Música sobre jovens inexperientes, histórias de bar e beijos

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Capítulo Sete:

Música sobre jovens inexperientes, histórias de bar e beijos para dormir bem


— Foi no show. — Sally começou, dando indícios de que iria corar. — Havia um homem e ele me puxava para longe da tia e da vó...

— Meu deus, Sally — May murmurou, assustada.

— Mas não houve nada, não se preocupe. Por sorte esse garoto apareceu e eu não fazia ideia que ele era... bem, que trabalhava aqui. Ele meio que começou a brigar com esse cara, mas então veio outro, um grupo de bêbados inconsequentes. Nós todos fomos expulsos pelos seguranças e a briga recomeçou do lado de fora...

— Mas...? Antes do fim você estava lá, deixamos você e mamãe responsável por Emily — May apontou e sua cara não escondia a desconfiança.

— Sim, porque o segurança não estava bêbado. Ele me reconheceu, foi educado e me deixou provar quem eu era. Na confusão eu perdi o maldito passe e foi uma burocracia conseguir outro. Quando estava prestes a entrar Benjamin começou a choramingar.

— Ele chorou? — Emily acordou num salto e então pressionou os lábios. — Oi, gente.

Todos gargalharam e Sally se permitiu um ou dois sorrisos.

— Não, ele ficou resmungando sobre ter me ajudado e que deveria ter direito a entrar. Como não estava fardado ninguém acreditou que era segurança de Esther, nem mesmo eu.

— Imagine se John descobre que ele não ficou na cola da Princesa — Pâmela murmurou — ele ia pirar.

— E o Rei também, foi um risco muito sério que ele correu. Mas ele salvou você, Sally, então qual o motivo da cena que todas nós presenciamos? — America perguntou, buscando os olhos de Sally que se virava de costas ao olhar inquisitivo dela.

— Ele queria obrigar-me a levá-lo comigo. Parecia um pouco alterado também, então eu lhe chutei... entre as pernas. E entrei. Quando chegamos ele me procurou no quarto e fez ameaças, achando que eu poderia contar algo ao príncipe ou ao rei... Dizendo-me para me afastar de Esther e coisas mais ridículas e além...

— E o que você fez?

— Eu fechei a porta na cara dele. Ora, o que eu vou falar? Perder meu tempo com intrigas? Por favor!

— Você agradeceu?

— Sim, e ele disse que um beijo vale mais que palavras.

Ugh. — Emily murmurou.

— Pelo menos não estava bêbado? — Sally disse, sem muita convicção.

— Tem certeza que ele estava bêbado protegendo a princesa? — America perguntou, juntando as sobrancelhas.

— Como saber se ela mesmo não estava? — Sally perguntou.

Um silêncio caiu. Era uma acusação boba, a princesa poderia beber tudo o que desejasse, ainda assim era meio estranho pensar numa monarca bêbada.

— Talvez ela mesmo tenha dispensado ele, com aquela cara feia — Sally concluiu. — Quem há de querer ele perto?

— Eu consigo pensar em muitas meninas — Pâmela deu de ombros, rindo. — Fico feliz que aquele estúpido tenha ajudado você, não pense em se afastar só outra vez.

— Isso nem mesmo vai acontecer, eu falarei com Katia sobre um guarda-costas.

— Ah não Meri — Pâmela rugiu, mas America calou-a com um erguer de mãos.

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