Defesa

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A-ma passou uma lista de tarefas que deveriam ser feitas por Kitana, o médico não concordava com tudo, mas a governanta foi enfática de que mulheres pobres tinham que fazer trabalhos até mais pesados estando grávidas e ainda assim tinham crianças saudáveis, aquilo não seria nada para imperatriz. Liu Kang e Jade não concordavam nada com a situação, por isso a morena não iria sair de perto de sua senhora e o general se manteria por perto para evitar qualquer crueldade vinda da governanta ou de outro alguém. A-ma advertiu de que se Jade fizesse alguma coisa pela imperatriz ela seria castigada severamente e elas não acreditavam como a mulher havia "mudado", mediante a situação.


No palácio imperial, Mai-Lee servia o jantar a Lady Han-Ran enquanto contava as novidades para a sua senhorita. A imperatriz havia sido mandada novamente ao palacete das montanhas por ter uma recaída em sua saúde e o imperador a mandou para lá por tempo indefinido, ninguém sabia quando ela voltaria, Faye riu, até a mulher contar que o general havia ido como seu segurança pessoal e ficaria com ela por esse tempo. Isso fez a jovem perder completamente o apetite. Ela tinha esperanças que o general fosse insistir com o imperador para se casarem, mas estando "a sós" com aquela mulher fácil que era a imperatriz ele seria facilmente seduzido outra vez!


− Está tudo bem, Jade. É apenas roupa. – Kitana comentou.

− Não deveria pegar tanto sol, sua pressão interna pode se alterar facilmente nessa condição, vai ficar dolorida se ficar muito tempo de cócoras, e se lhe der cólica? – Questionou impaciente, a governanta disse que se a morena tocasse em uma única peça de roupa se quer ela seria punida.

− Eu sou grata por estar aqui comigo. De verdade. – Sorriu. Jade sorriu também, não podia desanimar, a amiga estava sendo forte então ela tinha que ser também, para que Kitana não desanimasse.

− Também sou. Jamais sairei do seu lado. Ficará tudo bem, esse tempo vai passar rápido e logo você estará de volta ao palácio imperial. – Também sorria. A de cabelos negros perguntava se era cedo demais para se perguntar como seu filho seria tratado, apenas uma pobre criança resgata pela imperatriz, chamada de filho, mas sem nenhum direito, trancafiado dentro dos muros do palácio, sem poder sair e decidir sua própria vida também.

− É. – Comentou simples, não devia se distrair, A-ma queria as roupas lavadas até o almoço e Kitana ainda prepararia o almoço para ela mesma, Jade, Liu, Luten o médico e a parteira e clara para a governanta, que foi enfática que se a comida estivesse ruim ela iria ser castigada. Ela tentava não ficar pensando nisso, sabia que se preocupar antecipadamente a faria não prestar atenção no serviço atual, mas era impossível, ela temia pela saúde do bebê. Era tão engraçado, mal havia descoberto a gravidez, mas queria protege-lo a todo custo, salvá-lo de novo mal e toda a dor, como algo assim podia ser possível?

Jade ficava ali conversando sobre algo ou orientando a jovem com palavras apenas, aquilo A-ma não havia proibido de fazer e a morena garantiu que na hora do almoço seria o mesmo, ela indicaria enquanto Kitana preparava a comida.


Luten observava o senhor balançar a perna direita, estavam sentados na mureta da varanda dos fundos, observando a imperatriz e a serva.

− Meu senhor tente de acalmar, se ficar nervoso não vai conseguir ajuda-la. – O jovem servo disse baixo.

− Quem disse que estou nervoso? – Liu o encarou, suspirou em seguida. – Ela está sofrendo por imprudência minha, Luten. Tem que aguentar tudo isso, o desprezo de Rain, os castigos de A-ma. – Listou baixo.

O GeneralOnde histórias criam vida. Descubra agora