Capítulo dois - Etheria

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Catra

Adora costuma dizer que nós nunca vamos nos afastar mais. Besteira na minha opinião. Ela sempre tentava passar confiança para mim, através de palavras e atitudes, mas como me perdoar quando fiz tantas coisas ruins para ela?
O medo de ela me deixar mais uma vez, a sensação de que eu sou insuficiente para fazer alguém feliz, é o que tem me atormentado durante esses meses. Glimmer e o Bow sempre estão ao meu lado, independente das minhas ações no passado, porém continuo com medo. Medo de estar sozinha, medo de me perder novamente.
As histórias de Perfuma e Scorpia sobre Plumeria e descrições sobre as pétalas das flores era o que me acolhiam.
Etheria tem estado em paz por muito tempo, muitas pessoas acreditam que essa calmaria indica uma tempestade muito próxima. Porém, agora eu estou em casa e com pessoas que eu amo, eu irei defender minha casa a todo custo.

— Hey, Adora — chego colocando as mãos na cintura dela, enquanto vou com o meu rosto de encontro com o pescoço dela. — O que está fazendo? — olho para as mãos dela e observo as tentativas falhas de tentar chamar a She-ra. — Para que você precisa dela? — questiono-a.

— Para nada, Catra — ela diz com um tom triste e para baixo, mas tentando esconder a frustração. — Não precisa se preocupar, está tudo bem — ela se vira para mim, colocando as duas mãos no meu rosto e me dando um selinho.

— O que você acha de nós irmos passear na Floresta? Vamos ficar um pouco juntas — faço uma carinha de "gatinha" abandonada, esperando escutar um sim como resposta.

— Claro. Vou pegar minhas coisas — ela diz, sorrindo para mim.

— Você sabe que não precisa da sua espada, certo? — digo. — Então não precisa ficar preocupada, qualquer coisa eu estarei com você — completo, olhando para ela e dando um sorrisinho de lado, enquanto coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Sei que estará sempre comigo. E eu estarei com você. — ela me olha enquanto fala, segurando na minha mão e nos levando para fora.

Estava um dia ensolarado. Quando Adora passava, as flores pareciam estar se abrindo para vê-la. Era pouco mais das 15 horas da tarde quando eu e Adora nos sentamos perto de uma árvore alta, tentando nos esconder do sol intenso. Ela estava sentada entre as minhas pernas, com o corpo contra o meu e com a cabeça em meu peito, enquanto descansava. Por um instante, Adora adormeceu. Parecia estar tudo indo bem, a sensação de tê-la junto a mim era incomparável com qualquer coisa que eu já tinha sentido. Depois dos fatos que aconteceram, a morte de Mara ter tocado o coração de Adora e o medo de não ser suficiente para salvar o mundo, eu acreditava que ela não conseguiria sair dessa. Algum tempo depois ela começou a se mexer constantemente. Fazia barulhos intensos e se debatia, até que simplesmente parou. Quando ela acordou ela estava aos berros com os olhos azuis que faziam referência à She-ra, dizia:

— Light Hope, é você?

Before I go Onde histórias criam vida. Descubra agora