day 3

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*Louis pov*

quando acordo pela manhã o meu corpo está ainda mais dorido do que estava antes, consigo ver enormes hematomas por toda a sua extensão. ele não é mau, eu nem mesmo o seu nome sei, mas ele não é mau. ele é uma pessoa do bem. ele faz aquilo que deve ser feito. eu não deveria pertencer a este mundo, eu não mereço pertencer a este mundo. eu estou só a empatar a vida dos outros. eu não faço nada bem. além de ser incrívelmente feio. aposto que as pessoas sentem repulsa sempre que olham para mim. ele está apenas a concertar tudo aquilo que eu faço de mal, todos os meu defeitos. eu deveria agradecer a ele pelo que ele me está a fazer. eu deveria estar grato. mais uma vez de manhã o mesmo rapaz ruivo que me trouxe a comida no outro dia e que ontem me bateu veio trazer uma bandeja com um copo de água e uns pedaços de pão já duros. eu também deveria agradecer-lhe eu estou demasiado gordo. depois de passar algumas horas sozinho ele apareceu. ele vinha com umas calças pretas bastante justas e uma camisola preta de manga comprida, realmente o dia de hoje estava mais frio, mesmo nesta sala eu consigo senti-lo a temperatura desceu um pouco e o meu corpo tremelicava ligeiramante. na sua mão direita encontrava-se um pequeno saco azul. quando ele fechou a porta atrás de si e se aproximou eu consegui ver o seu rosto com clareza. ele tinha o olho esquerdo completamente inchado e arroxeado. a culpa é minha decerteza, além de ele me estar a fazer um favor, de me estar a ajudar eu ainda o prejudico. rídiculo. eu sou rídiculo. ele sentou-se na outra ponta da cama olhando-me de cima a baixo. eu continuo apenas de boxers, com o corpo cheio de hematomas e cortes e cheio de frio. 

-como te sentes? -perguntou suavemente.

-b-bem.

-tens dores? fome? frio? - abaixo a cabeça envergonhado, eu não podia esperar que depois de tudo que ele faz por mim eu não me posso dar ao luxo de desejar algo mais. abano ligeiramente a cabeça na negativa, voltando a olhar para ele que me olhava com uma sobrancelha levantada em ar de questionação. abaixando, novamentente e vergonhosamente a cabeça eu acenei afirmativamente. olhando para as minhas mãos, só agora reparando que eu não me encontrava amarrado por aquela maldita corrente. ele pega delicadamente na minha mão, puxando-me, levando-me a me levantar. segui-o pelo corredor subindo umas escadas até o que parecia um primeiro andar de uma casa na direita havia uma escada que levava para o andar de cima e uma passagem para o que parecia ser uma sala. e á esquerda havia uma passagem para uma cozinha e um outro corredor com várias portas. a casa parecia deserta, tinha poucos moveís, estava cheia de pó e não tinha qualquer vestígio de viver aqui alguém. a sua mão continua a segurar firme mas delicadamente a minha guiando-me pelo corredor e entrando numa das portas que descobri ser de uma casa de banho. ele entregou-me uma toalha, mostrou-me alguns shampoos e produtos que poderia usar e saío da casa de banho depois de me entregar uma muda de roupa. retirei os boxers entrando no chuveiro, ligei a água quente apreciando a sensação de limpeza e frescura invadir o meu corpo. depois de me ensaboar e me enxaguar e de ter lavado o meu cabelo saí vestindo a roupa que ele me deixou. a roupa consistia nuns boxers pretos, uma calça preta justa e um sueter azul. quando saí da casa de banho ele já não se encontrava lá. eu consegui ouvir uma suave melodia a entrar pelos meus ouvidos. suponho que seja ele que esteja a cantar. a sua voz é doce e melodiosa. tentei seguir o som chegando á cozinha. ele encontrava-se no balcão a mexer numa panela ao lume e em alguns alimentos e temperos. quando ele notou a minha presença, deixou de cantarolar olhando-me de cima a baixo, pela segunda vez no dia. 

-gosta de massa á bolonhesa? desculpe, eu só tinha ingredientes para isto.

-e-eu g-gos-t-to. o-obriga-d-do. -disse corando bruscamente.

-de nada.- respondeu mostrando um belo sorriso de covinhas. seu sorriso é lindo.

*harry pov*

Stockholm Syndrome| Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora