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As vezes aquela voz quase imperceptível no fundo da mente fala mas alto que seus próprios pensamentos de medo que rodam a sua mente e te faz cair em uma intensa prisão sem saída.

Essa voz fala de uma forma tão clara as vezes, que sooa como uma ordem.

Uns chamam de voz da esperança, outros de fé ou consciência, Eu não consigo denomina-la, apenas obedecer.

Minhas pisadas causam pequenos estralos ao chão me fazendo lembrar que usava um salto que não era muito do meu habitual, minha respiração ainda segue pesada.

Olhei para todos os lados com cautela de não me afastar muito e atrair mas um animal em minha direção.

Quando sair, a porta de pedra estava aberta me fazendo questionar de como Tom aparentemente um idoso vulnerável, conseguiu abri-la, já que foi o primeiro a sair.

-Tom... Bee?_ Chamei enquanto olhava entre as cabanas e dava pequenos passos.

Será que apenas Tom mora aqui?

-Garota viva não deveria estar aqui._ A voz de Tom,  que soou frágil vindo de cima me fazendo levantar os olhos e perceber que ele estava em cima de sua grande cabana sentado de modo desleixado enquanto parecia apreciar seu cachimbo na mão.- Garota deve ir embora, antes que seja tarde._ Avisou

-Eu não posso voltar._Respondi aumentando o ton da minha voz para que fosse possível escutar.- Não sem você me ajudar antes._ Concluir observando ele analisar seu cachimbo.

-Oque Garota deseja?_ Perguntou sem me olhar diretamente.

-Desejo voltar, como eu disse antes._ Respondi

-Oque Garota realmente deseja?_Questinou novamente me deixando confusa de início, mas logo percebir a profundidade de sua pergunta.

O silêncio tomou conta do ambiente por um tempo.

-Se garota não sabe oque deseja, Tom não pode ajudar._ Disse e pulou do alto da cabana e começou a andar em direção as plantações baixas.

-Espere._ Pedi e o mesmo parou  - Eu desejo encontrar o culpado pelo assassinato da minha mãe e minha amiga, e fazê-lo pagar por sua ação._ Tom ficou parado de costas, isso era a única coisa que eu desejava, na verdade um dos maiores motivos.

-Tom não pode ajudar garota. _Disse por fim e voltou a andar

-Esp...

-Eliza _ A voz de Bee soou atrás de mim me fazendo me virar.- Se ele não pode te ajudar, significa que ele sabe que não é isso que você realmente deseja._ Concluiu me deixando ao extremo confusa. -Pense melhor.

Apenas assenti e olhei uma última vez para Tom que ficava cada vez mas distante e voltei para dentro.

Ao entrar percebir que Kayn e Dylan não estavam mais lá, apenas Lara que estava sentada em uma cadeira simples com os pés sobre a mesa cheias de objetos.

Acredito que esse seja o hobby de Tom, novas invenções.

Me sentei na mesma cadeira que havia sentado antes e fiquei olhando para aquela espécie de fogo azul que ardia lindamente na laleira.

Como Diabos eu posso não saber oque eu desejo?! Isso sooa tão ridículo!

-Lara._ Chamei a mesma tirando sua atenção de uma provável invensão bizarra  feito de ossos de sua mão a mim. - Por que me ajudar?_ Questionei a fazendo parar de mascar o chiclete e inclinar a cabeça para o lado.

-Eu fiz uma promessa no seu casamento, quebra-lá e a mesma coisa que destruir a minha honra._ Falou como se fosse a coisa mais obvia.

-Honra._Mumurrei ainda olhando para o fogo mas sem foco nos olhos.

-Sim, ela é muito importante para mim, ainda mas quando se trata do meu clã. _ Explicou.

-Você  está ciente de que causo um grande mau ao seu irmão?_ perguntei e sem querer deixei a culpa se transparecer em minha fala.

-Eu tenho inveja do Dylan._ Disse me fazendo olha-lá curiosa.-Sabe oque é viver a vida toda em um só lado da matéria?_ Questionou me deixando confusa.- Fomos feito para ser quem somos sem poder intervir.

-Vocé deveria conversar com o Dylan, para ver oque ele acha sobre essa luta dentro dele._ Disse por fim e se levantou.- Vai ver que não é tão mau assim.

Lara então sabia sobre isso, talvez eu seja a única que ainda não sabia.

-É a propósito, não sou uma ruim guardiã._ Disse parando de costas.-O dia da festa mative minha Atenção toda sobre você, mas como vi que Dylan estava lá; queria só dá um empurrãozinho na relação de vocês._ Disse com um sorriso na voz.

Sorri imprudentemente ao lembrar daquele evento.

-Obrigada, Lara._ Agradeci com Gentileza na voz, ao reconhecer em que em vários momentos lara esteve ao meu lado.

-Não precisa agradecer, eu não me dou bem com esses gestos._ disse abanando a mão.- Só tenta controlar esse demônio dentro de você o quanto antes para sairmos daqui._ Disse e percebir que seu tom abaixou em preocupação.-Eu não posso nem imaginar do que o Dylan seria capaz de fazer caso você morresse.

Meu amor é um vampiro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora