As horas voaram entre danças e apresentações indesejadas graças a minha querida mãe que não me permite ter um segundo de paz quieta em meu canto, depois do episódio com o estranho rapaz ela me apresentou e me fez dançar com mais - acredite você ou não - cinco rapazes, dois deles deixaram os meus pobres pés doloridos de tanto pisar com aquelas botas enormes e o resto encheu minha cabeça sobre suas famílias e posses. Tudo o que eu queria era apenas voltar para minha residência e descansar meus pés e minha mente é provável que amanhã apareça alguns rapazes tentando cortejar minha irmã - a maioria falha pois Eloisa é muito detalhista em relação a eles - e como sou uma boa irmã fico bem distante disso tudo, normalmente fico com meu pai ou ando à cavalo dependendo do clima.
Graças ao Pai aquele baile tinha chegado ao fim e eu estava mais que ansiosa para chegar em casa e ter uma bela noite de sono mas a conversa do meu pai com seus amigos demorou e tive que aguentar Eloisa falando dos rapazes com quem dançou e das moças que os observavam a todo instante. Finalmente aquela conversa acabou e fomos para a carruagem rumo a nosso querido lar.
- Então Nat quem era aquele? - meu irmão começa
- Quem? Você dançou com alguém? por que não me contou? - Eloisa ficou animadíssima
- Não era ninguém - digo tentando afastar o assunto
- Você dançou com um rapaz por alguns minutos e não sabe ao menos seu nome? - as vezes Alex é curioso demais
- Seu nome é Gabriel - estava nervosa sem saber e falei o primeiro que me veio a mente - e não foi nada demais - reviro os olhos mas lembrando dos dele, aqueles castanhos penetrantes
- Interessante, eu o conheço e seu nome não é Gabriel e sim Fellipe - diz Alex apoiando o rosto e sorrindo
- Eu devo ter me confundido com os que dancei - digo agoniada e ansiosa para chegarmos logo
- Deve mesmo pois não sabe, nem eu mesmo o conheço - ele diz sorrindo travesso
- Você é muito engraçado não é mesmo? - digo lhe dando um murro no braço
- Anastácia se comporte! você não tem mais idade para brincar, deveria estar a procura de um bom marido - diz minha mãe impaciente
- Eu ainda serei feliz sem um homem ao meu lado, além disso tem o Alexandre que também não arranjou nenhuma esposa - digo apontando para meu irmão
- Estou mais interessado em organizar os negócios com papai - ele diz rapidamente
- Vou arranjar esposos e esposa para os três querendo ou não, quero morrer em paz sabendo que meus filhos estão felizes e casados! - minha mãe explode
Depois daquilo ficamos todos em silêncio absoluto, mas enfim chegamos em casa saí rapidamente em direção ao meu quarto parando apenas por um momento para pedir a Freud nosso mordomo que levasse uma pequena bandeja com chá e biscoitos para mim. Após tirar aquela pesada roupa de baile coloquei um leve vestido de dormir, me sentei na minha pequena mesa de frente à meus papéis e tinhas e comecei a relembrar a noite, Freud depositou a bandeja ao meu lado e se retirou comi todos e bebi um pouco de chá e logo me deitei, só queria descansar.
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Ao abrir preguiçosamente os olhos fitei minha janela e a bela paisagem pela manhã, com muita luta levantei, me lavei e vesti um belo vestido cinza leve pois tinha planos para andar à cavalo e desci para o café da manhã.
- Bom dia família - digo feliz ao descer as escadas
- Olha quem acordou de bom humor - Eloisa fala do outro lado da mesa
- Bom dia querida - diz papai
- Cadê mamãe e Alex? - pergunto ao me sentar
- Mamãe está se arrumando pois segundo ela hoje será um dia especial - diz Eloisa ao colocar um pedaço de pão na boca
-E seu irmão foi resolver um problema logo cedo - diz papai
Eu não sabia o motivo do especial do dia segundo minha mãe mas gostaria de estar distante de casa antes dela descer, comi alguns pães e um pedaço de torta e fui em direção às portas dos fundos para encontrar Louis a gente se conhece desde o ano passado quando meu pai o contratou para o seguir nas caçadas e com os cavalos, desde então viramos amigos e acho ele uma graça.
- Bom dia vossa graça - digo sorrindo ao abraçar
- Bom dia raio de sol - diz ele animado
- O que temos para hoje? Quer andar à cavalo? - pergunto indo em direção ao estábulo
- Sabe que sua mãe iria odiar se você saísse logo hoje - ele fala cruzando os braços
- O que raios tem hoje? É meu aniversário ou alguma data especial? - digo intrigada
- Ontem foi o grande baile de máscaras com participação de muitos pretendentes em potencial para você e sua irmã - ele diz se encostando na parede
- Exatamente por isso mereço distância dessa casa - digo colocando a cela em Vik minha égua - você não vem?
- Hoje eu passo tenho... é assuntos para tratar - ele diz alisando os longos cabelos loiros e se retira
Depois de arrumar Vik monto nela e saio o dia esta lindo e as aves cantam graciosamente, gostaria de dividir esses momentos com alguém esperava que Louis me acompanhasse mas não pôde, Eloisa nem sonha em montar em um cavalo e Alexandre não se encontra o jeito é aproveitar sozinha mesmo. Tento aproveitar o máximo daquela paisagem admirando cada traço perfeito da natureza e imaginando o que seria de nós sem essa beleza que nos anima a cada manhã, correndo rápido com Vik e sem prestar atenção bato minha testa em um galho nem notei que Vik estava se aproximando das árvores só senti a dor latejante, imaginei que não tinha cortado e só ficou vermelho mas com minha pele clara mamãe logo vai perceber decido parar um pouco e me sentar na grama verdíssima. Ao tocar no machucado e localizá-lo tentei colocar minha franja na frente na falha tentativa de cobrir aquela marca, relaxei na grama com Vik ao meu lado e deixei o tempo passar. Quando o sol estava ficando um pouco mais forte decidi voltar para casa, cavalguei de volta e deixei Vik em seu lugar ao me aproximar da porta escutei uma conversa mas quando abri apenas vi Louis com o rosto corado.
- O...oi Nat o.. o que houve? - ele diz se aproximando de mim
- Está tão visível assim? - digo colocando mais franja na frente - Vik se aproximou das árvores e eu não prestei atenção
- Sabe que não vai esconder isso da sua mãe não é? - ele diz sorrindo
- Não verá - digo entrando rapidamente
Ao adentrar na sala de visitas eu vi... flores, diversas flores de diversas cores e imaginei que seriam para Eloisa mas ao me aproximar de um pequeno buquê de rosas vi algo escrito e fiquei curiosa mas ao abrir vi que eram para mim.
*Rosas para uma bela moça, espero conquistar seu lindo coração*
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Um Cavalheiro ; Livro 1, Trilogia Irmãos Bonneville
RomanceAnastácia Bonneville nunca ligou para o assunto do amor, embora sua mãe a lembre constantemente de que precisa encontrar um marido, nossa dama não prestava atenção. Nossa querida Srta. Bonneville só queria saber de se divertir, andar a cavalo e brin...