Five

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Sasuke estava parado em frente a porta de madeira escura marcada com o número 505 abaixo do olho mágico, criando coragem para enfim bater na porta. Sentia-se ansioso e eufórico apenas por saber que Sakura estava atrás daquela porta. Que ela estava o esperando.

Esfregou as palmas algumas vezes e respirou fundo antes de tocar a campainha e então meio segundo depois, a porta se abriu e ele se deparou com cabelos rosa e olhos verdes.

— Achei que você passaria o dia inteiro aqui na frente da porta. — ela falou sorrindo.

— Oi, garota do 505.— Sasuke beijou a testa dela.

Ele ficou feliz quando a viu. Isso foi óbvio (e fofo).

Ele analisou-a por completo e sorriu tímido quando notou o tom avermelhado que as bochechas dela ganharam, seja pelo frio ou pela análise descarada. Sakura apesar de ser uma mulher extrovertida, em algumas situações era totalmente pega de surpresa por Sasuke e, corar era algo meio inevitável.

O Uchiha a observou caminhando graciosamente para dentro do apartamento que era pequeno e modesto, mas bonito. Ela vestia shorts de cintura alta e suéter cor de rosa. Estava linda e ele tinha o vislumbre perfeito de suas coxas magras.

— Então senhor Uchiha, aonde nós vamos dessa vez? — questionou a Haruno.

— Eu escolhi na última vez, me surpreenda agora, senhorita Haruno.

— O dia está um pouco frio hoje, mas eu queria muito ir à praia. Podíamos comprar um café, caminhar com os pés na areia seria legal.

Ele não gostava de praias, mas aceitou de bom grado o programa simples dela, apenas pela companhia. Apenas pelo fato de Sakura estar lá.

Saíram do prédio e foram a pé até uma cafeteria próxima e fizeram seus pedidos. A praia estava quase vazia, silenciosa tirando o barulho das ondas e do vento correndo, aquele domingo havia amanhecido frio e a brisa gélida arrepiava a pele desnuda da Haruno, que tirou uma manta da bolsa e forrou na areia para poderem sentar. 

— Gosto de vir à praia e amo quando não tem muita gente aqui. — ela disse fechando os olhos e abraçando os joelhos. — Me transmite paz e faz com que eu me lembre de não perder a minha essência.

— Eu não gosto do mar — Sasuke disse simplista. —, mas quero ir 'pra Califórnia algum dia para enterrar meus pés nas areias de lá. Contraditório, sim?

— Você é um completo enigma, Sasuke.

— Você não sabe o quanto, Sakura. — ele sussurrou, apoiando o queixo entre os joelhos que eram abraçados por seus braços.

Ela se virou e o observou. O cara do seu lado era mesmo tudo aquilo que suas amigas a alertaram que era? Sasuke era mesmo desprezível ao ponto de cometer todas aquelas babaquices?

Questionou-se em silêncio enquanto observava os dedos dos pés de Sasuke se afundarem na areia branca, ele tinha "Taka" tatuado entre os ossos dos dedos das mãos. Sakura gostava de observá-lo e decorar todos os seus detalhes.

— O que significa? — disse passando os dedos sobre as letras da mão pálida dele.

— Taka era o nome da minha banda. — ele riu, recordando da loucura do ensino médio. Ele, Suigetsu, Juugo e Karin formaram uma banda de punk rock no auge de seus 17 anos. — Essa foi a primeira tatuagem que eu fiz. Meu pais surtaram, meu pai principalmente, já que eu morava com ele.

— Seus pais não moravam juntos? — perguntou por alto.

Ele apenas acenou negativamente, enquanto os dedos das mãos se enterravam na areia fina. Seu olhar divagou por meio minuto e então, fechou os olhos fortemente, como se algo o incomodasse.

O Lobo e a Ovelha Onde histórias criam vida. Descubra agora