O Casamento • Shawmila

Capítulo 3

Shawn deu risada e me mandou uma piscadela. Saí do carro e fechei a porta. O carro ficou lá até que eu tivesse entrado completamente no prédio. Quando cheguei no meu apartamento e olhei pela janela para a rua logo abaixo, o carro não estava mais lá. Peguei um copo de água e comecei com minha maratona de telefonemas.

Só encontrei dois salões de festa disponíveis no dia 22 de dezembro. Enquanto falava no telefone com o administrador dos dois salões, liguei pelo celular para Hailey. Eu lhe contei dos dois salões e ela escolheu o Grand Foyer, no Upper West Side. Desliguei o celular e agendei para o dia 22 de dezembro a festa de casamento de Shawn Mendes e Hailey Baldwin no Grand Foyer. Agradeci o outro administrador do salão e desliguei o telefone.

Depois disso, liguei para os buffets especializados. Praticamente todos tinham o dia 22 livre, então eu escolhi sozinha o melhor buffet - e mais caro também, por sinal. O buffet cobrava 210 dólares por pessoa, mais uma taxa de 50 dólares por centena. Fiz as contas na minha cabeça, mas decidi não pensar nisso. Ia ficar realmente muito caro, mas dei de ombros.

Liguei para uma confeitaria especializada logo depois. Eles me garantiram que podiam fazer o bolo até o dia 22, mas a noiva ia ter que aparecer lá pra decidir quantos andares, o sabor, a calda, os bonequinhos, etc. Eu lhe disse que iríamos lá em alguns dias e mandei que ele marcasse meu nome. Quando desliguei o telefone pela última vez, olhei para o relógio.

Já passava das sete e meia da noite. Saí correndo da onde estava e entrei no chuveiro. Coloquei um vestido azul turquesa e salto alto. Faltava cinco minutos pras oito quando comecei a me maquiar. Assim que terminei, uma buzina soou vinda da rua. Dei risada e caminhei até a sala, carregando só uma bolsa-carteira. Peguei meu celular, meu cartão de crédito e um pouco de dinheiro para o táxi.

Desci de elevador. Ninguém devia ser obrigado a descer escadas de salto alto. Saí para a calçada assim que cheguei ao térreo. Shawn havia acabado de sair do carro e estava de costas pra mim enquanto fechava a porta.

- Eu cheguei na hora certa, você que está atras... - ele ficou mudo assim que se virou para me encarar.

- Boa noite - eu disse, sorrindo.

Acostumado a me ver só de jeans e camiseta, sem maquiagem nenhuma, deve ter sido um choque para Shawn me ver toda produzida. Mas a noite em Nova York é dos ricos e, mesmo que eu não tivesse tanto dinheiro assim, eu gostava de aparentar ter.

- Você está... - ele engoliu em seco - muito bonita.

- Obrigada - sorri mais ainda.

- Pronta?

- Sim - respondi.

Shawn abriu a porta pra mim e eu entrei. Ele logo me seguiu. O carro entrou em movimento. Eu não sabia para onde estávamos indo, mas não faria muita diferença. Fiquei encarando minhas unhas da mão enquanto o troglodita motorista nos levava ao nosso lugar de destino.

Assim que chegamos, Shawn saiu e segurou a porta aberta pra mim. Ele me ajudou a descer do carro e depois fechou a porta. Nós entramos no restaurante. Só tinha a elite de Manhattan, com certeza. Gente que estava acostumada a conhecer celebridades todos os dias.

Caminhamos até uma mesa mais afastada. Shawn ficou de costas para as portas e janelas envidraçadas do restaurante. Eu fiquei de frente para ele e de frente para a rua também. Eram duas visões muito bonitas.

- O que vai querer comer? - ele me perguntou, enquanto o maitré nos entregava o menu - E o que vai querer beber?

Fechei o menu e entreguei-o de volta ao maitré. Shawn me olhou, confuso.

- Surpreenda-me - eu disse.

Shawn pediu algo que eu nunca havia comido, o que era raro. Portanto, ele realmente havia me surpreendido. O maitré nos sugeriu vinho e nós aceitamos. Enquanto esperávamos a comida, o vinho chegou. Shawn já começou a beber.