Capítulo 3

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1 dia antes...

-Gajeel, para de me encher o saco! -falei me jogando na cama.

-Não, não paro! -falou se jogando ao meu lado -Não acho certo isso que seu pai está fazendo! Ele quer te usar, Erza! E pra algo muito sério! -falou indignado.

-Não tem nada de errado em querer ajudar a polícia! -falei dando um beliscão nele.

-Ai! -falou passando a mão onde eu belisquei -Na polícia tem gente treinada pra isso, Erza, ele não deveria estar te usando assim! O pior é que vocês sabe que é perigoso! -falou se levantando irritado.

-Olha Gajeel, vá cuidar da sua vida que da minha cuido eu! -falei me sentando na cama -Sei que esta preocupado comigo, mas eu não quero viver numa prisão pra sempre! Ele mesmo disse que se eu ajudasse ele a atrair esse tal de JF, ele iria me deixar fazer o que eu quisesse!

-Nossa que legal, Erza! Sua liberdade vale mais que a sua vida?!? Olha quer saber, vá lá e se lasque! Não vou me intrometer mais! -falou saindo batendo a porta.

Suspirei e levantei correndo. Gajeel é meu amigo e sei que ele quer o melhor pra mim, mas... Ai, não é hora para brigar. Vi o mesmo descendo as escadas furioso.

-Gajeel, pelo amor de Deus! -falei correndo pra alcança-lo. -Não preciso disso tudo!

-Não precisa Erza?!? -falou se virando pra mim -Não precisa?!? Você só tem 16 anos e está se metendo numa encrenca que não vai aguentar! Acha que ele é um bandido bonzinho? Que o JF vai te ver e não fazer nada? Acha que ele é burro a esse ponto?!?

Fiquei olhando pro mesmo e não falei nada.

-Você é ingênua e seu pai está se aproveitando disso! Como eu disse, não vou me intrometer mais! Faça o que bem entender!

Gajeel se virou e continuou a descer as escadas, na mesma hora meu pai apareceu. Arthur foi cumprimentar Gajeel mas o mesmo nem super olhou pra cara do meu pai.

-O que deu nele? -meu pai perguntou vendo o mesmo indo embora.

-Nada muito importante -falei subindo as escadas novamente.
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Passei o resto do dia no meu quarto, pensando no que Gajeel disse... Será que é mesmo uma furada? Quero dizer, mexer com bandidos é uma coisa perigosa, mas meu pai disse que tudo estaria sobre controle...

Mas que coisa! É só pra mim ir lá e chamar esse tal de JF pra um beco, isso é fácil não?

Ouvi batidas na porta e me levantei com nenhuma coragem. Abri a porta e Joana estava me esperando com uma cara bem séria.

Pedi para que a mesma entrasse e ela assim o fez, entrou e se sentou no meu sofá.

-Erza, menina, onde você estava com a cabeça de aceitar algo assim?!? -Joana perguntou indignada.

-Até você Joana? Será que ninguém entende que é pra me ajudar? -falei me jogando na cama de novo.

-Te ajudar, Erza? TE AJUDAR?!? SE METER EM UMA INVASÃO É TE AJUDAR NÉ? -falou se levantando e dando um tapa na minha cabeça. -Erza, você sempre foi responsável! Sempre soube o que era certo e errado, então me diz, porque isso agora?

-Joana, eu vou ser livre depois que meu pai prender esse tal de JF. -falei passando a mão onde a mesma bateu -Eu quero ajudar meu pai só isso... Quero dizer, isso também vai ter um certo benefício pra mim.

-Ah sim, claro! Erza, seu pai é um sem noção! Sua mãe sabe disso por algum acaso? -falou colocando a mão na testa.

-Não, não sabe... Meu pai pediu para que eu não contasse -falei me levantando e indo até a mesma -Joana, eu já tive uma discussão com o Gajeel sobre isso e não quero ter uma com você -falei colocando minhas mãos em seus ombros -Eu vou ficar bem, não se preocupe!

-Erza, minha menina, eu sei que eu não posso te impedir mas, por favor, volta pra casa viva! -falou me abraçando.

-Como eu disse, vai dar tudo certo! -falei a abraçando forte.

-Você é como uma filha pra mim -falou me apertando mais, o que me fez ri.

Nos separamos e a Joana se sentou no sofá novamente.

-Joana, como você ficou sabendo sobre isso? Quero dizer, Gajeel ficou sabendo pelo meu pai e eu não contei a ninguém.

-Quando o Gajeel estava saindo da casa, eu estava chegando com as compras do mercado... Vi o nervosismo dele e perguntei o que tinha acontecido, o porque dele estar daquele jeito e aí ele me contou sobre essa tal invasão e que iriam te usar como cobaia.

-Ah sim -falou olhando pro chão -Mudando de assunto, sabe onde a minha mãe está?  Não vejo ela faz uns dias...

-Bom, até onde eu sei ela está trabalhando em uma missão e por isso quase não está em casa. -falou dando de ombros.

Resmunguei um "hum" e fiquei olhando pra chão de novo. Joana trabalha aqui a muito tempo e conhece meus pais melhor do que ninguém...

-Joana, você que conhece meus pais a muito tempo, me diz, porque meu pai nunca trabalha? Quero dizer, ele sempre está no escritório e não na delegacia.

-Isso eu já não sei te responder... Desde que eu trabalho aqui é assim, sua mãe vai pra delegacia e seu pai fica em casa... O Senhor Arthur nunca deixou muito claro o motivo disso e eu nunca quis me atrever a perguntar, já que eu não sou parte da família e ele poderia ficar bravo comigo. -falou se levantando -Se tem essa dúvida, pergunte a ele querida.

-Não da Joana, sabe como ele é chato pra essas coisas. "Nunca se intrometa no meu trabalho" "Isto não é da sua conta" -falei repetindo as falas do meu pai.

Joana foi em direção a porta e eu me levantei, para acompanhá-la... Joana parou em frente a porta fechada e sorriu pra mim.

-Seu pode ser rude, mas ele te amo e só quer te proteger, assim como a sua mãe também... E eles devem ter um motivo pra isso -falou apertando a minha bochecha. -Bom, eu tenho que voltar ao trabalho... Até mais tarde, Erza. -falou saindo e logo depois sumindo no corredor.

Fechei a porta do meu quarto.

"Porque eles fazem isso? Tem algo que eles estão escondendo?"

Happiness is where you least expect itOnde histórias criam vida. Descubra agora