Capítulo 13

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— Uno. — Murphy disse com um sorriso no rosto, observando a indignação da outra. 

— COMO você é tão boa nesse jogo? 

Millie tinha tantas cartas que metade delas — que não cabiam mais em suas mãos — estavam viradas para baixo no tapete felpudo. Ela suspirou, comprando mais uma carta do monte. 

— E COMO você tem tantas cartas e ainda assim, nenhuma serve pra fazer a jogada? — Murphy disparou uma risada observando a outra comprando mais cartas. 

— Eu quero um mais quatro. 

— Você é uma sebosa. Para de tentar roubar e joga logo sua carta ô sua trapaceira. 

As duas estavam no quarto, deitadas de barriga pra baixo ao lado do pé da cama. O rosto de Millie pareceu ascender ao puxar uma carta, a qual ela triunfantemente jogou no centro do tapete. 

— COMPRA QUATRO! 

— Não, não. Você compra oito. — Murphy jogou sua última carta, deixando a loira estática. 

— Eu desisto. 

— Não foi você que falou que o importante era a diversão quando ganhou de mim no ludo? — A morena ergueu as sobrancelhas, olhando para o tabuleiro não muito longe delas.

— Não quando eu perco. — Millie suspirou fazendo um bico. — Exijo uma revanche. 

— Tudo bem, cabritinha, mas se prepare pra outra derrota. Melhor de três?

— Sabe, quando você me disse que não sabia jogar baralho eu não imaginei que aprenderia tão rápido. — Disse a Odinson enquanto começava a embaralhar

— A estudante passou a mestre e todos aplaudiram. — Murphy sorriu pegando uma mão de pipoca. 

De repente, um barulho ensurdecedor se fez presente em todo o palácio, fazendo com que Millie derrubasse as cartas que embaralhava por conta do susto.

— Rebeldes. — A morena não precisou de muito tempo para deduzir. 

Se levantou rapidamente, olhando tudo que poderia usar para se defender. Olhou para Millie, que estava paralisada no lugar, branca como papel. 

— Estamos na sua ala, precisa me dizer onde é o abrigo mais próximo. Onde te levaram da outra vez. Você se lembra? 

Millie assentiu com a cabeça, se levantando com a ajuda da outra. Parecia ter voltado à realidade. Sem pensar muito bem, Murphy pegou a coisa mais pesada que achou — um candelabro. Segurou na mão da loira e a puxou para fora do quarto. 

— Do lado do quarto da Lia, é o abrigo onde fui levada. — Millie disse, com o nervosismo presente na voz. 

As criadas não estavam por ali. Tinham deixado Murphy e Millie no quarto e decido para o andar de baixo, provavelmente para a cozinha. Em cada quarto, pelo menos um guarda fazia vigia. O do quarto da Odinson, não estava mais lá.

Todos os quartos se encontravam no mesmo corredor, mas à uma certa distância. E o de algumas selecionadas tinham passagens que davam diretamente para o abrigo.

De longe, o som de um tiro. 

— Estão na minha ala. Lá só tem a Bia. 

— Será que...? — Millie arregalou os olhos horrorizada.

— Não. Há pelo menos três guardas naquela área, mesmo sem selecionadas. Ela vai ficar bem. E nós também, mas precisamos nos apressar. 

Elas deram passos rápidos pelo corredor. O quarto de Lia era o último da ala Leste. Ao chegarem no final do corredor, avistaram Ash discutindo com dois guardas. 

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⏰ Última atualização: Sep 20, 2020 ⏰

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