Vidas Cruzadas

05|| Adeus ou Até Breve

❝Mas por enquanto,

eu vou te amar pelo telefone.❞

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For Now - Lauv

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Não consegui pregar meus olhos por nem três horas seguidas, logo já estava inquieta na cama, mas tentava não me mexer demais, pois Jimin ainda ressoava aconchegado em meu corpo. Fiquei ali no escuro acariciando seus cabelos sedosos, me sentindo um pouco sozinha mesmo estando acompanhada.

Por mais que quisesse experimentar todas as novidades que aquela relação proporcionava, o medo agora estava um pouco mais presente. Ele iria embora dali algumas horas, e não haveria nada que mudasse isso.

Países diferentes, línguas, mundos...

Eu não sou rica, nem perto disso. Eu trabalho e ganho o suficiente para me sustentar sem luxos, nem imagino quanto deve ser uma passagem para a Coréia, será que ele gostaria que eu fosse para lá, talvez visitá-lo?

Detesto essa sensação, esse sentimento de impotência, tantas coisas parecem ser grandes barreiras para nós. E está tudo tão recente, dois dias e meu mundo já está uma bagunça, como foi tão fácil me apegar a alguém? E o mais estranho é ver ele tão apegado a mim.

Temos necessidade de estarmos perto um do outro, isso dá para notar. Mas por quê?

Já não aguentava mais ficar na cama remoendo todas essas questões, mas não queria acordá-lo, por isso sutilmente fui retirando meu corpo debaixo do dele, o cobri e fui me sentar no sofá com uma garrafa de vinho e amendoins. Comer ajuda a resolver problemas, sempre funciona.

Mas eu estava realmente com algum problema?

Era tudo tão confuso, mas o melhor era viver o presente, e depois que Jimin fosse embora eu poderia colocar os pensamentos no lugar. Agora eu ia aproveitar as poucas horas que tinha ainda com meu nenê, pois era isso que ele parecia dormindo ali tão inocente.

Ligo a tv sem volume algum em um desenho qualquer, enquanto seco a garrafa de vinho e começo a me sentir quente, um calor começa a aquecer minha mente, coração e corpo. Olho para ele deitado na cama, agora com o tronco nu a mostra e começo a pensar por que ainda não tivemos nada mais íntimo. Será que ele não me deseja dessa forma?

Ele poderia não querer se envolver comigo, mas não parecia fazer muito sentido, o álcool não estava sendo um bom amigo com minhas questões, e sim estava me dando mais coisas para pensar. Fui ao banheiro lavar o rosto com água fria para ver se amenizava um pouco o efeito da bebida, e vi o quanto vermelha estava ao me olhar no espelho. O efeito não passaria tão cedo, então decidi que seria melhor um banho frio, isso despertaria minha sanidade de volta.

Liguei o chuveiro, me despi e entrei no box, sem ao menos lembrar de fechar a porta do banheiro. Encostei minha testa na parede fria e deixei a água gelada percorrer meu corpo, procurando trazer novamente algum pensamento sensato.

Não sei quanto tempo estava naquela posição, mas quando senti a pressão da água diminuir e alguns respingos mais fortes no meu corpo e parede olhei para cima, mas o chuveiro continuava com a mesma pressão, foi quando senti um abraço quente. Eu fiquei sem conseguir reagir, como sempre ele conseguia provocar isso em mim.