Música sobre linhas tênues, homens que choram por café e pupila com pupila

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Capítulo Três:

Música sobre linhas tênues, homens que choram por café e pupila com pupila


O dia seguinte fora corrido desde a manhã até a hora do show. Pela manhã America acordou com o prédio cercado por fãs. Emily durante o café foi para a varanda acenar, se sentindo uma princesa. Os fãs traziam cartazes e recitavam canções, pouco antes de descer e ir para a praça Meri conseguiu que Joseph permitisse uma palhinha dela na varanda mesmo e foi assim que já pela manhã America virou notícia. A cantora que acordou os vizinhos cantando músicas que marcaram gerações.

Apesar do bom clima, na saída do hotel houve confusão quando um grupo contra o show — vendo-o como desrespeito à família real — começou a atacar os fãs de America. Algumas pessoas tentaram jogar lixos em Emily e America, além de pedras no carro alugado. Foi apavorante para Emily e desanimador para America. Ao chegar na praça não sobrara tempo para pensar mais a respeito do triste episódio, pois havia ensaios, passagens de som, revisão de luzes e etc. Meri conseguiu uma pausa durante o almoço para comer uma salada bem temperada com frango e ver como Emy estava se saindo com as dançarinas. Emily sempre amou dançar.

Foi enquanto estava escorada em um armário com águas e carnes secas para as dançarinas, assistindo Emily dançar e ensaiar explodindo de felicidade que o telefone de America começou a tocar. May e toda a família apareceu na tela.

E aí, Ames, como está? — era May, que se afastava do restante indo para um quarto separado.

Estou um pouquinho nervosa, mas tudo bem.

Chegamos no hotel agorinha, aqui tá uma bagunça já — May comentou, jogando-se em uma cama de lençol escuro. Era possível ouvir Henrique e Gabriel discutindo sobre um determinado quarto. — Ames, está tudo bem mesmo?

Sim, May — America sorriu e então virou a câmera, gravando Emily e as coreógrafas. — Agora, olha a nossa princesa...

Emily dançava com os trajes azuis, parecia uma princesa girando em tules e tecidos.

Vocês vão chegar à área vip em qual horário?

Eu e mamazita vamos chegar daqui umas três horas, mas Pâmela ainda está tentando convencer Sally e Henrique a se aventurarem pela primeira fila. Não preciso te dizer que dona Magda não está nada feliz com isso, né?

Se Henrique for, não vejo problemas. — Ainda assim seu coração torceu de preocupação ao pensar na ideia.

— Bem, eu dispensei o convite porque não tenho mais idade para isso.

— Ah pronto, May Singer. Você tem a idade delas, não se esqueça.

Foi possível ouvir May bufar. Era engraçado ver May chamar de crianças pessoas que eram, sem dúvida, mais velhas que ela em todos os aspectos — ainda assim, May sempre fora muito protetora com os quatro desde que chegaram sem um lar.

— Bem, não se atrasem. Quero dar um oi antes de subir ao palco.

— Só vamos fazer uma boquinha Ames, não seja uma velha rabugenta, por favor. Sally e Pam estão te mandando um beijo, temos que ir agora. Tente se acalmar, peça para Em lhe fazer uma água com açúcar ou sei lá, 'ta muito nova pra ter rugas Ames...

May estava certa, ela estava nervosa demais, mas não com subir no palco na frente de tantas pessoas, mas sim com estar de volta onde as coisas começaram e lembrar-se de uma época antiga em um momento tão delicado para o país inteiro. A Rainha Kriss havia estado ao lado do Rei por doze anos e havia comandado exatamente do jeito que se esperava de uma rainha, ela havia sido a boa mão que alimentava os necessitados, a palavra educadora para aqueles em situações precárias. Havia se transformando no sorriso de Illéa.

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