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Estava muito evidente que eu queria uma explicação daquela situação com Morgana, mas e como se Dylan precisasse me dizer algo mas importante que aquilo.

Eu me sentei em sua frente cruzando as pernas em borboletas que eu acabará de passar por um grande susto, não estava com muitas condições de me manter de pé.

Ele se aproximou pegando a minha mão e colocando sobre seu rosto gélido e fechou os olhos seguidos.- sou essencialmente uma criatura egoísta. Quero demais a sua companhia para fazer oque deveria._ Dizia ainda com os olhos fechados.

-E oque você deveria fazer?_Questionei com a voz um pouco falha medindo a sua face em busca de entender oque ele dizia.

-Deveria deixá-la livre para escolher com quem viver._ Dizia delicadamente e abriu os olhos me olhando fixamente.- Mas não sei se posso._ Ele suspirou e tirou cuidadosamente a minha de sua face mas permaneceu segurando-a. Olhei em seus olhos, de repente entendendo que tudo isso era tão novo para ele como era para mim. Mesmo com muitos anos insondável que tinha, também era difícil para ele.

-Eu estava com medo...porque, bom, por motivos óbvios, não posso ficar com você. Eu tinha medo de gostar de ficar com você, muito mas doque deveria._ Eu media cada movimento que ele fazia com a mão.- Eu me conheço intimamente bem a ponto de saber que seria capaz de mante-la comigo mesmo contra a sua vontade._Dizia e era muito nítido que ele buscava entender a si mesmo.

-Mas você não o fez exatamente._lembrei -Estou com você porque eu quero._ Destaquei com motivos óbvios.

-Eliza._ sorriu agora fitando o chão.- Você não pode me entender, isso está fora do entendimento humano. Quando tive o primeiro contato com você, para mim, foi como se você fosse uma espécie de demônio, conjurado do meu inferno pessoal para me arruinar. A sensação que você me passou... pensei que me enloqueceria naquele primeiro dia. Depois de ter pego sua mão pensei em cem maneiras de como livrar de você._ Provalmente ele estava se lembrando do dia em que cair feito uma pateta após esbarrar nele.

Vi minhas lembranças de todos os momentos em que ele me tratou mau no começo novamente pelos olhos dele. Só agora entendendo o perigo que passei.

-Mas eu resistir. não sei como. E me obriguei a não tirar a sua vida e mante-la vivendo na mesma casa que eu, sabendo que você estava me levando a loucura a sentir coisas que era demasiado irracional para mim.- confessou -Eu queria que você esquecesse meu comportamento naquele primeiro dia, se possível, então começei na medida do possível te tratar melhor.

Ele fechou os olhos, perdido em sua confissão angustiada. Eu ouvir com mas ansiedade do que era racional. O bom senso me dizia que eu devia estar apavorada. Em vez disso, fiquei aliviada por finalmente entender.  E estava cheia de compaixão pelo sofrimento dele, mesmo agora, enquanto ele confessava seu desejo de tirar minha vida.

- Sinto o meu vício em você sendo sustentando a poucos metros de distância, e quando você me toca esse vício me leva a minha insanidade mental._ Se explicava voltando a me fitar com sua íris azuis imóvel pegando a minha mão com grande delicadeza.-Eliza._ ele pronunciou meu nome cuidadosamente, depois brincou com meu cabelo com a mão livre. Um choque percorreu meu corpo com seu toque despreocupado.-Eu não poderia conviver comigo mesmo se a ferisse. Você não sabe como isso me torturou.-Ele abaixou  os olhos envergonhados.- Pensar em você, imóvel, livida, fria... Nunca mas vê-la  corar de novo, ou se zanga-se com o meu comportamento instável. Seria insuportável.

Ele ergueu os gloriosos olhos angustiados para os meus.- Você é agora a coisa mas importante do mundo para mim. A mais importante de toda a minha vida.

Minha cabeça girava com a mudança rápida de direção em nossa conversa. A parti do tema alegre de meu falecimento iminente, de repente estávamos nos declarando como nunca antes. Ele esperou e embora eu olhava para baixo para examinar nossas mãos entre nós, eu sabia que seus olhos azuis estavam nos meus.

-Ja sabe como eu me sinto, é claro._ eu disse por fim.-Eu estou aqui... oque, numa tradução grosseira, significa que eu preferisse estar morta a ficar longe de você._ Franzi o cenho.- Sou uma idiota.

-Você é mesmo idiota._ Concordou ele com uma risada. Nossos olhos se encontraram e eu ri também. Rimos juntos da idiotice e da mera impossibilidade  de um momento desses.

Nos declarando em meio ao submundo, ou melhor dizendo, no famoso inferno.

Meu amor é um vampiro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora