Quarto Cinza

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- Na verdade, depois tratamos de assuntos das trevas hm, primeiro vamos almoçar - Olga disse interrompendo o marido - Assis, por favor o almoço.

- sim senhora Olga - disse o elfo aparatando e pós bater palmas surge  uma farta mesa de comida na sala de jantar.

  A casa por dentro tinha um estilo um tanto quanto clássico, o chão de madeira, um candelabro no teto e uma mesa de mármore, as paredes repletas de janelas com muita luz, Todos se sentaram e o almoço estava servido.

  - Olho para vocês assim, perto de seus últimos anos em CasteloBruxo e lembro de meus anos de glória, era um dos melhores alunos de Canalização de magia que aquela escola já viu- Vinicius dizia entre as garfadas.

- Ora Amélia ainda não se achou, quando pequena dizia que queria ser Aurora - Olga disse entre Gargalhadas- Depois disse que queria estudar História da magia e agora não sabe oque quer, e você Scorpius oque pretende fazer ?

- Bom eu realmente não sei, gosto muito do trabalho do meu pai, ele coleciona objetos relacionados a arte das trevas, os protege de bruxos do mal, mas acho que seria Obliviador,
Inventor de Feitiços, Relações Trouxas, são muitas opções que eu gosto. 

- Bom estou feliz que estamos almoçando juntos, afinal isso acontece raramente, como estão as coisas no ministério pai ?- Amélia soou realmente interessada.

- Enola tem tido um mandado incrível no ministério, ela sabe lidar muito bem com todas as câmeras e etc, o mistério brasileiro tem se mostrado um dos melhores do mundo. Enola monte negro é sensacional.

O almoço fluiu bem, entre papos furados e sobremesas, ele finalmente chegou ao fim, Amélia ajudou Assis a retirar os pratos, o Elfo era como da família. Vinicius chamou ambos para ó escritório, era um lugar repleto de livros, em uma estante mágica de madeira, os papéis em sua mesa se assinavam sozinhos.

- Bom já adiamos muito essa conversa, eu já troquei correspondências com a Dourado e isso tudo parece muita loucura pra mim, não acredito que exista um grupinho de revoltados e etc, o ministério tem se posicionado bem quanto a qualquer resistência, talvez tenha sido algo isolado dessa aluna, não sei, vocês viram algo que estranho antes disso ?

- Bom eu tive um pesadelo, não sei explicar mas era alguém suplicando por socorro, era insuportável foi tenebroso, e muito real.

- Talvez tenha sido uma Telepatia do Sonho, é uma especie de Legilimência, é um tanto quanto difícil mas não impossível. - Scorpius disse atento.

- E existe alguma forma de saber se é isso ?

- existe sim, sonhos são impossíveis de serem vistos em Penseiras, mas visões e mensagens não.

- Certo - Vinicius disse ajeitando o óculos- sua avó tem uma penseira, amanhã podemos ir lá e averiguar isso, por hoje relaxem Okay ? O ministério deixará tudo sobre controle.

Amélia respirou fundo- Okay então amanhã resolvemos isso.

- infelizmente eu e Olga teremos que voltar ao ministério mas como já sabem Assis está à disposição.

Amélia mostrou o quarto de hóspedes á Scorpius e o deixou se acomodar, algumas horas se passaram e ambos puderam descansar um pouco a viagem, depois de um tempo o mesmo saiu a procura da menina.

- Assis ? - O loiro disse

- sim senhor Malfoy

- onde está Amélia ?

- acredito que no quarto dela, tem uma escadaria no final do corredor, se a porta estiver aberta acho que o senhor pode entrar, são as regras da senhorita.

Ele subiu as escadas, e havia apenas uma porta, por sua sorte estava aberta, era um quarto cinza, com alguns papéis colados, desenhos, a menina desenhava muitíssimo bem. Umas plantas ao canto e velas acesas, uma música, umas fotos da menina na estante, ainda sem alguns dentes em viagens com avó, fotos com Thayná, e muitos mapas do território do Brasil, para ele era realmente tudo um pouco encantador, já que a garota sempre foi um tanto quanto fechada.

- Bom já cansou de bisbilhotar ? - Amélia disse com uma tosse irônica, surgindo da varanda que ele nem reparou que existia.

- sempre foi assim meio esquisitinha né ? - ele disse olhando para trás.

- aposto que você não foi sempre um príncipe.

- minha mãe dizia que eu era o mais bonito de todas as gerações dos malfoy.

- Bom diga a ela que não quero nem ver os que vieram antes- a menina riu.

- Eu realmente gostaria, mas é impossível, ela se foi a 2 anos.

- Sinto muito, eu não sabia - Amélia realmente estava envergonhada.

- Tudo bem.. - disse um pouco marejado

- Vem, tenho algo pra te mostrar - Amélia disse se sentando no chão de sua sacada. - tá vendo aquela estrela, o nome pros trouxas é Ursa maior, mas minha vó sempre me disse que o verdadeiro nome é Ceuci, era uma bruxa que um dia fez um feitiço para que seu brilho sempre fosse visto por toda eternidade, minha vó diz que ela sempre ajuda e protege os peregrinos.

- Estou ansioso para conhecer sua avó, vocês falam tanto dela, ela parece ser uma mulher incrível.

- dizem que ela e eu somos muito parecidas- ela riu.

- então tenho certeza que ela é incrível.

Eles se entreolharam, Amélia esperava algo que cortasse o elogio mas dessa vez nada, Scorpius manteve os olhos fixos nos dela e por alguns segundos as palavras faltaram, eles se aproximaram quase magneticamente, e como se tudo ao redor sumisse por um minutos já conseguiam sentir as respirações um do outro.

- Eu não....- disse gaguejando- não vou beijar você Scorpius - se afastou um pouco.

- Não ? - ele disse levando a mão ao rosto dela e a puxou de volta devagar como um imã .

E então selavam os lábios com intensidade, era algo mágico, como se ambos precisassem disso desde a primeira vez que se viram, como se compreendessem num só, desfizeram o beijo aos poucos e numa questão de segundos Amélia saiu do transe dando um tapa na cara do menino.

- AIII - ele passava a mão em cima da bochecha tapeada.

- EU NÃO ACREDITO QUE...- dizia entre berros e gaguejadas.

- Que eu te beijei ? - ele riu - e você me correspondeu.

- Eu não correspondi nada tá legal, isso foi totalmente..., olha sai do meu quarto antes que lance um crucio em você.

Ele colocou as mãos pra cima em sinal de paz, e se levantou em retirada - tudo bem ficar sem jeito, eu sei que meu beijo é sensacional.

- FORA.

- Tô saindo - sua voz soou de longe, ele desceu as escadas sorrindo.

Amélia ficou um tanto quanto em choque no quarto, se jogou na cama e esboçou um sorriso, mal sabia ela onde isso irá chegar.

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