O que aconteceu Abby? - Luke me pergunta depois de algum momento, eu não respondo. - Abby, fala comigo! Se não quer me dizer o que Rush fez pelo menos me fala pra onde ir.
-Não sei Luke, só não quero ir pra casa. Lá é o primeiro lugar que ele vai me procurar e eu não quero ver ele.
- Ok. - ele dirigia nervoso, vi seus dedos brancos no volante. - Se não se importar podemos ir pra minha casa. - eu não respondo, não sei se seria boa idéia. - Prometo que serei só seu amigo essa noite.
- Pode ser. - eu concordo com receio, mas pensando bem agora não importava o lugar aquela cena não ia sair da minha cabeça tão cedo.
Ele dirigiu o resto do caminho quieto, e eu quase durmo. Quando chegamos, ele abra a porta pra mim, e me ajuda a descer. Ele mora no mesmo bairro que a Mary. Sua casa é envolta por gramados. A decoração é rústica e a sua sala parece um chalé de inverno, aconchegante. Ele acende a lareira e trás chocolate quente. Ele se senta ao meu lado no sofá, e não me olha mas espera. Então depois de algum tempo eu finalmente quebro o silencio.
- Por que você não gosta do Rush? - ele não se meche apenas respira fundo.
- Há exatos quatro anos atrás nos éramos grandes amigos, tudo o que fazíamos era junto então eu me apaixonei. Eu ele e Megan. Nós éramos inseparavais, contávamos tudo um pro outro e aprontávamos sempre juntos. Até que me apaixonei por ela, contei pra Rush e ele me deu o maior apoio. Na que fui pedir ela em namoro levei ela pra jantar no restaurante da minha família. Ela ficou maravilhada quando deu o anel pra ela e então a noite foi incrível. Passaram se algumas semanas e ele estava estranho comigo, mas até então pensei que era porque se sentia excluído. Em um dia que faltei a escola fui buscar Megan no portão, quando os alunos saíram ela saio de mãos dadas com ele, eu me escondi e ele a beijou.
Meu Deus! Rush é mesmo um sacana, desprezível. Ele traiu o melhor amigo por uma garota. Eu não sei o que dizer pra ele.
-Não sei o que dizer Luke.
-Não precisa, isso foi há muito tempo já passou.
Deixo a xícara em cima da mesa e me deito no sofá. Meu coração tá apertado, estou com raiva de mim, com ódio de Rush, estou magoada e eu não sei o que fazer. Luke faz carinho em meus cabelos e eu adormeço
...
Rush
Estou sentado na calçada de onde vi Abby ir embora. Lembro-me dos olhos dela, a tristeza era tanto que sua cor estava castanho escuro. Entro de novo e Mary quer me matar, mas Travis a segura. Vou até Megan e pego ela pelo braço pra longe das suas amigas.
- Escuta, qual é a sua?- pergunto. Ela esta bêbada e ri na minha cara.
- Ah, qual é? Vai ser mocinho da historia agora? Eu só adiantei o que aconteceria mais tarde, te livrei de uma furada. Se não fosse comigo ia ser outra, você não aguenta muito tempo. - meu sangue ferve e eu aperto mais o braço dela, ela grita. Travis chega ao meu lado e tira a minha mão do braço dela, e olha pra mim acenando negativamente com a cabeça.
Ela me encara com um sorriso de superioridade apesar da pose de bêbada. Eu me viro e sai, vou em direção a Mary.
- Você tem que acreditar em mim, não foi culpa minha. Foi ela que me beijou.
- Claro! Você acidentalmente esbarrou na boca dela e ela te beijou contra a sua vontade - ela diz sarcasticamente. - Faça-me o favor Rush, seja homem pra assumir que você é um cafajeste.
- Mary eu amo a Abby, eu nunca faria isso com ela. - ela para e me analisa.
- Rush, não adianta você falar isso pra mim, você já fez a merda e não sou eu que tenho que te absolver.
- Mas você sabe onde ela tá. Ela não foi pra casa ela é esperta, ela sabia que iria atrás. Liga pra ela, descobre - ela me encara sem se mexer durante alguns minutos. Então olha pro Travis e diz:
- Se ele fizer alguma merda, eu to morta. E eu vou te mata! - Travis ri e fala que ela pode confiar.
