XXV

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A vida dos Cullen após o ataque de James às meninas não foi nada fácil, até hoje nenhum deles se recuperou do caos completo que foi ver Alice e Jasper completamente desestruturados. Alice parecia em um estado catatônico, ela olhava fixamente para o corpo da menina de cabelos coloridos, era visível que estava tremendo e que a qualquer segundo ela iria entrar em um colapso completo, Jasper simplesmente se levantou e olhou para o corpo do vampiro queimando e um pensamento passou por sua cabeça tão rápido quanto Edward pode ler e segurar ele. Os dois vampiros eram uma mistura de braços, grunhidos, gemidos e ossos se quebrando, Emmett foi em direção aos dois vampiros que travavam uma luta brutal, segurou seu irmão mais novo com força e o arrastou para longe do fogo e do corpo, seus grunhidos e resmungos se transformaram em um choro alto e sofrido, Jasper acabou perdendo as forças e se deixou ampliações nos braços do irmão mais velho perdendo o controle do seu poder e deixando praticamente toda a cidade de Port Angeles com sintomas parecidos com o seu, cada ser em um raio de 100 km pode sentir sendo seu coração arrancado com a mais brutalidade e uma tristeza avassaladora que os consumia sem nem perceber.

Assim que amanheceu, eles já estavam de volta a Forks, Bella estava no hospital sedada e com os pais, a sua volta. Os Cullen estavam na casa de Daisy olhando tudo com melancolia, casa ficaria para a loba Leah, porém nenhum dos Quileutes estavam em condições de visitar o lugar, nas condições em que foi entregue e em como eles estavam se sentindo. Esme e Rosálie tomaram para si o trabalho de procurar uma roupa para o enterro da menina. A casa era adorável segundo as vampiras, digna da menina que residia ali, tudo tinha cor, e nenhuma das cores parecia destoar ou deixava pesado de mais, tudo combinada de uma maneira harmônica e alegre, como Daisy, elas foram ao quarto que era ainda mais adorável que o resto da casa, ao lado da cama em cima da escrivaninha tinha vários porta retratos. O primeiro era Daisy e seus pais sorrindo enquanto formavam uma especial de abraço cápsula que a menina estava no meio, o segundo era ela é os Quileutes, todos em volta de uma mesa cheia de doces e salgados, ao que parece era aniversário de um dos lobos, a próxima foi de um jantar que Esme preparou para as meninas, ela estava radiante em cozinhar, todos estavam felizes como há muito tempo não podiam, eles se sentiam vivo com a menina ali, e o último retrato foi o que deixou a vampira mais tristes, lá estava seu casal de filhos abraçados com a cacheada, os três tinham sorrisos largos de pura felicidade e olhos brilhando em carinho puro. Eles a amavam mais que a si mesmos, a perda da menina deixou o casal tão pedido que Esme temia por seus filhos.

O enterro da menina foi em um dos poucos dias de sol na região, foi decidido enterrar a menina no lugar que ela mais amava na cidade, uma clareira cheia das mais belas flores e o lugar onde o sol sempre aparecia para aquecer à terra úmida e gelada. Os presentes foram apenas os Cullen e os Quileutes, todos inconsoláveis, Seth não conseguia nem por um minuto ficar sem chorar, não era um choro sonoro, mas era baixo e constante, as lágrimas não paravam de rolar um segundo sequer, Billy se encontrava em um estado parecido, fungava a cada poucos minutos em meio ao discurso de um amigo da tribo, os vampiros embora não estavam com lágrimas nos olhos, a tristeza que emanava deles era quase opressora, principalmente de Jasper e Alice. Eles decidiram enterrar a menina como uma Quileute, com todas as honras possíveis e a partir daquele momento a pequena clareira era território neutro na luta entre vampiros e lobos.

Após Bella acordar, ela pediu a amiga e teve a triste notícia de que ela havia morrido, com muita briga de seus pais ela permaneceu no hospital por mais um dia antes de visitar o túmulo da amiga. Ela se ajoelhou diante da lápide em mármore branco e chorou alto, fazendo seu sofrimento reverberar pela floresta silenciosa, Edward veio ao seu encontro e a apoiou com o que ele podia, mesmo sendo uma péssima hora ele que não poderia arriscar novamente a vida da mulher que amava, ele desistiu de Bella, e Bella desistiu da vida. Sem as amigas e o amor da sua vida ela caiu em um redemoinho de autodepreciação que evoluiu para uma depressão, sem comer e sair de casa por meses ela finalmente foi convencida por Jacob e seu pai a dar uma volta, após um acidente de moto ela conseguiu visualizar seu amado e tomou para si, fazer isso mais vezes de modo a acalmar essa dor que a afligia.

Alice vendo a amiga se tornar uma suicida apenas para ver por breves segundos o irmão e vendo o mesmo indo em direção à morte certa ela dá um basta, ela não iria ver seu mundo desmoronar ainda mais, ela iria lutar para viver era isso que Daisy falaria para ela. Com muita força de vontade ela conseguiu mascarar quase um ano de dor agonizante e sofrimento apenas para não ver isso se repetir com seu irmão e sua amiga.

Não muito longe dali um vampiro solitário estava andando pela floresta apenas para poder sentir o sol contra sua pele sem que nenhum humano perceba o brilho que ele tinha, logo a frente havia uma clareira com lindas flores e uma estrutura pequena de mármore, o homem andou preguiçosamente até ela e leu com uma voz baixa e rouca

- Daisy Martins, amada e estimada por todos, ao que parece você morreu bem nova - ele contorna os desistir uma pequena gravação no canto da lápide, par3cia com um símbolo indígena, bem ao fundo concentrado em suas lembranças ele escuta um som de batida, ritmado e abafado parecia estar sendo abafado por algo, ele acaba concentrando sua audição e encosta o ouvido no chão, bem a baixo da lápide e escuta um estrondo e à terra a baixo de se ceder um pouco, sem nem pensar duas vezes ele começa a cavar com rapidez, isso não é normal, seu corpo correspondia ao seu instinto de forma quase animalesca, em meio a escavação ele consegue se encontrar uma mão, ela o segura com um desespero palpável, com toda a certeza quebrou alguns ossos, ele segurou logo a baixo o pulso e puxou revelando uma menina pele dourada que continha um brilho fraco com olhos castanhos amendoados coberta de terra.

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