Capítulo 17

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Eu tentei esquecer o fiasco que havia sido encontrado minha mãe na loja da Dior. Tentei esquecer que ela e Nash provavelmente estavam me rodeando, conferindo duas vezes todo o trabalho que eu já tinha até aquele instante. Eu tentei esquecer tudo isso pelo simples fato de que minha mãe me dava nos nervos. Quando queria acabar comigo ou com alguma chance que eu tinha de fazer algo dar certo, ela corrigida.

Deixei na loja o vestido vermelho que Shawn me fez provar, porque não tinha dinheiro o suficiente para leva-lo para casa. Se existisse, eu levaria. Só pra provocar minha mãe. E naquele dia, eu fui embora muito cedo, deixando todas as minhas responsabilidades irem à merda e me darem dor de cabeça só no dia seguinte.

Shawn me ligou, mas eu não o atendi. Eu não queria conversar com ele, porque sabia que seria pior. O pior era que uma parte de mim realmente concordava com a minha mãe. Eu não estava fazendo meu trabalho direito. Aquela era à primeira vez que eu fiz lembrar as coisas do jeito errado, mas também era à primeira vez que eu fiz lembrar do porquê vale a pena viver essa vida. Shawn me fez bem, aquilo era um fato. Mas eu tinha que voltar a pensar no meu trabalho.

Então eu voltei à estaca zero; eu estava indecisa sobre o que fazer e sobre como agir. Shawn queria que eu continuasse com ele, mas ainda assim, eu não devia. Eu sempre soube que não desvie, porque era imoral, antiético e exibia uma falta de princípios minha e dele. Trair alguém, estava que eu estava ficando louca? Eu nunca tinha traído ninguém antes e não deveria nem ter começado. Meu trabalho devia ser mais importante do que aquela distração sexual passageira. 

Eu resolvi que, dali pra frente, era daquele jeito que ia ser. Meu trabalho seria meu amante. 

Passados ​​apenas dois dias depois do fiasco na loja, meu celular tocou. Era um número desconhecido, o que me deixou ainda mais apreensiva. Eu estava em casa, assistindo TV, despreparada para qualquer bomba que me tacassem momento. Mas atendi o telefone. Sendo quem eu era, eu não podia me dar ao luxo de não atendê-lo.

- Camila? - disse uma voz familiar do outro lado.

- Sim, olá - respondi.

- Oi, aqui é a Karen, mãe do Shawn.

Minhas sobrancelhas se arquearam e eu tentei não demonstrar que estava surpresa.

- Oi, Karen. Como você consegui esse número? - perguntei.

- Shawn me deu, espero que não se importe.

- Não, claro que não. Sem problemas. Eu lhe disse para me ligar caso haja problemas - suspirei - Então, o que houve? Seu vestido ficou bom? Você sabe de alguém que não conhece os convites? O que há de errado?

- Na verdade, queria conversar com você em particular. O mais rápido possível - ela disse.

Meus olhos se fechou e uma dor de cabeça fraca se alojou no fundo da minha mente.

- É sobre o casamento? - perguntei.

- Sim, é sim.

- Então, claro que podemos conversar. Podemos nos encontrar em algum lugar para isso?

- Claro! Ainda estou em Nova York, então é só me dizer o endereço que eu vou estar lá - ela respondeu.

- Que tal a delicatessen na esquina da rua 34? Estou indo pra lá agora e te espero.

- Ok, sem problemas. Estarei lá em alguns minutos.

- Tudo bem, te vejo lá - e desliguei o telefone.

Eu me levantei do sofá bufando, porque já tinha ideia do assunto que Karen iria querer conversar comigo hoje. Enquanto trocava de roupa e me arrumava, eu me lembrei do que minha mãe tinha dito: "Eu estava conversando com a mãe do noivo e ela disse que vocês duas concordam que Shawn não está pronto. Eu lhe disse que é besteira e é isso que você vai dizer se ela perguntar algo de novo ". Eu sabia que estava na minha vez de negar essa história e fazer com que Karen acreditasse que Shawn estava pronto para se casar, sim. Ela era a mãe dele e se lhe dissesse alguma coisa, qualquer que fosse, ia ter uma influência muito grande no rumo daquele casamento. Portanto, se ela acreditasse que ele estava pronto, não influenciaria em nada.

O Casamento • ShawmilaOnde histórias criam vida. Descubra agora