Os estudantes chegaram à casa estilo japonês junto aos últimos raios de sol. Uma jovem mulher, cabelos brancos com poucas mechas vermelhas e óculos os esperava na porta. Foi a primeira vez que viram Eiji sorrir com carinho. O coração de Midoriya se aqueceu com aquilo, mesmo que Shoto não lhe falasse era um pouco nítido que ele estava se preparando para esquecer o passado e seguir em frente, e o esverdeado torcia para que um novo Eiji tivesse lugar no coração do meio a meio
-Olá, sejam bem vindos! Eu sou Fuyumi, irmã mais velha do Shoto. Fico muito feliz em receber vocês hoje
-Obrigado, eu sou Midoriya Izuku, prazer em te conhecer
Fuyumi ignorou a mão estendida e lhe deu um rápido abraço que o fez corar pela timidez
-Você é ainda mais fofo do que meu irmão disse!
-Ob-Obrigado
Shoto tentou disfarçar o constrangimento olhando para o quintal com interesse. Eiji notou a atitude do filho
-Eu sou Bakugou Katsuki - Ele também recebeu um abraço - Vamos comer ou não?
-Entrem, entrem. Espero que gostem de lasanha
O jantar correu bem, Midoriya queria muito passear pela casa e conhecer mais sobre a infância de Shoto, mas se esforçava para acompanhar a conversa animada entre Fuyumi e Katsuki, os dois eram amantes de culinária e trocavam informações sobre temperos e técnicas. Ele ficou o tempo todo com um sorriso terno nos lábios. Shoto estava sentado ao seu lado, Eiji na cabeceira da mesa, o olhar afetuoso e terno ao se recordar do passado no qual ele tinha seus filhos juntos
-Você parece feliz Izuku - Shoto disse, cotovelo apoiado na mesa e o rosto encostado na mão direita. A esquerda ele esticou para segurar a mão do esverdeado
-Eu estou, sua irmã é muito legal
-Sim, ela é o pilar que ainda sustenta nossa família.
-Fico feliz que vocês tenham ela - Ele apertou seus dedos com mais um pouco de força e conforto
-Me ajuda com os pratos? Está ficando tarde e logo teremos que voltar para a UA
-Claro Shoto
Fuyumi havia se esforçado tanto para preparar o jantar que Shoto se sentiu na obrigação de retribuir o favor, e queria passar o máximo de tempo possível com o menor. Poucos minutos depois estavam os dois na cozinha. Midoriya insistiu em lavar tudo, argumentando que por não saber onde eram guardadas, teria dificuldades com a louça. Enquanto trabalhavam, os dois conversavam sobre o estágio e a escola, algumas memórias da infância deles
-Eu não acredito que você fez isso!
-Eu fiz - Izuku disse rindo - Quando cheguei em casa, minha mãe estava tão preocupada que eu me arrependi… Ainda mais quando ela me obrigou a comer tudo para nunca mais passar vontade
-Só você para fugir de casa aos três anos para comprar balas Zuky
-Eram balas do All Might! Eu não tinha muita opção Sho!
-Poderia ter esperado o dia seguinte pelo menos
Os dois continuaram a conversar e rir, um clima agradável na cozinha que foi interrompido apenas quando Shoto jogou a água de dentro de um dos copos no menor
-Shoto!
-Me desculpe, foi sem querer
-Se foi sem querer, por que está rindo assim?
-Culpado
-Hunf
Izuku encheu a mão e jogou água nele, não se importaram com o frio, ficaram jogando água um no outro como crianças e rindo baixinho no seu próprio mundo. Em minutos os dois estavam encharcados.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Helt
RomanceOs heróis são aqueles que tornam magnífica uma vida que já não podem suportar Shoto e Izuku irão aprender, através da experiência como as palavras de Jean Giraudoux - escritor e romancista francês do período das duas grandes guerras - são verdadeira...