Capítulo 1

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3 semanas antes...

Mais um dia normal na minha vida patética! A maioria dos adolescentes de 16 anos devem estar por aí se divertindo com seus amigos, porém, eu estou aqui em casa trancada. Meus pais são super protetores, acho que pelo fato deles trabalharem na polícia... De certa forma, é um exagero. 

Eu só tenho um amigo, que nem é tão amigo assim. Gajeel é amigo do meu pai e, infelizmente, a única pessoa pelo qual Arthur (meu pai) me deixa conversar. Incrível, não?

Normalmente, o Gajeel e meu pai se trancam no escritório e ficam fuxicando por lá... Eu sempre quis saber sobre o que eles falam, mas sou totalmente proibida de chegar lá, o que aumenta ainda mais a minha curiosidade.

-Senhorita, seu pai já falou pra você parar de tentar ouvir a conversa dele! -falou a minha empregada.

-Joana, pare de me chamar assim! -falei me virando pra mesma -Você também não sente curiosidade de saber sobre o que eles conversam?

-Eu não tenho, não! Até porque tenho mais o que fazer e se a senhora não tem, acho melhor ir procurar.... Seu pai vai brigar com você se algum outro funcionário te pegar aqui -falou se virando e indo embora.

Respirei fundo e fui seguir meu rumo, vida chata! Eu só posso sair aos finais de semana, os únicos dias pelo qual eu estou livre... Fora isso, eu fico aqui, trancada.

Entrei no meu quarto, vendo como ele estava organizado, o que fez com que eu quase chorasse. Arrumar meu quarto é um passatempo, fazer o que, eu gosto!

Quando eu ia sentar na minha cama, Samuel, um carinha que ajuda meu pai apareceu.

-Erza, seu pai esta te chamando no escritório, bom, ele tem uns assuntos muito sérios para tratar.

-No escritório? -falei indo até o mesmo -É algo muito importante, não? Já que ele nunca me chamou lá.

-Quando chegar lá saberá... Só tente não arranjar encrenca com o Gajeel, seu pai não esta de bom humor hoje. -falou saindo na frente.

-Samuel, me diz, desde quando meu pai esta de bom humor? Sempre que eu apareço ele fecha a cara, parece que nem me ama... Parece não, ele realmente não me ama -falei correndo para o alcançar.

-Você está exagerando, Erza -falou se virando pra mim.

-Não estou não! Me fale uma só vez que ele sorriu pra mim.

-Quando você nasceu, Erza, seu pai ficou muito feliz -falou parando na frente do escritório. -Ele só não sabe demonstrar isso, tente ter mais paciência com ele, tá bom?

-Tá bom, Samuel, tá bom. -falei abrindo a porta do escritório. 

Quando olhei a situação daquele lugar, quase caí pra trás... Gajeel estava quase sem roupa jogado no sofá e meu pai estava jogando uns papeis no chão.

Caminhei até a mesa do meu pai e peguei as garrafas de vinho, colocando no lixo.

-Cara, vocês se pagaram foi? -perguntei olhando pra calça do Gajeel em cima da estante de livros.

-Não seja ridícula, Erza! -meu pai falou se virando pra mim -Gajeel só bebeu demais, esse maluco não sabe se controlar.

-Hum... Sei -falei limpando a cadeira -Bom, o que o senhor quer falar comigo?

-Bom, eu que...

-Olha a Erza -Gajeel disse cortando meu pai -Tu tá bem bonita, não acha? -falou rindo.

-Ai Gajeel, meu Deus! -falei rindo.

Eu sabia que ele fazia isso para deixar meu pai irritado... Por mais que o Gajeel fosse um estúpido na maior parte das vezes, eu gostava de conversar com ele... Trocamos poucas palavras, já que quando ele chega mais pai já puxa ele pra cá, mas tudo bem, vida que segue.

-Gajeel, porque você não vai tomar um banho ou sei lá, morrer por aí? -meu pai falou sentando em sua cadeira. -Bom, eu quero que você faça algo pra mim e em troca, você faz o que bem entender.

-E o que seria? -perguntei super interessada.

Meu pai deu um sorriso malicioso e começou a me explicar o que ele queria.
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-Nada de contar a sua mãe! -falou se virando e abrindo a porta -Quero dizer, não quero preocupa-lá, já que bom, você é a filha única. E não se esqueça, daqui 3 semanas vamos fazer isso e não tem como você voltar atrás mocinha, fui bem claro?

-Sim, pai, o senhor foi bem claro! -falei vendo o mesmo sumir no corredor.

Olhei pro Gajeel todo estirado no chão, com baba escorrendo da sua boca. Ai, ninguém merece!

Caminhei até o mesmo e dei um tapa em sua cara, o acordando no susto.

-Vem, eu te ajudo -falei me ajoelhando ao seu lado.

Passei seu braço pelo meu pescoço e o ajudei a levantar com uma certa dificuldade, Gajeel é o dobro do meu tamanho.

Fomos caminhando devagar até o quarto de hospedes, pelo qual Gajeel dormia. O coloquei na cama e fui ligar o chuveiro.

Coloquei a mão na água pra ser a mesma estava bem gelada.

-Consegue tomar banho sozinho? -perguntei voltando pro quarto.

-Uhum... Nunca mais tomo tanto vinho -falou se levantando e cambaleando.

-Quantos copos vocês bebeu? -perguntei vendo o mesmo tentar abrir o boxe.

-Acho que umas 15 garrafas, não sei -falou começando a tirar a roupa.

-Hum, tá bom... Qualquer coisa tu sabe onde me encontrar.

Saí dali o mais rápido possível... Teria pesadelos toda noite se visse o Gajeel pelado.

Fui caminhando até meu quarto e pensando na proposta que meu pai me fez... Ai, eu só posso estar doida por ter aceitado tal coisa! Mas ao mesmo tempo, isso vai me fazer mais livre, não? Ai sei lá, só sei que agora eu já aceitei e não da pra voltar atrás.

Entrei no meu quarto e peguei alguns livros pra ler, acho que esse é o meu melhor passatempo.

Me deitei na cama e comecei a ler... O mais legal é que depois de um tempo, você nem vê mais as linhas, sua imaginação rola solta e isso é muito bom!

Happiness is where you least expect itOnde histórias criam vida. Descubra agora