Capítulo 13.

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"Porque mesmo que algumas vezes pareça, nenhuma pessoa está sozinha. Todos e cada um de nós é uma peça importante no grande caos. O que você faz hoje, terá efeito amanhã..."

  As coisas não iam bem para Konshi. Ele havia perdido sua tia, perdido o garoto que amava, as visões de Lan Zhan começavam a ser ainda mais fortes, quanto mais se aproximava de Lēnger, mais frequente elas ficavam.
   Ele havia ligado para Garin e pedido para que ela o encontrasse em um bar perto da faculdade. Então ele saiu do hospital, começou a andar pelas ruas, resolveu dar uma volta pelo ginásio da faculdade. Então estava andando pelas arquibancadas e pelo incrível que pareça, ele avistou um garoto. Ele estava triste, Konshi sentia isso. O garoto estava sentado na grama, chorando. Atrás dele havia outro garoto. Talvez seria um amigo, ele não se aproximou do outro, apenas pegou seu celular e fez uma ligação. Konshi queria ajudar de algum modo, mas já havia preocupações maiores para si, então simplesmente foi embora.
  Ao chegar no bar ele se encontra com Garin, explica toda a situação, inclusive a cena do armário. Ela pede algumas bebidas, porém Konshi não tinha forças pra beber, apenas deixou a amiga se desfrutar daquilo. Após muito tempo de conversas e desabafos, Garin estava no seu limite de bêbada. O garoto pegou o celular e ligou para a colega de quarto de Eve, que após um tempo foi buscá-la.
   Konshi estava novamente sozinho pelas ruas. Havia começado a chover, mas nada mais o estava abalando, começou a andar pela chuva, não havia mais lágrimas. Logo alguém o agarra pelo braço, ao se virar, era Lēnger. Tengtóng abriu um guarda-chuva e aproximou o outro garoto mais próximo de si. Os dois saíram andando juntos até ao apartamento de Konshi.
   No apartamento os garotos começam a se secar, de longe Lēnger enxerga algo - era a flauta de Konshi. Ele se aproxima e pega a mesma, coloca na boca e a sopra, mas nada acontece:
- Aconteceu alguma coisa?! Perguntou Konshi entre risadas, imediatamente Lēnger jogou a flauta sobre as pernas do mesmo
- Uma flauta grande, não é?! Perguntou Konshi enquanto olhava fixo para o corpo do garoto frio, que se cobriu com o lençol. Shuijing passou a toalha para secar seu cordão, logo pegou a flauta, colocou na boca e começou a soprar. Seu corpo estava ali, mas sua mente estava em outro lugar. - Píer Lótus! Sussurrou.
Lēnger o observava, enquanto Konshi tocava, seu cordão liberava sombras pretas que iam em direção à flauta.
Aquele era o amuleto do Tigre Estígio.

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