Quando seus sentidos voltaram, os sons do lugar foram os primeiros a lhe fazer sentido, haviam algumas vozes preocupadas e emocionadas ao seu redor, depois o tato, uma mão estava quente e a outra gelada. Sua cabeça doía, e sua boca estava amarga e seca. O lugar tinha um cheiro familiar de limpeza, e por isso se assustou.
Mesmo com os sentidos de volta, a mente confusa não sabia onde estava, e precisou de coragem para abrir os olhos escarlate para ver onde estava, mas o temor de estar novamente naquele laboratório foi dissipado assim que viu olhos verdes e chorosos de um lado, e um sorriso discreto do outro. Eri sorriu para os dois amigos, e Izuku não resistiu a vontade de lhe abraçar e puxar Shoto para se juntar aos dois. Era um abraço quentinho, confortável e agradável. A pequena sentiu lágrimas no seu rosto e se afastou dos dois para ver o que estava acontecendo, e quem estava chorando
-Deku-kun?
Izuku só conseguiu relaxar quando a garota abriu os olhos e sorriu com sinceridade. Desde o momento que o ataque começou, ele se preocupava com o emocional da menina, não queria causar mais traumas para ela, e foi exatamente isso que aconteceu. Ele sentia pesar em ter saído ileso graças a Eri.
-Ele está feliz Eri-chan. Nós estávamos preocupados com você
Shoto respondeu enquanto penteava os cabelos compridos dela. Mesmo que estivesse com a expressão calma que sempre teve, por dentro seu coração estava ansioso pelo momento que Eri acordaria para acabar com aquela ansiedade. Shoto segurou a mão de Izuku, para o incentivar a se acalmar
-Eu não lembro o que aconteceu - Ela perguntou no mesmo instante que Aizawa apareceu no quarto. Izuku se encolheu outra vez, ainda não tinha contato para ele o que havia acontecido. De forma indelicada ele afastou Todoroki da cama e tomou seu lugar, e passou ele mesmo a brincar com os fios um pouco bagunçados da menina
-O que estão esperando? Contem logo, quero muito saber o motivo de vocês terem colocado uma criança em risco - A voz cansada se tornou mais assustadora se somada ao sorriso tenebroso do moreno
Shoto, que foi para o lado de Izuku, tomou a iniciativa em contar os fatos
-Nós saímos para comer um lanche perto da escola e quando estávamos voltando ouvimos uma confusão vindo do centro, e não conseguimos ignorar. Vimos dois vilões entrando e saindo de várias lojas, não tinha nenhum herói ou policial perto
-Eu carreguei a Eri, e fiquei com ela enquanto o Shoto lutava com os dois. A garota ficou parada o tempo todo e o homem tinha uma quirk que criava campos de forças. Shoto ficou com a Eri e eu consegui quebrar a barreira que ele criou e o nocautear
-Até aí está tudo bonito - Aizawa disse assim que os dois ficaram quietos - Mas isso não explica o tiro
-Bem - Izuku continuou - Os policiais chegaram e apontaram as armas para nós. Eu vi uma energia saindo da mulher. Os policiais nos contaram um pouco mais cedo que a quirk dela podia causar ilusões, e os policiais foram pegos por ela, e acharam que nós éramos os vilões. A Eri acabou ativando sua quirk
-Eu fiquei com medo - A garota disse baixinho. Aizawa afagou seus cabelos outra vez, e izuku apertou mais sua mão
-Tudo bem Eri-chan - Izuku disse com gentileza - Eu também fiquei com medo quando vi aquelas armas
-Você foi muito corajosa - Shoto disse - Você conseguiu controlar seu poder. Estamos orgulhosos
-Eu consegui? - Seus olhinhos brilhavam
-Conseguiu sim! Você me salvou de novo Eri-chan, obrigado!
-Eu salvei o Deku-kun?
-Um dos policiais atirou, e acabou acertando em mim, mas você me curou! Você é a minha heroína Eri-chan! Mas eu fiquei tão assustado quando você desmaiou! - Izuku voltou a lhe abraçar enquanto falava

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Helt
RomanceOs heróis são aqueles que tornam magnífica uma vida que já não podem suportar Shoto e Izuku irão aprender, através da experiência como as palavras de Jean Giraudoux - escritor e romancista francês do período das duas grandes guerras - são verdadeira...