PRÓLOGO

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   Acreditei que passar pelo nsino médio não poderia me mudar por completo, estava fiel à promessa de que aquelaes anos seriam, de longe, os melhores de minha vida.

E, honestamente, a promessa não parecia tão irreal quando, aparentemente, eu tinha todas as peças necessárias para uma adolescência agradável e pacata. Amigos, clubes, inúmeras festas escondidas dos pais. Eu estava vivendo uma adolescência tão normal e caótica como qualquer outro adolescente da minha idade.

Dividia um clube de cinema com meus três melhores amigos e, não exibindo de meu ego, aquele clube me tornara um dos rapazes mais populares daquele instituto escolar. Éramos conhecidos, assistidos, desejados.

Aparentemente, tudo que um adolescente de 17 anos poderia desejar, certo?

O fator mais errôneo e alarmante em toda a comoção que uma pré vida adulta eufórica poderia causar, era admirado entre os poetas e cinegrafistas, era pintado como a parte mais deleitosa de uma vida inteira: a paixão. Ele tinha cabelos claros, sorriso maroto e quase cafajeste, um corpo robusto que nunca precisou ser perfurado com artes de tatuagens questionáveis para ser desejável. Parecia a arte mais abstrata com as linhas mais tortas e certeiras, até mesmo um artista nomeado se sentiria intimidado pela criação de Han Jisung.

Ele estava um pouco além de todos os sinônimos de bonito. Ele era artístico, seus cabelos claros não condiziam com a imagem pecaminosa de seu molejo mulherengo. Uma curva indesejada em uma vida serena, ela era o caos que me faltava. Seu jeito maroto de se entregar em cada mínimo contato com terceiros, sua benevolência, sua determinação em ser distante dos outros. Ele era insuportável de digerir sem querer vomitar. Quase como entorpecente.

Ele era meu melhor amigo. E, para a minha frustração, eu estava perdidamente apaixonado por ele. Aquele que um dia prometeu nunca confundir amizade com amor.

LOVE PLAN ;; minsung•Onde histórias criam vida. Descubra agora