sapuris de Necromante estava completamente destruída. – E então? Quem é o próximo? – a morena disse sorrindo de canto.

.......

Albafica fechou os olhos. Ele estava sendo humilhado por um simples espectro. Se lembrou que seus poderes poderiam chegar a ser equivalentes, já que Minos era um dos três Juízes do Inferno. Mas não justificava. Minos era um espectro. Um homem que se entregou ao mau e que luta por Hades e pela extinção dos humanos. Já ele era um Cavaleiro de Ouro, a mais alta patente dos cavaleiros de Atena e um dos mais fortes dos doze. Que jurou lealdade a deusa e aceitou o dever de lutar pela justiça, paz e o amor na Terra. Não poderia morrer ali, tinha que lutar pelos seus irmãos de arma, pelos inocentes que viviam em Rodório.

"Por nós humanos!" – pensou. Sentiu o veneno das rosas percorrendo todo seu corpo e elevou seu cosmo bruscamente, se livrando de vez da Marionete Cósmica de Minos.

- Achou mesmo que não fosse conseguir elevar meu cosmo e que não me levantaria? Pois saiba que eu não desistirei tão facilmente assim, Minos.

- Albafica, Albafica... Olhe para si mesmo. Acha que conseguirá me vencer nesse estado? Com o braço e a perna quebradas?

- Eu não me importo se estou ou não com o braço e a perna quebradas. Isso não me impede de elevar meu cosmo. Você pode quebrar quantos ossos quiser, mas enquanto a chama de meu cosmo se mantiver acesa, eu nunca hesitarei em me levantar novamente.

- Lindo discurso Albafica! - bateu palmas sarcásticas. – Mas é uma pena que não poderá dizer isso quando seu pescoço estiver quebrado. – ameaçava.

- Mesmo se você quebrar meu pescoço, eu voltaria do Mundo dos Mortos só para acabar com você Minos!! – o pisciano passou a elevar intensamente seu cosmo que fez com que o Juiz fosse empurrado para trás devido a forma violenta que a cosmo-energia de seu oponente se elevava. Griffon ficou curioso ao ver a rosa negra que se materializou em uma das mãos do dourado. – Essa rosa em minha mão é capaz de destruir tudo que se manter em seu caminho. Acho melhor você desistir agora ou será tarde demais. – provocava.

- Acha que eu terei medo de uma simples rosa? Que só pelo fato de serem negras agora devo me preocupar? E medo de você com esse seu rostinho bonito? Me poupe, Albafica!

- Tanto faz se sou belo ou feio. Certamente, eu me comportaria do mesmo jeito, independente do meu rosto. Toda vez que alguém fala na minha beleza, da forma como você o faz, só acaba ferindo o meu orgulho. O que sabe ao meu respeito para se sentir no direito de me classificar e julgar?! Não conhece todo o meu poder, ou meu cosmo ou a minha vida! – bradou. – Chega de enrolações, ROSAS PIRANHAS!!! – diversas rosas negras saem detrás do dourado e partem em direção ao espectro, que por sua vez utiliza as asas de sua sapuris, fazendo com que elas o protegessem da técnica do pisciano. Ao ver as rosas perfurarem as asas de Griffon, Albafica esboça um pequeno sorriso que passou despercebido por seu adversário.