Rosário - 23

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Santuário, 1746.

Um dia havia se passado desde a morte Cavaleiro de Peixes. O Santuário inteiro estava de luto pela morte do pisciano e ficaram receosos sobre o nível de poder dos espectros daquela geração.

"Um dos doze dourados havia sido morto na primeira tentativa de invasão ao Santuário, o que viria após isso?" – esses eram os pensamentos de Sasha. A deusa estava sentada debaixo de uma árvore no campo onde treinava com o Cavaleiro de Leão. Adorava pensar naquele lugar, pois se sentia mais leve e tinha um sentimento especial por aquele campo, já que fora ali que o leonino pediu-lhe em namoro. Sentiu mãos tamparem seus olhos e num movimento rápido derrubou o indivíduo e apontou seu báculo que estava apoiado na árvore para o pescoço da "vítima".

- Regulus?! Pelos deuses... Me desculpe por isso, - ajudou o dourado a se levantar. – não senti seu cosmo e pensei que você algum invasor ou algo do tipo. Você está bem? – indagou se sentando com ele onde já estava antes.

- Não, não se preocupe estou bem. Foi um ótimo golpe aliás. Ocultei minha cosmo-energia para ser uma surpresa, mas agora já estou aqui com a senhorita. Deu um beijo na testa de Sasha e a mesma posicionou sua cabeça nos ombros dele. – O que estava fazendo aqui?

- Pensando. De algum jeito esse lugar me deixa mais calma e relaxada, além de me fazer ter ideias e algumas estratégias. – explicou.

- Realmente esse lugar é mesmo incrível, mas no que pensava? – indagou.

- No falecimento de Albafica e em como a morte dele pode comprometer essa Guerra Santa, além do nível de poder dos espectros dessa geração. Se um Cavaleiro de Ouro sentiu dificuldades, imagina um de prata ou bronze...

- Mas Albafica não lutou contra um espectro qualquer, Minos era um dos três Juízes do Inferno. O nível de cosmo deles era quase equivalente.

- Tem razão, tinha me esquecido desse detalhe. Mas agora devemos ficar alertas com possíveis invasões, dei uma ordem para que uma patrulha fosse feita nos arredores do Santuário, sendo inspecionada por um dourado e hoje o responsável será o Cavaleiro de Tou... – foi interrompida por Regulus que rapidamente tomou os lábios da pisciana num sereno e terno beijo.

- Você estava muito agitada, precisava de um "calmante". – fez sinal de aspas e sorriu. Como a deusa amava aquele sorriso. – Olhe, não fique tão preocupada e guardando tudo para si. Tudo dará certo!! E se precisar conversar você tem a mim e Helena.

- Está certo, ando muito ansiosa mesmo. Mas além de ser Atena eu também sou só uma garota de vinte anos! Há três anos atrás eu era uma garota normal e não sabia nem me defender, agora lidero um exército de cavaleiros e amazonas e estamos em guerra contra um deus maluco que não está contente com o Império dele e também quer tomar a Terra!! Acaba sendo muita pressão!! – bradou. – M-me desculpe acabei descontando tudo em você.

- Tubo bem, relaxe. – abraçou a garota. – É normal você acabar se sentindo pressionada, não deve ser fácil descobrir da noite para o dia que é a reencarnação de uma deusa. – brincou.

- Acho que vou querer mais uma dose daquele calmante agora. – os dois acabaram rindo. 

.......

- Tem certeza que não há outro jeito? – Helena estava na Casa de Virgem a pedido de Asmita para que meditassem e pudessem conversar sobre os frutos da Mokurenji.

- Sim minha deusa, somente desse jeito é possível selar as almas dos espectros. – saindo da posição de lótus em que estava, a canceriana surpreendeu o loiro ao dar um forte abraço no mesmo, que ficou meio atordoado, mas cedeu ao carinho.

- Sentirei falta dos nossos encontros de meditações e daqueles chás que só você sabe fazer. – riu.

- Também sentirei falta dos seus pequenos surtos, além de que a senhorita é uma ótima companhia de meditação. Fico feliz que tenha aprendido a gostar.

