XXVI -parte 2

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O casal desconhecido estava em frente a uma pequena casa de dois andares que foi outrora amarela, hoje tinha os mesmos tons de cinza-escuro que a maioria da rua, ainda tinha algumas das plantas que a menina cuidava com tanto apreço, ainda continha a placa que era do café, porém com outro nome, agora em uma placa branca escrito com letras verdes e salpicado de pequenas margaridas está o nome da cacheada.

- Daisy Garden, você morava aqui não é menina? - a voz grave do homem a acordou do transe, Daisy apenas confirmou com a cabeça - Bem demos sorte que não tem ninguém na casa, você quer ver se tem algo seu ainda lá dentro?

- É provável que não tenha mais nada, eu já morri a um ano inteiro, devido que eles estão esperando a minha chegada - a voz da menina era baixa e contida, ela tinha algumas lágrimas nos olhos que deixou escorrer ao reconhecer o miado manhoso da Sandy. A gata amarela clara estava deitada preguiçosamente na janela enquanto Breu lambia sua cabeça, a menina deixou uma risada escapar com um soluço e lágrimas - Vamos embora! Talvez os Cullen possam nos acolher.

O vampiro acentuou com a cabeça olhando as lágrimas escorrerem da menina, elas não pareciam com lágrimas comuns, era quase imperceptível, mas ele poderia ver um leve tom rosado nelas. Por todo a caminhada na floresta ele começou a olhar com mais cuidado a cacheada, sua pele era dourada e não tinha nenhum aspecto vampiresco, não havia sinais que poderia chegar a uma palidez, seus olhos tinham um tom bonito de terra vermelha, não era como se ela estivesse com o vermelho evidente, era mais puxado para um castanho misturada com um pouco de vermelho, uma cor muito bonita. Os cabelos da menina batiam em sua cintura, os cachos eram mais definidos na cor natural deles, um castanho médio meio mistura com loiro, era muito bonito e parecia macio mesmo com o tempo, as pontas tinham menos definição mais tinha as cores do arco iris espalhados por ele. A Daisy mesmo assim parecia um anjo, algo que não combinava em nada com sua condição agora, o vampiro maior lamentava esse destino.

Daisy fazia o mesmo com o vampiro ao seu lado, ele usava uma calça preta com um rasgado no joelho, uma bota de couro escura e uma camisa cinza-claro aberta os três primeiros botões dando a visão de uma pele extremamente clara, a jaqueta de couro negra deixava ele mais pálido, seu cabelo era negro mãos escuro que a jaqueta era bem cortados, porém ainda caia em frente aos seus olhos, as correntes e anéis deixavam ele com uma cara de roqueiro moderno, seus olhos vermelhos ganhavam um destaque maior e a menina duvidava que ele escondia a coloração. Ele era extremamente atraente, tinha uma postura impecável e modo cortês, como um barão antigo, bem ela não duvidava disso, passava por sua cabeça a quanto tempo ele estava nessa situação e, porque a ajudou.

Os dois vampiros perdidos em seus pensamentos não perceberam haviam chegado um pouco mais perto da casa, longe o suficiente para não ser detectados pelos vampiros presentes e ainda sim, escutar a conversa, que assustou a cacheada não pela distância, mas sim pelo conteúdo da conversa

- Você acredita que finalmente eles esqueceram a Daisy? - o casal podia ouvir a voz de uma mulher, era doce e preocupada com certeza era Esme.

- Eu espero que sim querida, não sei se aguentaria mais um ano com todo esse problema caindo sobre nossos filhos, eles merecem ser felizes e isso vai ser possível com o fantasma da Daisy rondando eles - A voz de Carlisle se fez presente, ela era rouca e marcante, e continha um certo pesar no tom, ele não estava feliz com o desenvolvimento do luto dos filhos - Eu realmente não sei como fazer esse fantasma sumir dos olhos dos três.

- Eu realmente espero que Alice e Bella cheguem a tempo de salvar o Edward, eu não sei como Alice e Jasper vão conviver com isso, temo que podemos perder nossos filhos de vez Carlisle - o tom de Esme era desesperado deixando a cacheada com um peso dentro de si, o maior a puxou para um abraço novamente com o intuito de levar ela para longe daquela conversa, porém seus passos pararam ao sentir cheiro dos lobos da clareira, assim que olhou em direção à casa lá estava dois lobos, um caramelo e outro marrom escuro eles se transformaram em dois adolescentes, um menino mediado com cabelos bem curtos e escuros é uma menina cerca de uma cabeça maior que ele com cabelos curtos e mal cortado os dois com peles morenas avermelhadas, eles eram nativos.

- Jacob? Leah? O que estão fazendo aqui? - a voz surpresa do Carlisle fez Daisy se virar novamente para a casa para prestar atenção a conversa

- Carlisle fomos ao túmulo de Daisy e ela não estava mais lá - Jacob se pronuncia de modo apressado em um único fôlego, deixando os dois vampiros assustados

- Como assim não estava mais lá? - Esme estava descrente que alguém poderia ir à clareira macular o túmulo de alguém, era desrespeitoso de mais.

- Sim, chegamos lá à terra havia sido revirada e a lápide quebrada ao meio, fomos conferir se não fizeram mais nada e terminando de cavar e vimos o caixão sujo com a parte se cima quebrada e sem nenhum sinal da Daisy, a única pista que temos são dois cheiros de vampiros, um mais forte que o outro - Leah fala mais controlada mesmo que por dentro estava desesperada

- Vamos até lá e arrumamos tudo - depois de alguns minutos a voz de Carlisle se faz presente - Não preciso que esse fantasma assombra mais meus filhos, ela está morta e vai continuar, saqueando ou não seus ossos. Eu quero que esse assunto acabe aqui e vocês jamais contem isso a qualquer um dos meus filhos, principalmente Alice e Jasper, eles finalmente seguiram com a morte dela. - sua voz parecia um trovão, era grossa e estava esperada, ele queria esse assunto morto e enterrado, queria fazer seus filhos esquecerem o sofrimento que foi perder sua alma gêmea.

Fora da casa Daisy deixava suas lágrimas rosadas rolaram em abundância manchando seu vestido amarelo, ela não era mais bem-vinda nos Cullen, morta, viva ou transformada Jasper e Alice a esquecerem e Carlisle a queria longe. E era assim que ela estaria, longe, para nunca mais chegar perto dos Cullen novamente e os fazer sofrer.

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