Fogos de Artifício

63 5 29
                                    

Liu observou a princesa fitando o céu, tão admirada e contemplativa quanto ele, porque as servas tinham que dormir como pedra e ela levantar àquela hora? Ainda não havia se esquecido da visão de mais cedo e temia jamais conseguir esquecê-la

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Liu observou a princesa fitando o céu, tão admirada e contemplativa quanto ele, porque as servas tinham que dormir como pedra e ela levantar àquela hora? Ainda não havia se esquecido da visão de mais cedo e temia jamais conseguir esquecê-la.

− Vossa alteza deveria estar dormindo. – Lembrou calmo.

− Eu saí para tomar água. – Respondeu sorrindo. Aproximou-se e pegou a concha de madeira que estava no balde com água limpa.

− Eu estou intrigado, você é simples. É princesa herdeira de todo um reino, ainda é elegante e graciosa, mas ao mesmo templo simples e humilde, como isso pode ser? – Curioso repousou os olhos sobre ela.

− Meu pai, depois que minha mãe faleceu ele não quis deixar minha criação e educação de todo com as servas e amas, ele sentia falta dela e cuidar de mim o fazia se sentir próximo, ele me ensinou a simplicidade das coisas, a impor minha posição, mas tratar a todos principalmente os criados que estão ali para nos servir com respeito. Para que eu faria nós todos perdermos tempo parando em lugares requintados? Arriscando não apenas a minha vida, mas a sua e a de minhas amigas? – Curiosa o olhou.

− O imperador de Jiang é um homem muito sensato. – Liu elogiou. – É sinceramente muito agradável estar na companhia de vossa alteza. – Respondeu sem a olhar.

− Obrigada. Eu entendo os motivos do imperador de Nianzu, mas ainda assim, me preocupo em estar sozinho cuidando do bem-estar de todas nós. Por isso faço o possível para que seu trabalho seja mais agradável e fácil. – Kitana o fitou.

− Eu sou realmente grato por isso. Vocês têm sido muito boas em manterem a descrição. Tirando os mercenários não houve mais nenhum incidente, isso é bom. O abalo de senhorita Faye foi o que mais me preocupou, a viagem é longa, se alguém adoecer por conta do estresse isso nos custaria mais alguns dias. – Liu explicou sério.

− Ela é assim naturalmente, não precisa se preocupar pensando em situações como aquela, um calmante e uma noite de sono bem dormida e ela acordou como se nada tivesse ocorrido. – Riu.

− Não irei me preocupar então. – Também riu. Ficaram ali um tempo, em silencio, apenas pensando.

− Se eu lhe contar algo, promete não contar ao imperador? – Kitana questionou curiosa.

− Será minha imperatriz. É um segredo. – Respondeu.

− Gostaria de passar minha vida assim, viajando. Nunca me senti tão feliz e viva, como andando e parando nos lugares, acampando ao ar livre e cozinhando para poder comer uma refeição quente. – Disse com um sorriso, ele observou o olhar dela e a expressão demonstrando aquele sonho.

− Sabe, alteza.... Eu também gostaria. – Sincero voltou-se para ela novamente, os dois se olharam por algum tempo, mas ela desviou primeiro, corada. Se ele pudesse roubá-la, fugir com ela para longe, era uma vontade que as vezes, como naquela madrugada rondavam seus pensamentos, mas seria muita desonra, a paz entre os reinos dependia daquele casamento, ele tinha um cargo de prestigio, não podia jogar tudo isso fora por um desejo insano de seu coração tolo, ainda poderia admirá-la quando possível e rezava para que isso fosse o suficiente.

O GeneralOnde histórias criam vida. Descubra agora