O seu lugar é no chão

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O empresário sentiu o sangue ferver, o estresse lhe foi tão grande que por alguns minutos ele sentiu que pudesse ter uma síncope. Passou a mão no rosto, nervoso, afastou a namorada para o lado e partiu em direção ao fotógrafo.



— Germano, por favor. - Lili tentou contê-lo, mas foi em vão. Ele estava cego de raiva e não deu ouvidos a mulher.



— Repete o que você falou, seu moleque. - segurou-o pela gola da camisa.



— Qual parte você quer? - provocou. — A que eu chamei ela de idiota ou a que eu disse que ela não larga o osso?



Não foi preciso ele falar mais nada, Germano o suspendeu pela camisa e o encurralou no muro, com uma mão ele segurava o pescoço do dele e com a outra deu um soco em seu rosto. O rapaz logo viu que o empresário não estava para brincadeira e decidiu reagir. Em vão. Antes que ele pudesse fazer algo, o químico o lançou no chão indo pra cima dele.



— Silas faz alguma coisa. - Lili pediu desesperada ao motorista.



— Deus me livre me meter nas coisas do doutor Germano. - falou se benzendo.



O empresário socava a cara do fotógrafo com gosto, por vezes ele tentou se defender com a mãos, mas o químico sempre achava uma brecha. Aos poucos, a vizinhança do bairro de Fátima, se aglomerou para observar a confusão. Algumas pessoas já estavam filmando tudo.



— Me larga! - Rafael gritou.



— Isso aqui é para você aprender a respeitar a mulher dos outros, seu imbecil. - deferiu outro soco que acertou a boca do rapaz em cheio, por alguns segundo ele pareceu estar fraco, então Germano decidiu parar pois começou a se atentar aos gritos de Lili para que ele parasse. Quando o químico iria se levantar, o fotógrafo o puxou pela perna.



— Amor! - a editora gritou preocupada. — Alguém faz alguma coisa. - se desesperou ainda mais quando viu Rafael subir em cima do químico o acertando no supercílio fazendo com que jorrasse sangue pelo rosto do empresário.



Germano não ia perder para um moleque daquele, então com agilidade agarrou-o pelo pescoço o levantando e logo o chutou. Após observar o rapaz por a mão na barriga pra tentar conter a dor do chute, o químico se aproveitou e o chutou novamente fazendo com que ele fosse ao chão.



— Nunca mais se aproxima de ninguém da minha família. - aproximou-se dele o olhando. — o seu lugar é no chão, parasita! - esbravejou. - tentando conter o sangue que escorria em seu rosto com a mão e caminhou até Lili que o olhava com lágrimas nos olhos.



— Você me paga! - Rafael gritou ainda no chão e tossindo.



— Vê se faz um favor para humanidade e morre. - Germano gritou de volta recebendo a namorada em seus braços.



— Vamos sair daqui, por favor. - ela o tomou pela mão e eles subiram para o apartamento do empresário. — Aonde tem uma maleta de primeiros socorros nessa casa, meu Deus? - caminhava afoita pelo ambiente.



— No meu quarto. Parte de cima do closet. - o empresário falou enquanto sentava-se no sofá. A editora correu até o cômodo, pegou a maleta e voltou para sala sentando-se na mesa de centro, ficando de frente para ele.



— Vai doer. - anunciou após colocar o remédio no algodão e prensar sobre o supercílio dele.



— Lili! - reclamou sentindo o corpo arrepiar. O remédio ardia muito. — Isso tá doendo.



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