O Faraó

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Biscoitinhoooooooooooooooooooosssssssssssssssssssss

Vocês não tem ideia do quanto a gente queria postar isso, o quanto a gente está ansiosa esperando cada segundo pra poder fazer isso!
Vamos postar durante essa semana, com calma, temos bastante caps prontos e estamos amando cada um deles. Espero de verdade que vcs gostem tanto quanto a gente!


O ano de dois mil e vinte antes de Cristo. Região Nordeste do Egito Antigo.

A concubina asiática mordeu pela quinta vez o pedaço de couro de animal que lhe foi entregue, segurando firme as mãos no lençol da cama simples que fora colocada, no centro de um grande salão. Seus gritos ecoavam por todo o local, sobressaindo aos sussurros das pessoas que estavam no quarto com ela, acompanhando seu trabalho de parto. Ela precisava conseguir, era o que pensava a todo o momento Nefer, a mulher alta com maquiagem forte nos olhos que, ansiosa, pedia aos deuses que guiasse a vinda do seu filho ao mundo.

Nefer nunca pôde ter filhos, ela era infértil e seu marido, Mentuhotep, não quis desposar outra mulher em seu lugar, afinal, ele a amava muito. Na época, era costume que concubinas servissem aos líderes, como forma de satisfazê-los e também, nesses casos, como barrigas de aluguel para dar à luz o herdeiro que não viria da esposa. Alguns meses depois de se deitar com cinco mulheres diferentes, apenas a asiática engravidou e foi cuidada com todas as regalias que podia querer, até que o filho nascesse, e acreditavam ser um menino.

Depois de oito horas de parto, o menino finalmente veio ao mundo, gritando bravamente e enchendo o local de alívio e felicidade; o herdeiro era homem e havia nascido, um presente dos deuses, o escolhido para ser o sucessor de seu pai como faraó. A primeira a ter o filho nos braços não foi Sochi, a mãe, e sim Nefer, que o segurou carinhosamente, limpando resquícios de sangue com a manta dourada envolta em si.

— Como devemos chamá-lo? — ela perguntou para Sochi.

— Ji-Min. Ji significa sabedoria, Min significa inteligência e rapidez. — respondeu fracamente a mãe, orgulhosa de ter conseguido parir.

— Todos recebam Ji-Min, filho de Mentuhotep! — ela disse alto, erguendo a criança para que todos na sala pudessem ver. — Nosso próximo Faraó!

— Vida longa ao Ji-Min. — gritaram todos.

Vida longa... tão longa que jamais poderíamos contar.

E assim, Jimin cresceu, cercado de luxo e riquezas, inclusive com os privilégios de ter duas mães e um pai, este último que lhe dava a atenção que podia, mesmo completamente ocupado com todo um reino para cuidar. Desde criança, ele conhecia a sua história, se orgulhava da mãe biológica que havia sofrido para lhe dar a luz e agora o criava com todo o amor, da sua mãe de vida, que lhe tratava como o príncipe que viria a ser, de como juntas salvaram todo o reino e mantiveram seu pai ocupando o trono.

Jimin era rápido, aprendia tudo que lhe ensinavam e era bom em várias coisas como dança, canto, trabalhos manuais e artes da guerra; suas mães o ensinavam a tecer e dançar, seu pai o ensinava poderosas táticas de batalha e vivia com outros meninos do reino, sempre treinando com espadas de madeira suas técnicas mortais — sem ferir seus amigos. Aos quinze anos, Jimin já tinha sua personalidade muito bem definida — e muito forte. Era justo e bondoso, porém, odiava quando algo injusto acontecia em sua frente e não exitava em punir aquele que havia feito mal, enchendo de orgulho os pais.

Logo, todo o seu povo tomou o garoto como líder de forma natural, ele tinha isso em seu sangue, sempre liderava o grupo, dava as melhores ideias, as melhores brincadeiras vinham dele e as piores punições; o garoto não tolerava maldade com os mais frágeis e chegou a quebrar o dente de um garoto que havia matado um pássaro indefeso, apenas para o seu prazer. Ah, isso enfureceu o garoto que partiu aos socos sobre o outro e só parou quando o puxaram dali; naquele momento, ele entendeu que uma vida nunca mais pode voltar, depois que se esvai. O episódio ficou tão marcado em sua mente que ele passou a procurar sobre o assunto, chegando a caminhos obscuros em suas buscas, até fazer amizade com um garoto estrangeiro que entendia muito de magia e misticismo oriental.

Millennium Love | yoonminOnde histórias criam vida. Descubra agora