Capítulo 19.

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"Ok você quer dizer que..."

"Sim, Ronald, é isso que ele quer dizer!", Hermione o interrompeu, se levantando. Ron sempre fazia a mesma pergunta. "O que vamos fazer?", ela perguntou pra Harry, que encarava a lareira do salão comunal da Grifinória.

Depois daquele momento estranho em que se sentiu vingativo e com ódio por absolutamente nada, e lançou um feitiço proibido também no nada, Hermione, Ron, Ginny, Fred e George tinham aparecido, se perguntando o porque de Harry estar sentado no chão sendo que a Mulher Gorda estava ali. Harry alegou que ela tinha saído e por isso tava esperando, e a Mulher o chamou de louco, pois ela estivera ali o tempo todo e o viu lançando o feitiço.

"Nós não vamos fazer nada.", Harry disse e Ron mexeu no cabelo inquieto.

"Qual é, Harry. Você sempre fala isso e a gente sempre ignora."

"O que te faz pensar que não vamos ignorar dessa vez?", Ginny perguntou, sorrindo, e Harry balançou a cabeça.

"Veja, nós somos...", Fred parou pra contar nos dedos " 6 pessoas, e eu aposto que o Neville vai ficar feliz em ajudar também."

"É, e nós temos o mapa dos marotos. ", George disse e encarou Harry. "Você tem o mapa dos marotos, não tem?"

"Tenho, George"; Harry se levantou. "A questão é que vocês sempre.."

"Sempre?", Ron disse e Harry aparentemente surtou.

"Não quero falar sobre isso agora.", ele disse e foi até o dormitório. Hermione impediu Ronald de o seguir, e quem o fez foi ela.

Ela entrou no dormitório sem pedir licença e foi direto pra cama onde sabia que Harry estaria deitado.
Sabia que o amigo estava totalmente abalado com o que aconteceu e com o que provavelmente iria acontecer logo mais, e precisava ajudar ele. Como sempre o fez.

"Harry...", ela disse se sentando nos pés da cama e pousando a mão na perna do amigo.

"Mione.", Harry disse, secando pequenas e doloridas lágrimas antes que ela visse, e virou pra a olhar. "Tudo vai dar errado, não é?"

"Claro que não Harry, nós vamos fazer dar certo.", ela disse balançando a cabeça e Harry se sentou na cama.

"Mas Lucius vai matar o Draco, se já não matou e...", Harry parou ao ouvir suas próprias palavras.
E se.

Na realidade, as palavras "e se" tinham aparecido em sua vida centenas de vezes antes, tantas que ele não podia contar. Começava com "E se seus pais tivessem ficado vivos?", "E se Voldemort achasse que Neville era a criança da profecia, e não ele?" "E se Harry e Ron não tivessem se encontrado na estação?", "E se não tivessem salvado Hermione do trasgo?"

E se não tivesse conhecido Draco?

Teria sido melhor? Mais fácil? Talvez se não tivesse o conhecido, não estivesse passando por isso agora, não estaria sobre mais uma ameaça de morte. Talvez, lá no fundo Harry duvidava, talvez Draco tivesse sido seu castigo. Sua maldição.

"Me desculpe, Hermione, acho melhor se irmos pro jantar.", Harry disse, e levantou apressado saindo do dormitório e deixando uma Hermione extremamente confusa e temerosa pelo psicológico do amigo.  Voltaram para a comunal juntos e encontraram apenas Ginny e Neville, sentados juntos lendo algum livro.

Os dois levantaram a cabeça ao perceberem o movimento de seus amigos, e Ginny se colocou em pé de um salto, sorrindo pra Harry.

"Está melhor?", ela perguntou, e se surpreendeu quando Harry a abraçou forte, de repente, mas logo retribuiu o abraço, encarando Hermione com uma pergunta clara no olhar que dizia "Mas que merda é essa?" enquanto a morena respondia com " Você acha que eu sei?".

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