Nathany narrando...Trouxe Elisa para o morro e deixei ela com a minha linda ajudante. Meu radinho não parava de tocar e eu sabia que era confusão em plena terça de manhã.
— O que pega? — Perguntei entrando na casinha, próximo da boca, em cima do morro.
— Ele quer me deixar careca, copas! — Vanessa falou e eu a olhei de cima a baixo.
— Caralho, Vanessa. Você novamente?! Achei que depois da surra que mandei dar nele e da confusão no baile, você iria tomar vergonha na cara e largar de ser corna. Te liberei de ser fiel dele e você volta com o cara, agora arruma perreco novamente.
— Ele me jurou que iria mudar! — Foi o argumento dela e eu comecei a rir.
Como tem mulheres tão idiotas para acreditar que um homem que traiu várias vezes e que ela descobriu, iria mudar assim do nada? Como pode existir mulheres que se submetem a aceitar ou perdoar traições em cima de traições.
Eu sei que muitas estão doentes, são alvo de manipulação, que são vítimas. Mas, não sei se é o caso da Vanessa, ela não me parece vítima.
— Qual foi? Quer deixá-la careca por que? — Perguntei sem paciência.
— Para mostrar mais os chifres. — Valete falou arrancando risadas dos nossos homens.
— Ela ontem arrastando no pagode ficou com um playboy de merda. — Miumiu explicou.
— Ele me traiu de novo, copas! — Vanessa acusou, porém não negou e isso me fez acreditar que realmente ficou com outro e está usando essa traição como defesa.
— Eu não poderia nem imaginar que ele faria algo assim de novo, ele te ama tanto que eu até duvido, você tem certeza? — Perguntei e os meninos começaram a gargalhar.
— Não trai, não! — Miumiu apressou em se explicar. Eu não sei se devo acreditar em um traidor e corno querendo dizer que não traiu. — Eu cheguei tarde porque estava no corre que você pediu em São Paulo, ela não acreditou, saiu de casa e me traiu.
— Ele estava mesmo em São Paulo para mim. — Falei afinal ele tinha um álibi.
— Dessa vez eu não vacilei. — Meu soldado até parecia orgulhoso por não ser o errado da história, dessa vez.
— Eu estou cansada de vocês! — falei respirando fundo.
— Qual vai ser? —Miumiu perguntou e eu olhei para valete.
— Passa a zero! — ordenei.
— Não. Por favor não, copas?! — Vanessa começou a implorar e eu segurei bem forte enfiando minhas unhas em seu rosto.
— Eu te dei a chance de separar. — falei baixo. — Conhece os mandamentos e você vacilou, eu o cobrei e agora é a sua vez.
— Para de gritar porque você sabe que agiu errado, não tem essa de chifre trocado na quebrada, parceira. — Metralha, meu sub dono diz ligando a máquina de cortar cabelo.
— Vai embora antes que eu te arrebente de novo. — Falei e o Miumiu saiu.
Eu não gosto nada disso, acho a maior humilhação, mas a favela tem regras e a meu vale para os dois lados. Se fizer faça no sapatinho, porque se arrumar k.o na minha favela ou se vim para o desenrolo e estiver errado, vai ser cobrado.
— Faz o corte aí L.L. — Valete falou entregando a maquininha para o meu vapor que pega enquanto a Vanessa começa a se debater.
— Se não sossegar vai ser pior! — Sinuca avisou, mas ela continua a gritar e se debater tirando minha paciência. E foi por isso que acertei logo um tapão na cara a fazendo ficar quieta.
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Rainha de copas ( Nova versão degustação )
ActionNathany dona do morro, Diogo delegado de polícia. Somos o oposto, ele usa armas para salvar vidas, proteger a sociedade e fazer o bem. Era assim que deveria ser pelo menos, mas sabemos que nem tudo é real. Eu uso armas para matar, com ou sem motivo...