Behind the Darkness [Aurora/Malévola] (LGBT FANFICTION)

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Capitítulo maiorzinho pra compensar o anterior que ficou menor propositalmente.

Espero que gostem! Boa leitura,

e sintam o impacto. 

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Malévola POV

A espreita da árvore, me comunicava com os espíritos que habitavam a floresta. Eles sempre me diziam tudo que eu deveria saber. Tudo para a proteção dos Moors.

Criaturas em que nasci para zelar.

Então, diretamente, estas mesmas criaturas também estão sob os cuidados dos espíritos. Estes, que podem se rebelar de forma maligna ou benigna e, essa variação era definida pelo que a floresta necessitava.

Nós os chamamos de Praesidiuns.

Eu pedia a ajuda dos mesmos, para que pudesse remediar a atitude falha que tive dias atrás, ao libertar a jovem que caçou na floresta.

Meus dons, antes extremamente poderosos, hoje se encontravam severamente limitados, falhos e fracos.

Me obrigava a pensar que deveria ser desta forma. Estava fraca para que pudesse ficar mais forte depois. Como um teste dos deuses alheios ou de outros planos espirituais.

Afinal, eu não poderia ter perdido meus dons para sempre. A floresta não existira sem minha proteção.

Naquela mesma noite, os Praesidiuns me comunicaram que eu nada precisava fazer para encontrar a jovem. Ela viria até mim.

Então, pacientemente, eu só a aguardei.

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Ao entardecer, a floresta finalmente me dava sinais de que algo aconteceria. Os espíritos estavam agitados e as criaturas que lá habitavam estavam ainda mais amedrontadas que normal. 

O clima estava diferente.

Até que o cheiro invadiu minhas narinas.

O cheiro que eu reconheceria de longe. O cheiro que recentemente havia me atingido em surpresa. O cheiro em que eu profundamente odiava.

Meu corpo tencionou por inteiro e me pus prontamente em alerta. Se eu apelasse para os meus dons, conseguiria ouvir mesmo que sutilmente, o barulho de suas passadas.

Finalmente eu iria matá-la.

Conseguia sentir em minhas veias, o ódio e toda a adrenalina que ele me dava. Este, recentemente era o único sentimento que me fazia sentir forte.

Com o ódio eu era forte de novo.

As passadas de seu caminhar sob as folhas no chão ficavam cada vez mais audíveis, minuto após minuto, até que pude ver de relance, os seus cabelos claros ondulados em cascatas, cobertos apenas por um capus em sua capa longa. 

A raiva é um sentimento agradável para mim.

Permiti que a emoção terminasse de invadir todo o meu corpo, enquanto caminhava lentamente ao encontro da camponesa que veio cumprir sua sentença. 

A cada passo que eu dava, conseguia ouvir as vozes cochichando em meu ouvido. 

Elas diziam tudo que eu deveria fazer com a garota. 

As vozes dos espiritos ardiam em raiva pela sua astúcia em invadir este lugar novamente.

Não precisei chegar mais próximo para que ela girasse seu corpo e finalmente encontrasse a minha imagem. Mesmo assim, continuei caminhando, minhas asas abriam em meio plano, apenas para que não arrastassem no chão.