03|| Batom Vermelho

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❝Talvez seja uma providência do Universo / Tinha que ser assim / Você sabe, eu sei❞

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Serendipity - Jimin [Bts]

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Sol, trânsito, uma tv com o volume bem baixo...

A claridade não me incomoda, pelo contrário, está até gostoso. Pera, quem está mexendo no meu cabelo, NÃO!

Como vou abrir meus olhos agora? E se eu tiver com remela? PUTA QUE ME PARIU!

- Baby, acorda para comer. - Essa voz rouquinha, não sei de onde tirar coragem para abrir meus olhos, mas vou fazendo-o timidamente esfregando para assim quem saber espalhar alguma sujeira que possa ter. Me espreguiço e abro totalmente os olhos e lá está ele, com o cabelo úmido indicando um banho matinal e uma bandeja de café da manhã me acariciando delicadamente. Só posso ter morrido durante o sono e esse é o paraíso com direito a anjo e tudo, isso não é real.

- Uhmmm. – Resmungo e cubro meu rosto rindo debaixo das cobertas.

- Hey! O que foi? Não quer comer? – Ele pergunta tentando puxar a coberta, mas eu faço força para não permitir que aconteça.

- Eu acabei de acordar Jimin, por favor eu estou horrível. – Digo apenas o que sinto, a mais pura vergonha de estar naquela situação.

- Aigoo, durante as últimas duas horas que acordei antes de você, não vi nada demais, apenas uma princesa dormindo de boquinha aberta. – E puxou a coberta um pouco mais forte, deixando meus olhos visíveis, os quais olhavam um tanto arregalados com aquela informação.

- Como assim duas horas? Você ficou me vendo dormir por todo esse tempo? Ahhhhh mas quer que eu me enterre nessa cama de vergonha. – Disse tentando puxar a coberta para me cobrir novamente, sem sucesso.

- Baby, você é linda de qualquer forma. Levanta, lava seu rosto que eu vou entregar uma coisa ao Tae e quando voltar quero você fora dessas cobertas para tomar café comigo, ok? – E soltou um risinho leve e saiu pela porta com um papel em mãos.

Dei um tapa forte demais na minha testa, o que me fez correr para o banheiro e ver se ficou marcado. Eu só posso estar sonhando. Peguei minha bolsa no quarto e voltei correndo para o banheiro. Escovei os dentes, joguei litros de água no rosto, para tirar qualquer resíduo e a cara amarrotada de sono, e passei uma maquiagem leve, daquelas estilo Amor eu acordo assim todos os dias, só que não.

Olhei e vi que ainda usava suas roupas, puxei a blusa e dei uma aspirada, sentindo o cheiro dele, maravilhoso. Quando abri a porta ele estava sentado na cama com a bandeja e batia gentilmente ao seu lado, já sem aquela montanha de travesseiros da noite.

Coloquei minha bolsa sobre a cadeira e me sentei ao seu lado, sorrindo sem jeito e soltei um:

- Bom dia! – Atrasada, mas o que vale é a intenção.

- Pom tia! – Falou, tentando imitar minha pronúncia, e eu comecei a rir da forma fofa como ele me olhava.

- Te olhar dormir me deu fome, vamos comer por favor. – Disse num tom debochado, rindo não só com a boca, mas com os olhos também enquanto pegava um pedaço de alguma fruta e colocava na boca.

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