Querido, John.

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18 de novembro de 1920

"como está?" — pergunto para John que está sentando em um banquinho fumando um cigarro.

"vou bem e você?" — ele pergunta me olhando de canto.

"estou bem" — fico em pé o encarando.

"por que tem raiva de mim?" — chego mais perto dele e o mesmo me olha novamente, sem feição.

"eu não estou com raiva" — John traga o cigarro novamente.

"John, eu não quero ferir os seus sentimentos, eu amo você, você sempre foi o meu irmãozinho" — tento fazer com que as lágrimas não caiam em meu rosto.

"por que nunca me disse Mary? por que nunca me falou que gostava do Thomas?" — ele joga o cigarro e vai em direção ao balcão indo pegar uma garrafa de whisky e 2 copos.

"porque eu sabia que ia ficar chateado, como está agora" — ele se senta e coloca whisky nos dois copos — "porque eu não tive coragem John, eu nunca machucaria você, sei que vai achar alguém melhor".

"mas você já me machucou" — ele toma seu whisky rápido e coloca mais no copo.

"você me perdoa?" — me sento na cadeira e pego em sua mão e ele a agarra.

"tá bem, eu vou conseguir ver você junto com o meu irmão, são um belo casal" — a tristeza e a raiva eram perceptíveis em sua voz menos a ironia, John não é de usá-las.

"por favor, John" — tomo o whisky e bato o copo na mesa, não com muita força.

"tá bem" — ele bebe novamente e se levanta com os braços abertos pedindo um abraço.

"obrigada" — me levanto dando um abraço apertado nele.

"você merece mais querido John" — falo com minha cabeça encostada ao seu peito. Ele só olha pra mim e beija minha testa e nos afastamos.

Olá, seja bem vinda(o) a essa história, agradeço por você ter escolhido essa história para ler e eu espero muito que goste!

The Shelby's.Onde histórias criam vida. Descubra agora