Ela liga algumas vezes, mas ninguém atende, eu sento no banco do bar não sei o que fazer.
...
Luke
Ela está dormindo no meu colo a algumas horas, seu cabelo é macio e sua cor castanha avermelhada fica mais bonita ainda perto da lareira. Sinto seu músculo tensos apesar de ela estar dormindo, eu não sei o que o idiota do Rush, mas ele não vai mais mexer com ela enquanto eu estiver por perto.
Pego ela no colo e a levo pro meu quarto, coloco ela na cama e ela se mexe e eu torço pra ela não acordo. Cubro-a e ela parece dormir um sono pesado. Eu pego alguns cobertores, coloco no sofá logo mais a frente da cama e durmo por lá, olhando pra ela.
Acordei com o sol em meu rosto, olhei logo pra cama e ela ainda estava lá. Levanto e vou até o banheiro e depois até a cozinha, falei pra Maria preparar algo pro café.
- A moça vai comer também?
- Como você sabe?
- Lukzinho, você é com um filho pra mim. E eu cuido dos meus! - ela diz com um sorriso angelical. Maria é a cozinheira da casa, ela está aqui desde que nasci passei minha infância entre o videogame e seus bolos.
- Ela vai sim, eu acho.
- É ela? - ela me olha com um olhar materno.
- Eu acho que sim. - faço uma pausa. - Mas ela esta confusa, e não sou o único na fila.
- Ela é linda, aposto, onde a vista é bonita sempre a disputa. Calma que quando você conquista-la, ela vai saber que você é raro. - eu não respondo. Maria sempre teve os melhores conselhos. - Agora sobe que eu acho que ela não vai querer acordar em um quarto estranho sozinha, quando estiver pronto eu subo.
- Tem razão!
Chego à porta e respiro fundo, a manhã não ia ser fácil. Abro a porta e ela ainda está deitada,ufa! Estou bem perto dela, seu rosto é suave e sua respiração calma. De repente ela abre os olhos e se assusta, grita baixo. Eu me afasto e ela senta na cama:
- Seu quarto? - ela diz olhando minha foto no criado mudo.
- Sim, mas não se preocupe eu dormi no sofá. Eu trouxe por que você estava dormindo toda torta na sala.
- Obrigado! Já de manhã? - ela olha pra janela agora com a cortina fechada.
- Já sim.
- Ok, estou oficialmente morta. Minha mãe deve ta mandando a policia atrás de mim.
- Vamos tomar café da manhã e depois eu te levo pra casa.
- Pode ser, prefiro morre mais tarde mesmo. Onde tem banheiro? Preciso ter uma cara apresentável na frente da sua família.
- Eles estão viajando, só tem a Maria ai. O banheiro é aquela porta ali. - aponto pra porta atrás dela.
Ela concorda e vai até lá. Poucos minutos depois ela sai, e vamos até a cozinha. Após as maravilhas culinárias da Maria, pego o carro e vamos até sua casa.
- Obrigada, você foi incrível essa noite. - ela diz.
-Por nada, mas só fiz o meu papel de amigo. Estou sempre aqui, por favor, não se esqueça disso.
- Pode deixar, agora tenho que ir enfrentar a fera lá dentro.
Ok, promete que vai se cuidar? - faço uma pausa e ela assente. - E quando eu digo se cuidar que dizer do Rush também, eu não sei o que ele fez, mas eu não confio nele. Eu sei que você gosta de resolver suas coisas sozinhas mas se precisar de um amigo com um braço maior que o seu ou se quiser conversar eu to aqui, a qualquer hora! - beijo sua testa e ela sorri.
Ela vai até a porta acena com tchau e entra.
...
Abby
Seja o que Deus quiser! Eu abro a porta silenciosamente. Tiro os sapatos e piso na ponta dos pés. Vejo suas taças na mesa da sala subo as escadas, a porta da minha mãe está fechada e ouço o ronco dela e de mais alguém, entro no meu quarto e desmaio na cama.
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Um desastre de paixão (Completa)
De TodoAbby se muda para uma nova escola no meio do ano, sem querer responder á ninguém porque tal decisão. Só que Rush nunca aceita um não como resposta.