My Sweet Hearts

VI

𝒯ℴ𝓇𝓉𝒶 𝒹ℯ 𝓅ℯ𝓈𝓈ℯ𝓰𝓸

𝕯𝖆𝖎𝖘𝖞 𝕸𝖆𝖗𝖙𝖎𝖓𝖘❁

Respirei fundo e começa a atravessar o estacionamento, agora não é só os cinco pares de olhos dourados me encarando, são dezenas de olhos, do azul ao preto. Me sinto desconfortável nesse lugar, todos parecem se encaixar perfeitamente com o ambiente que parece um efeito acinzentado sobre a cidade, todos usam cores monótonas ou escuras de mais, sou um ponto colorido no meio desse mar de cores sem graça.

Seguro com mais força a alça da minha bolsa e vou em direção a secretaria pegar meus horários, chego na secretaria aonde se encontra uma senhora com óculos fundo de garrafa preto, seu cabelos é super curto tingidos de vermelhos intenso, ela usava uma blusa social azulada e uma calça também social preta, seus lábios pintados com uma cor de roxo que não sabia distinguir entre o escuro e o néon.

Fiz um som com a garganta ela apenas me olhou sobre os óculos de armação grossa suspirando e falou com uma voz de robô:

– Nome? – segurei ao máximo minha vontade de brigar com aquela mulher, meu bom humor é completamente sugado por pessoas como ela, que não se dignava nem a trocar olhares de gentileza com outros.

– Daisy Martins, eu estive aqui ontem – Não era possível que essa mulher não me reconheceu? Bem eu duvidava, já que ela mal me olhou ontem e hoje.

Meu pensamentos são interrompidos por uma voz um pouco mais baixa do que deveria, pedindo licença, porém Karen, a secretária, não ouviu ou fingiu não ouvir. Ela parecia sem graça e segurou com mais força a alsa da sua bolsa, ela usava um casaco pesado bege por cima de uma camiseta de botões verde, um jeans escuro e um vans surrado, seu cabelo era castanho e ondulado, ele estava solto só com uma tiara segurando eles pra trás, já que aparentemente ela só olhava pra baixo.

– Com licença Karen, tem um aluno aqui. – tentei soar o mais fofa possível,  a menina ao meu lado me olhou e sorriu sem graça, Karen olhou pra mim eu pisquei meus olhos de maneira inocente e desviou os olhar para a menina ao meu lado.

– Nome? – sua voz estava mais tediosa que o normal, segurei o impulso de revirar os olhos. Mostrar o mínimo de interesse não vai matar ninguém poxa

– Isabella Marie Swan – sua voz tinha aumentado um pouco, assim que a secretária ouviu seu sobrenome ela se aprumou na cadeira e deu um sorrio pra ela mostrando os dentes. Agora fiquei curiosa, oque esse nome tem de tão importante, será que ela é filha de alguém importante no estado ou da cidade?

– Claro querida só um momento – como essa mulher foi da água pro vinho com ela?

Ela entregou nosso horário de aula e um pequeno papel no qual os professores deveriam assinar para mostrar nossa presença na aula. Saímos às duas dando um tchauzinho com a mão.

– Oi, am, muito obrigada por me ajudar ali na secretária – ela fala em um tom baixo, desviando do meu olhar com piscadinhas, ela parecia boneca de porcelana, delicada sem perceber e fofa.

– Imagina não foi nada, ela se faz de surda mesmo, ontem passei um sufoco com ela – ela ri do meu comentário e ajeita melhor a bolsa no meu ombro.

– Meu nome é Daisy, ou só Day, se preferir claro – Falo para ela com um sorriso, ela sorri e não desvia o olhar ou pisca várias vezes.

– Prazer em conhecer Daisy, eu sou Isabella, ou só Bella – ela sorri com mais emoção, acho que tenho uma amiga aqui, dou um sorriso em retribuição, eu olhei no meu horário eu tinha história agora.

– Em Bella qual sua primeira aula? – perguntei a ela torcendo pra termos pelo menos a primeira aula juntas.
– Bem agora eu tenho biologia e você? – ela diz com uma carreta fofa para o papel do horário.

– Eu tenho duas de história, olha acho que vamos nos ver só no intervalo – respondo com um suspiro, chegando na frente de uma escadaria, pelo papel a sala de biologia da Bella era no andar de cima.

– Bem então acho que aqui nos separamos, até o intervalo Daisy – ela fala já subindo alguns degraus da escada.

– Até o intervalo Bella – respondo sorrindo em sua direção e acenando pra ela.

Segui em direção ao corredor olhando com cuidado os números das salas pra não me perder, achei a 116, respirei fundo encarando a porta pra tomar coragem, bato na porta e abro pedindo licença ao professor, ele é um cara com olhos escuros, quase passando da lousa de tão alto, sua pele era de um marrom-dourado, mas puxado pro marrom.

– A senhorita é a nova aluna correto? – confirmei com a cabeça e entreguei a folha das assinaturas – Daisy Martins? Mexicana? Espanhola? – ele pergunta olhando meu rosto fazendo uma carta engraçada com um sorriso contido nos lábios.

– Não eu sou brasileira – Respondi sorrindo, ele desviou o olhar da assinatura já pronta olhando nos meus olhos e sorriu mais ainda.

– Seja bem vinda! Ali na frente de Alice e Jasper tem um lugar vago – olho na direção que ele aponta e encontro dois pares de olhos tão escuros quanto do professor, era o casal que estava na loja outro dia – Pode se sentar e pegar o caderno e ir anotando a matéria que vai ter prova daqui a algumas semanas.

Eu balancei a cabeça em confirmação, caminhei a passos vacilantes até o local, Alice e Jasper estavam com uma cara fechada, eles pareciam muito incomodados comigo ali, sentem em silêncio e comecei a copiar a matéria.

Chegou o intervalo, peguei meu caderno e a bolsa saindo com pressa, sem me importar de guardar alguns materiais. Fui seguindo o fluxo de alunos na esperança de que eles estavam indo ao refeito.

Foi certeiro cheguei naquele lugar pra procurando a cafeteira pra comprar algo doce quando estudo meu nome ser chamado, era uma menina que estava do lado da Bella, eu respondo seu aceno indo em direção a fila pra pegar um lanche, peguei algumas frutas um copo de chá gelado uma pequena fatia de pizza e outra de torta de pêssego.

Fui em direção a mesa das meninas, e acabei esbarrando novamente aqueles pares de olhos dourados, respirei fundo e olhei pra frente, até ouvi alguém gritar cuidado, senti um vendo bem de leve do meu lado, eu viro a cabeça pra olhar, tinha uma mão com uma bola de futebol americano parada a poucos sentimentos do meu rosto, eu olho pra conferir de quem era a mão, era Jasper.

– Vê se toma cuidado! – ele joga a bolo novamente para alguém, mas não a um som se quer saindo do refeitório inteiro ele olhou em meus olhos e perguntou com uma voz muito rouca e sexy – Você está bem?

Eu só confirmei com a cabeça e fui em direção a mesa aonde todas as meninas estavam de boca aberta, assim como boa parte do refeitório.

Pronto era só o que me faltava.