Capítulo 8

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Tudo isso não sai da minha cabeça.

Estou começando a aceitar o fato de que a aquela é a minha família realmente.

Mil pensamentos torturam a minha cabeça.

Mesmo assim desço e não acho a minha tia em lugar algum. Pra onde será que ela foi?

Abro a geladeira e pego o leite. Abro o armário e pego o cereal.

A campainha toca. Quem será?

Abro e me deparo com Lindsey me olhando. Meu coração dispara toda vez que nos encontramos. Principalmente depois daquele beijo.

-Oi Jack. Ela diz sorrindo.

-Olá Lindsey. Eu respondo sorrindo de volta. O que fazes aqui?

-Vim te convidar pra almoçar na minha casa hoje. Ela responde tentando disfarçar o entusiasmo.

-Quanta gentileza. Eu não irei incomodar? Pergunto.  

-Oh, não. Meus pais que te convidaram. Ela respondi.

Me surpreendo. Será que Lindsey contou algo sobre mim para os pais?

-Irei sim. Vou me trocar espere um segundo.

Deixo Lindsey na cozinha por um segundo e subo saltitando pro meu quarto.

Escolho uma blusa e uma calça Jeans e calço um tênis. Cara eu sou estiloso. Dou risada de mim mesmo.

Desço e espio Lindsey atrás da porta da cozinha. Ela está lavando a louça que tinha na pia. Ela não perde o charme nem fazendo isso.

Entro na cozinha. Ela olha pra mim.

-Não precisa fazer isso. Indago.

-Magina. Diz ela. Louça suja me incomoda. -Só você pra se incomodar com isso Lind. Respondo.

Nós rimos.

-Lind? Diz ela sorrindo.

-É um apelido que acabei de inventar. Posso te chamar assim? Pergunto em tom de curiosidade.

-Claro. Adoro apelidos. Responde ela vermelha.

-Vamos? Já estou pronto. Digo.

-Vamos.

A casa de Lind é incrível. Nunca tinha observado como era bonita por fora. Um jardim enorme cobria toda a área da frente e as janelas eram pretas com as paredes brancas. Dentro era melhor ainda. -E você disse que a casa da minha tia era grande. Sussurro rindo.

Ela ri também.

Vejo os pais dela na cozinha colocando a mesa.

-Olá Jack! Elas dizem ao mesmo tempo.

-Olá Senhor e Senhora Smith! Digo.

-Jack, essa é minha mãe. Lind diz apontando para uma mulher alta com o cabelo ruivo e sardas enormes no rosto. Era linda. E esse é meu pai, ela aponta para um homem moreno de cabelos pretos. Lind se parece demais com ele.

E esse é Jack meu... amigo.

Por que ela gaguejou quando foi dizer o que eu era dela? Dou risada.

-Sente Jack. Diz Marisa mãe de Lind.
-Ok, obrigada senhorita.

A mesa está impecável. E a comida estava com um aroma maravilhoso.

-Oh Jack. Sinto muito pelo acidente. Diz Colin pai de Lind com a cara triste.

-Magina. Já estou me acostumando com tudo senhor.

-Pode nos chamar pelo nosso nome Jack. Diz ele rindo.

-Ok eu digo com um sorriso. A comida está excelente por sinal Marisa.

-Obrigado Jack. Essa é minha especialidade.

Conversamos por horas. Tudo estava muito bom. Eles eram demais.

Quando estava indo ao banheiro ouvi eles conversando com Lind na cozinha enquanto lavavam a louça.

-Lind, seu amigo é demais. Diz Colin.

-Eu sei, eu estou gostando dele. Diz Lind.

-Eu percebi filha. Ele é muito bonito também. Diz Marisa.

-Ei! Diz Colin rindo.

-É verdade. Marisa responde dando gargalhadas.

Ela gosta de mim? Meu Deus meu amor é correspondido.

Eu tenho que conversar com ela sobre isso, só que estou com vergonha. Preciso de coragem.

Nem tudo depende de nós.

Amores esquecidosOnde histórias criam vida. Descubra agora