NATHANY NARRANDO...
- Bom dia, filha. – Minha mãe diz assim que passei por ela antes de ir acordar minha filha que dormia em seu quarto.
-Bom dia! – digo e entro no quarto da Elisa respirando fundo e tomando coragem para acordá-la.
A mais profunda verdade é que nem eu queria acordar hoje, se me fosse possível, tomaria todos os calmantes do mundo para evitar esse dia horrível. Hoje não foi um bom dia, sem dúvidas, hoje era pior dia da minha vida, um dia que relembro todos os anos e a cada ano fica pior.
- Vamos acordar, Isa? – faço carinho em seu cabelo.
- Não, mamãe. – Elisa negou voltando a se cobrir.
- Vamos, filha? Levanta para ir à escola.
- Não quero ir! – Elisa começou a chorar.
E como hoje não era um bom dia, eu estava destruída e sem paciência acabei descontando na pessoa que menos tinha culpa em tudo isso.- Levanta dessa merda agora, Elisa! Caralho, levanta dessa porra AGORA! – Grito a assustando.
- Deixa que eu a levo para a escola, filha! – Minha mãe diz entrando no quarto.
Não respondi nada, apenas fui até meu quarto, coloquei um colete, uma blusa larga por cima, peguei minhas chaves, armas e sai de casa. Eu estava nervosa demais para esperar o elevador, então desci as escadas até a garagem, entrei em meu carro e fui direto para o morro.
Entro na boca, era uma casa de dois andares. O primeiro ficava as vendas e tudo o que os meus homens precisam, o segundo ficava uma sala para reunião e dois quartos
onde usávamos como salas para mim e meu sub, e uma cozinha que quase não era utilizada.- Bom dia. – Jessica me cumprimenta.
Jessica cresceu aqui no morro com os meninos e como eu sempre estava por aqui nos tornamos amigas e hoje ela trabalha para mim. Leonardo também cresceu aqui e hoje é meu sub, comanda o morro todas as vezes que estou fora e um dos poucos que me entende completamente.
Não respondi a ninguém, Jessica falava algo, mas minha mente não processa suas palavras. Tudo o que eu conseguia escutar repetidas vezes era aquelas malditas palavras que eu queria esquecer.
Por isso abro a gaveta e retiro um cigarro de maconha junto com o isqueiro. Acendo e dou a primeira tragada, então encosto na poltrona e sinto meu corpo relaxar.
- Qual foi, Naty? – A voz do Léo me chama a atenção. Sem pensar muito peguei o grampeador e arremessei em sua direção que desviou.
- Já te falei para não me chamar assim, porra!
- O que deu em você hoje, boneca? – Jessica perguntou utilizando meu apelido e era impossível que eles não lembram que dia era hoje.
- VAI PARA A PUTA QUE TE PARIU. – Grito.
- Melhor você dá um jeito no seu humor, sabemos que não é maravilhoso, mas hoje está pior e a realeza vai subir.
A realeza era os donos da facção, o novo comando foi criado pelo Batman e cresceu quando um mafioso italiano quis investir. Hoje seus filhos tomam conta e são chamados de a realeza do crime, Príncipe é cruel e não admite erros.
- Hoje não é um bom dia. – Eles se olharam, então Léo caminhou até mim e me abraçou contra a minha vontade.
ODEIO ABRAÇOS. ODEIOS CHORO. ODEIO DESABAR NA FRENTE DE QUALQUER PESSOA E ODEIO ME SENTIR FRACA.
Mas hoje não era um bom dia.
Respirei fundo tragando o cigarro que estava entre meus dedos e retomei minha postura.- Tem alguém para matar? – Foi a única coisa que saiu da minha boca.
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Rainha de copas ( Nova versão degustação )
AçãoNathany dona do morro, Diogo delegado de polícia. Somos o oposto, ele usa armas para salvar vidas, proteger a sociedade e fazer o bem. Era assim que deveria ser pelo menos, mas sabemos que nem tudo é real. Eu uso armas para matar, com ou sem motivo...