Capítulo 2

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2 semanas antes...

-Mas pai! -repeti pela milésima vez.

-Erza, sabe quantos bandidos por aí querem a minha cabeça? Se você sair a essa horário eles podem te pegar e vão conseguir vir até mim! -falou se levantando, super irritado.

-E PRA VARIAR O SENHOR SÓ PENSOU EM SI! -falei me levantando também -Me diz o que custa me deixar ir a essa merda de excursão da escola? Eu vou estar rodeada de pessoas, NINGUÉM VAI ME PEGAR!

-Eu não perguntei com quem você vai estar ou não! Quero que abaixe o seu tom, mocinha, eu não te eduquei desse jeito! -falou apontando o dedo na minha cara. -Você sabe muito bem que daqui alguns dias estará livre para fazer o que quiser e até lá, você fica em casa!

-Olha quer saber, que se dane! -falei saindo revoltada.

Ninguém merece! É só uma mera excursão, SÓ UMA EXCURSÃO!! O que tem demais nisso?!? Até parece que um bandido iria me sequestrar com mais 50 pessoas ao meu lado! Odeio tudo isso!

Fui até o quarto dos meus pais, a procura da minha mãe, que por sinal não estava... Provavelmente trabalhando, pra variar.

O que me resta pra fazer? Um deixe-me ver... Vou treinar, é isso é uma boa!

Fui até o quintal e caminhei até a minha casinha de armamentos... Eu tenho uma bela habilidade com espadas e armas, bom, meus pais só deixaram porque é uma maneira de ganhar dinheiro... Pois é, eles sempre me obrigam a ir em campeonatos, confesso que é legal meter porrada no povo, mas ainda assim, não queria ser obrigada a fazer esse tipo de coisa.

Prendi meu cabelo em um coque e peguei minha espada favorita. Sai da casinha e caminhei até um lugar onde tinham vários bonecos que seriam para treinar. Okay, vamos começar.
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Um golpe embaixo e outro em cima, desvia e acerta!

Olhei para o estrago que eu tinha feito em um dos bonecos, pronto, vou ter que arrumar esse também. Passei a mão pela minha testa, sentindo gostas de suor.

-O que você quer?!? -falei me virando com tudo e parando a espada no pescoço do Gajeel.

-Caraca, como você me ouviu? -perguntou afastando a espada.

-Eu acho que você não é nenhum peso pena! Eu ouvi quando você pisou na grama -falei tentando levantar um boneco que eu derrubei. Levantei sem nenhuma dificuldade.

-Mina, tu é forte! Olha, esse negócio pesa muito e tu levantou como se não fosse nada -falou se jogando no chão

-Ao contrário de você, que so fica bebendo, eu faço exercício físico pra ficar forte -falei caminhando até a cabana, para deixar minha espada.

Quando voltei, o mesmo estava sentando olhando pra não sei onde.

-Pra sua informação, sua pirralha, eu tenho um físico de dar inveja e eu malho sim -falou levantando a blusa e mostrando seu abdomen.

-Já vi melhores -falei rindo.

Gajeel se levantou e veio até mim, me dando um tapa na cabeça.

-Te orienta garota, ficar pesquisando essas coisas! Não pode não -falou rindo.

-Eu nunca fiz isso! Só disse pra encher seu saco, você sabe que eu não sou dessas coisas -falei rindo.

-É, eu sei. Agora vamos que sua mãe tá te chamando, o almoço já esta pronto -falou passando sua braço pelo meu pescoço.

-Eu preciso de um banho -falei acompanhando o mesmo.

-Ninguém liga pra isso não... Aliás, sua mãe tá doida pra te ver, então acho melhor deixar o banho pra depois.

-Tá bom.

Caminhamos até a cozinha e encontrei tudo arrumado e a comida já servida. Meu pai estava com uma cara nada boa e essa cara piorou ainda mais quando o mesmo me viu colada com o Gajeel.

-Pode soltar ela, desde quando te dei essa liberdade?!? -falou me olhando indignado.

-Arthur, deixa a menina em paz! -Gajeel falou revirando os olhos -Ninguém merece essa sua obsessão inútil!

-Como é que é? -meu pai perguntou pronto pra se levantar.

-Vocês querem parar?!? -minha mãe falou entrando com uma garrafa de coca-cola.

-Irene, você ouviu o que esse idiota disse?

-Ouvi sim, Arthur! Vai deixar isso atrapalhar nosso almoço? -falou olhando feio pra ele.

Meu pai bufou e foi logo abrindo a garrafa de refri. Minha mãe olhou pra mim e sorriu, abrindo os braços para que eu fosse abraça-la.

Neguei com a cabeça e ela me olhou assustada.

-O que foi?

-Mãe, eu estou suada e fedendo!

Minha mãe deu risada e se aproximou de mim, me abraçando em seguida.

-Desde quando eu ligo pra essas coisas? O frescurento aqui é seu pai -falou dando um beijo em minha bochecha.

-Irene! -meu pai olhou pra ela indignado e a mesma riu. -Eu não sou frescurento! Quero dizer, só as vezes.

Ri com essa cena e puxei a cadeira para me sentar. Todos pegaram coca e começamos a comer. A comida por sinal estava uma delícia!

Eu estava comendo em silêncio, observando Gajeel e meus pais conversarem animadamente entre si... Cenas como essa são raras aqui em casa... Meus pais, na maioria das vezes, estão ocupados e Gajeel só vem aqui pra passar o tempo comigo, bom, meu pai quem pediu.

-Erza, esta tudo bem? -minha mãe perguntou fazendo todos olharem pra mim.

-Está sim, eu só estou pensando em algumas provas, só isso. -falei forçando um sorriso.

Minha mãe assentiu e voltou a conversar com os outros.

Nós não somos uma família normal e nunca vamos ser e temos nossas super diferenças e a proteção ridícula de meus pais, mas, eu os amo mesmo assim, é algo estranho de se explicar, mas tudo bem, família é assim mesmo!

Coloquei meu prato e meu copo na pia e avisei a todos que iria pro meu quarto, eu realmente preciso de um banho!

Peguei minhas roupas, tranquei a porta do quarto só para nenhum imprevisto acontecer. Foi para para o banheiro tomar meu merecido banho!

Happiness is where you least expect itOnde histórias criam vida. Descubra agora