O casalzinho vinte subiu com murmúrios e beijinhos. Então Rush ficou olhando pra mim e sorrindo. Aqueles olhos azuis me perturbavam, era penetrante como faca afiada, mas intrigantes. E aquele sorriso, não tinha como não olhar, definitivamente ele era lindo. Não que ele não soubesse disso, aliás, ele usava isso a seu favor. Acho que não sou interessante o suficiente pra ele, porque fora o acontecimento no corredor ele não tentou nada. Pra um rapaz com a fama dele é um pouco decepcionante pra mim.
– O que foi? Meu rosto tem chocolate ainda? – pergunto tentando fazê-lo parar de me olhar daquele jeito.
– Não. Só estava observando você. Você é linda e diferente. – ele sorriu daquele jeito que toda menina gostaria. Não eu, desse tipo eu quero distancia. E ele me chamou de diferente. Diferente pra mim é estranho, bizarro.
–Pode parar Rush, não sou a garota que você esta acostumado. Não quero nada com você.- disse seria, levantando e levando meu prato até a pia.
– Nossa você é direta. O que há de errado comigo? Me acha feio?- perguntou ele com um ar preocupado.
– Seria muito pro seu ego agüentar, né? Não chora, ta! Só não achei você tudo isso. – sarcasmo sempre funciona em situações difíceis.
Silencio se instala no ambiente enquanto recolho os pratos e coloco na lava louça, ele me observa ser sorriso, parece me analisar. Eu acabo de limpar a mesa e saio pela porta á direita. Ele levanta e me segura pelo braço. Eu olho pro meu braço e calmamente olho em seus olhos, não me mexo.
– Quer sair comigo?- pergunta ele, em um tom serio demais pra ele.
– Não, Rush. Eu não vou sair com você. Eu não vou ficar com você, e definitivamente eu não vou transar com você. Se conforme. – puxo meu braço e subo as escadas.
– Ok. Eu aceito. Saia comigo, amigos?- ele fala olhando pra mim lá de baixo.
Não confio nele. Esses olhos me ameaçam cada vez quem me olham. Mas eu sinto que se não aceitar isso não vai acabar mais.
– Digamos que eu aceite, você não fará nenhuma graçinha, nem tentará nada, certo?
– Combinado. Hoje ás sete da noite.
– Não, hoje não. Tenho que cumprir uma promessa. Amanhã ás oito.
– A senhorita é que manda. - ele falou ao fazer reverência com as mãos.
Terminei de subi as escadas, já eram seis da tarde. Hora de ir embora, já se fazia 12horas que estava fora.
– Mary, vamos embora, definitivamente. Se vocês quiserem ficar juntos mais que doze horas, no mínimo ele tem que te pedir em namoro. – gritei batendo na porta. Ela se abriu e de lá sairão os dois com cara de assustados. – Que foi? Disse alguma mentira? – terminei dando os ombros. Eles se olhavam e a Mary já estava vermelha. Quem me respondeu foi o Travis.
– Ela tem razão. Quero mais que uma noite com você. Aceita sair comigo hoje?
– Ops! Hoje não vai dar não. Ela tem um compromisso comigo, amanhã ela ta livre.- interrompi
– Tenho?- Mary disse me olhando com duvida.
– Tem. Ela aceita, amanhã ás oito. – peguei a mão de Mary e sai arrastando ela escada abaixo.
– Vamos embora Mary.
– Okay, já tinha chamado meu motorista, ele deve estar chegando. – abri a porta e uma limusine preta estava parada na frente da casa.
– Ótima carona- falei enquanto nós gargalhávamos. –É um prazer seu sua amiga.
Lá dentro era enorme, tinha bebidas, luzes coloridas, os bancos em couro e as porta estofadas com tecido que parecia o tapete do quarto dela. Os vidros eram todos escuros, ela abriu o vidro de acesso com o motorista e falou o meu endereço ele acenou e ela fechou o acesso. A viagem foi relaxante, quando estávamos chegando eu disse:
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Um desastre de paixão (Completa)
De TodoAbby se muda para uma nova escola no meio do ano, sem querer responder á ninguém porque tal decisão. Só que Rush nunca aceita um não como resposta.