- Creio que já tenha falado sobre isso para o Grande Mestre. – o virginiano assentiu com um movimento de cabeça. – Bom, foi muito bom para mim ter tido a oportunidade de te conhecer Virgem, mesmo você sendo um viciado em meditar e muito anti-social. – brincou.

- Digo o mesmo da senhorita, sempre se importando mais com a vida dos outros do que com a sua. E tive que aguentar você e esse temperamento impulsivo. – riu. – Mas agora é a hora. Esse é o porquê de eu ter nascido, sempre foi. Por isso me privava do sentido da visão, tudo já estava planejado para este momento. Finalmente chegou o dia em que meus esforço terão significado. – com rosário já em mãos, Asmita começou a elevar sua cosmo-energia e pela primeira vez Helena o viu fazendo. Faíscas começaram a ser projetadas ali e a deusa teve que se afastar um pouco para não ser atingida, pôde sentir o qual poderoso o cosmo do loiro era. Afinal para o rosário ser confeccionado, precisava de um poder tão grande quanto o que permitia que a árvore vivesse e crescesse no Inferno.

"Ele chegou ao ápice, o oitavo sentido." – pensava enquanto via uma aura dourada e um pouco alaranjada se espalhando por toda a sexta casa e imagens de Buda se formaram ali. Olhou para o rosário que emitia uma forte luz e agora Asmita estava levitando, viu que ele havia aberto os olhos e se permitiu admirar o quão bonitos eram aqueles olhos azuis.

"Eu que jamais vi a luz pensei que a vida fosse sempre de sofrimento e dúvidas. Pretendo não mudar esse pensamento, mas descobri coisas novas estando com Helena nesses últimos meses. Agora posso ver o quanto ela é bela, com seus olhos castanhos. Agradeço a oportunidade de tê-la conhecido e de termos nos tornado amigos." – pensou após terminar de confeccionar o rosário. A morena percebeu que a imagem de Asmita havia ficado mais clara, logo, o que estava em sua frente era o espírito do loiro que ainda segurava o rosário e agora ia se esvaindo. Antes de sumir totalmente, Asmita deu um sorriso sincero a Helena. Ele tinha aprendido a ter um carinho que nunca teve por ninguém antes. Se afastava das pessoas porque elas sempre perguntavam por que ele sempre ficava de olhos fechados e com a canceriana foi diferente, ela nem sequer pensou em perguntá-lo o motivo daquele ato, imaginava que tinha um significado importante para ele e que se fosse da vontade dele, ele explicaria. Após retribuir o sorriso, Helena se viu sozinha na casa de Virgem apenas com a armadura de joelhos como se estivesse rezando e com o rosário nas mãos da mesma. Percebeu como era linda a armadura em seu formato original.

- Obrigada por tudo, Asmita de Virgem. – se agachou para pegar as contas e sussurrou para si. Partiu para o décimo terceiro templo relatar tudo a Sage e depois desceu até Câncer para ficar um pouco com Manigold, já que estava numa sexta-feira e era o dia dos dois se encontrarem. Desde que chegou ao Santuário Helena já simpatizou com o dourado pois além de serem do mesmo signo, tinham a personalidade bem parecida e por isso se tornaram inseparáveis.

.......

Segurando seu elmo, Aldebaran de Touro observava de longe o grupo de Cavaleiros de Prata que haviam sido designados para fazerem a patrulha pelos arredores do Santuário como Atena havia pedido. Nesse momento viu que uma espécie de meteoro caia do céu e ia em direção ao local onde os prateados estavam, rapidamente gritou para que eles saíssem dali e sentiu uma energia agressiva mais ao mesmo tempo sem muita vontade de lutar.

- Eu sou Kagaho de Benu, Estrela Celeste da Violência e exijo que Dohko de Libra venha até mim agora mesmo.

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Capitulo com 1375 palavras!!

Espero que gostem desse capitulo pessoal!!

Mto obg pelos 1k de leituras!! Fiquei mto feliz qndo vi e nunca pensei q fosse bater essa quantidade! Mto obg msm glr, de coração!!

N esquece de deixar a estrelinha e comenta oq estão achando!!

Bjosss e até o próximo capitulo! 😊😊

A União das DeusasOnde histórias criam vida. Descubra agora