Addiction

IX

- Droga, esqueci que você tava de batom - as meninas riram - tem banheiro aqui no primeiro andar ou só no térreo?

- Tem aqui sim, eu te levo - Melanie limpava o batom rosa ao redor da boca de Billie.

- Hum, banheiro... - ela beijou o pescoço de Melanie, fazendo cócegas - já quer me levar pro banheiro? Olha só isso, nem pra me pagar uma bebida antes!

Um  a b s u r d o!

Gostei.

- Idiota - disse rindo e mordendo de leve o pescoço da outra, também fazendo cócegas - Se eu soubesse que você beijava tão bem, teria te beijado ontem mesmo.

- Pois é, eu sou inacreditavelmente boa beijadora! Isso é uma palavra? Se não for, acabei de inventar.

-  Não sei, mas se não for, já pode patentear, você tá de parabéns.

- Com uma garota como você, o mínimo que eu deveria saber era beijar direito uma boca tão linda quanto a sua - agora Billie mordera lentamente o lábio inferior de Melanie.

- Que bom que sabe - falou enquanto ajeitava o cabelo desgrenhado - Vem, vamos dar um jeito nesse rosto. Pra depois borrar de novo.

- Gostei da ideia - ela foi de mãos dadas até o banheiro, com cuidado caso alguém aparecesse.

...

- Deixa comigo - Melanie passava um pedaço de papel higiênico umedecido ao redor da boca de Eilish. Seu olhar estava fixado nos lábios da garota - sua boca é tão linda - disse.

Ela foi perdendo a postura aos poucos enquanto deslizava o dedo na boca de Billie, que o mordeu e depois chupou devagar. Melanie assistia atenta, tomada pelo tesão. Com as duas mãos, Billie a puxou pela cintura.

- Quer entrar? - apontou com a cabeça para as cabines sanitárias, Melanie mordeu o lábio inferior e assentiu com a cabeça. Billie segurou sua mão e a levou gentilmente até o local e  depois trancou a porta.

Eilish prendeu Melanie contra a parede com os dois braços e a beijou com mais intensidade, as duas estavam pegando fogo por dentro. Melanie correu os dedos de uma mão pelos cabelos de Billie e os puxou e, com a outra mão, deslizou do pescoço até a cintura da garota, passando pelo peito até subir a camiseta azul marinho dela. Dava pra ver os pelos loiros arrepiados, o que causou arrepio em Melanie também.

Billie beijava o pescoço da menina e mordia devagar, enquanto, por dentro da roupa, as mãos dela já estavam em seus seios. Melanie abriu o sutiã de Billie e os beijou até deixar marcas roxas de chupões. Depois ela desceu mais e desceu a bermuda da outra.
As duas estavam tomadas pelo desejo, a respiração falhava e os corações estavam acelerados. Elas tiraram as roupas e transaram alí mesmo. Não conseguiam resistir. Desde o primeiro momento em que se viram, elas sabiam que precisavam sentir uma a outra.
Billie não estava mais nervosa na presença de Melanie. Naquele momento, a garota era a única companhia que ela poderia querer por bastante tempo, e ela sabia que era recíproco, podia sentir fisicamente.

Elas trocaram e Billie segurou Melanie com força suficiente para deixar marcas - o que Melanie adorava -  suspendendo uma das pernas da menina em volta de seu quadril. Ela deslizou os dedos até dentro do vestido da outra e subiu às pressas, ela mal podia se conter. Billie abaixou e beijou as pernas da garota subindo pela cintura até os seios e depois desceu de novo, mas Melanie estava começando a fazer barulho demais. Ela então subiu e cobriu a boca da outra com uma mão e usou a outra para estimulá-la, fazendo-a revirar os olhos de prazer.

Elas ficaram nisso por mais tempo  do que deveriam até notarem a ausência, mas estavam ocupadas demais com todo o prazer e adrenalina. O suor, o calor e o tesão estavam misturados nas sensações. Aquilo era tão maravilhoso que parecia mágico, ou algo que só aconteceria em filmes ou, se acontecesse na vida real, provavelmente não seria tão confortável e fluído. Mas foi tão gostoso quanto parecia irreal. Ambas só queriam que aquele momento durasse pra sempre.

Mesmo sendo inadequado e totalmente proibido, para Billie, sexo no banheiro não parecia algo tão absurdo, pois ela já tinha ouvido várias histórias sobre isso, principalmente por meninas lésbicas. Mas, definitivamente, sexo no banheiro de uma clínica psiquiátrica não estava em nenhum dos planos dela. Com certeza esse item ela poderia riscar na lista de coisas malucas a se fazer antes de morrer.

E com certeza elas fariam mais vezes. Vontade não faltava.