Monstros

GRÁVIDO

[nota: é grande, mas vale a pena (eu acho kkkk)]

Natan deu o último gemido e ficou parado por alguns segundos. Suspirou e deitou ao lado de Alex. Eles se beijaram e ficaram olhando para o rosto do outro. Alex riu e desviou o olhar, virando as costas à Natan, que o abraçou.

"Eu te amo" disse Natan, beijando a nuca de seu amante.

"Eu também" disse Alex e se virou novamente. Analisou o rosto do outro homem e, olhando para a boca dele, sorriu e o beijou.

Nessa noite, dormiram abraçados.

***

O despertador do celular de Alex tocou, mas foi Natan que, se esticando acima do corpo adormecido de Alex, o desligou. Sentou na cama com as costas apoiadas na cabeceira e olhou para o homem que amava. Deitado de bruços, Alex dormia profundamente. A coberta branca cobria suas pernas e sua bunda, mas Natan puxou a coberta e começou a beijar as nádegas. Beijando as costas de Alex, Natan apertou a bunda com suas mãos e as deixou ali. Alex fez um murmuro quando Alex beijou sua orelha e cobriu a cabeça com o travesseiro.

Natan sorriu e jogou o travesseiro no chão, ficando em cima de Alex, que tentou se virar, mas não conseguiu. Natan beijou as costas de Alex e desceu, chegando à bunda, onde deu uma pequena mordida. Alex riu. Natan pressionou sua mão esquerda na lombar de Alex e o penetrou. Surpreso, Alex gemeu com a dor, mas Natan continuou.

Quando acabou, Natan foi direto ao banho, sem falar nada. Alex sentou na cama e pegou seu celular. Respondeu uma mensagem de sua irmã e viu que sua virilha estava suja de algo vermelho. Olhando os lençóis, viu que tinha mais sangue. Assustado, foi ao banheiro e falou a Natan.

"Relaxa", ele respondeu. "Isso é normal".

"Mas tem bastante. Mais do que o normal".

Natan o olhou. O vapor da água embaçava o espelho, impedindo Alex de se olhar.

"É normal", Natan respondeu, ríspido, e voltou a se ensaboar. Alex suspirou e voltou ao quarto com os ombros um pouco caídos. Sentou-se na cama o observou como a mancha vermelha contrastava com o branco do lençol. Olhou para a janela e a vista do nascer-do-sol o entristeceu mais um pouco. Desanimado e ainda nu, tirou os lençóis da cama e os jogou no chão.

Quando Natan saiu do banheiro, Alex percebeu como ficava diferente com o terno preto. Não parecia que fosse o homem que era, que gostasse do que gostava, que fazia o que fazia.

Enquanto ajeitava o relógio, no pulso, Natan viu que Alex o observava. Suspirou com um sorriso e foi até a poltrona onde Alex estava sentado.

"O que foi?" perguntou, se inclinando sobre Alex, que sorriu e negou com a cabeça.

"Nada".

Natan o beijou rapidamente e disse:

"Até amanhã, meu amor".

Se afastou e sentou na cama enquanto colocava o sapato. Alex ainda o encarava quando saiu, trancando a porta e o deixando ali sentado com a mancha escura entre as pernas.

***

Quando Natan chegou, subiu sozinho no elevador e ficou checando o celular a cada quinze segundos, mas não houve novas notificações. No apartamento, abriu a porta com sua chave e ouviu um som vindo do banheiro.

Encontrou Alex ajoelhado na frente do vaso sanitário e limpando a boca com as costas da mão direita. Natan correu e se ajoelhou ao seu lado, com a mão nas costas de Alex.

"Alex... que que aconteceu?" perguntou.

Em vez de responder, Alex abraçou Natan e começou a chorar silenciosamente.